Percival Puggina

02/11/2013
Em 2007, foi anunciada pela Petrobrás a descoberta de um megacampo, batizado com o nome de Tupi. Passados três anos, depois de muito Tupi para cá, Tupi para lá, o alto comando da Petrobrás resolveu trocar o nome do campo para... para que outro nome, mesmo? Adivinhe! Pois é, depois de guri grande, o campo de Tupi virou Campo de Lula. Há, em nosso país, uma histórica e bem sucedida petrodemagogia. Quem entra no Portal Brasil, por exemplo, e lê a nota do governo sobre o Campo de Libra e o Pré-sal vai pedir para ser congelado hoje e levado ao microondas daqui a alguns anos. No entanto, é importante para a política do poder que essas riquezas minerais, sepultadas sob quilômetros de coluna dágua e ainda mais espessas camadas geológicas, rendam votos no curtíssimo prazo. Esse é o raciocínio que explica os abusos políticos e de informação envolvendo a Petrobrás. Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio pousou na plataforma P-50 e, minutos após, exibiu para os fotógrafos as mãos lambuzadas de óleo extraído da Bacia de Campos. O fato foi comunicado à nação como início da autossuficiência. O Brasil se tornaria exportador. A vaga na OPEP estava logo ali, provavelmente ao lado da cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Mas o dito logo ficou pelo não dito. Os anunciados saldos positivos que viriam para a balança comercial do país a partir de 2010 viraram saldos negativos e assim se mantêm. Até o passado mês de agosto o Brasil já gastara, só neste ano, US$ 28 bilhões em importação de petróleo e derivados e essa conta joga no vermelho a balança comercial de 2013. Pensando sobre isso, e já sabendo que quatro empresas haviam desistido de participar, acomodei-me diante da tevê para assistir ao leilão do Campo de Libra. A Globo News, sei lá por quê, demonstrava imenso interesse em duas pacíficas e ociosas barreiras que se entreolhavam no meio da avenida. Numa estavam alinhadas tropas militares. Noutra, pequeno grupo de manifestantes. A tranquila cena atraía tanto a atenção da emissora que ela repartia igualitariamente: meia tela para cada evento. Assistir o leilão do campo de Libra me fez lembrar aqueles filmes nos quais nada acontece e a gente resiste teimosamente só para saber onde aquilo vai dar. E dá em nada mesmo. Perdi meu tempo testemunhando um conflito que felizmente não houve e um leilão que infelizmente não aconteceu. O único consórcio que apresentou proposta tinha a Petrobrás como líder e foi declarado vencedor pelo lance mínimo admitido. Isso é leilão que se apresente num negócio de tamanho porte? Por que tanto desinteresse mundial em riquezas que o governo anuncia tão promissoras e pródigas? Mesmo assim, horas após, a presidente veio a público festejar o resultado do evento e partilhar hipotéticos trilhões de reais que sanearão todas as carências do país. É a arte de gastar, retoricamente, recursos talvez alcançáveis em futuro remoto, convertendo-os em votos na urna de logo mais. No dia seguinte, ainda ponderando as patéticas cenas da véspera, abro minha caixa de e-mails e o primeiro que me cai sob os olhos dizia assim: O Brasil comprou do Brasil uma reserva de petróleo para ficar com 40% para o Brasil. Disse tudo. ZERO HORA, 03 de novembro de 2013

Percival Puggina

02/11/2013
É provável que você, leitor, não saiba como funciona o Enem, o tal Exame Nacional do Ensino Médio. Nem imagina como um aluno possa prestar exame no Amazonas e ser qualificado para cursar Direito no Rio Grande do Sul. Menos ainda haverá de entender a lógica dessa migração acadêmica num país de dimensões continentais. Pois eu também não sei como funciona o Enem. Mas sei algo sobre ele que, segundo tudo indica, poucas pessoas sabem. O Enem é um dos muitos instrumentos de concentração de poder político nacional nas mãos de quem já o detém e a ele se aferrou de um modo que causa preocupação. É parte de um projeto de hegemonia em implantação há vários anos. Tudo se faz de modo solerte e gradual, de modo que a sociedade não perceba estar perdendo sua soberania e se tornando politicamente imprestável. Se não fazemos parte desse projeto e não compomos quaisquer das minorias ou grupos de interesse que se articulam no país, tornamo-nos inocentes inúteis, cidadãos de última categoria, numa democracia a caminho da extinção por perda de poder popular, por inanição do poder local. É possível que o leitor destas linhas considere que estou delirando. Que não seja bem assim. Talvez diga que mudei de assunto e que o primeiro parágrafo acima nada tem a ver com o segundo. Pois saiba que tem, sim. Peço-lhe que observe a realidade do município onde vive. Qual o poder do seu prefeito, ou de sua Câmara Municipal? O que eles, efetivamente, podem realizar pela comunidade? Quais os sinais de progresso, da ambulância ao asfaltamento da avenida, que acontecem sem que algo caia da mão dadivosa da União? Quais são as leis locais que você considera importante conhecer? E no Estado? Tanto o Legislativo quanto o Executivo constituem poderes cada vez mais vazios, que vivem de discurso, de promessas, de criação de expectativas. Empurrando a letargia com a barriga. Observe que todas as políticas de Estado que podem fazer algum sentido na vida das pessoas são anunciados no plano federal (que venham a acontecer é outra conversa). Por quê? Porque é lá que estão concentrados os recursos tributários e os bancos oficiais realmente significativos. O poder político que comanda o país conta muito com seu elenco de prerrogativas exclusivas. Mas o poder que tudo pode, como temos testemunhado à exaustão, pode até o que não deve poder. Esse monstrengo chamado Enem não é apenas uma fonte de colossais trapalhadas. É um instrumento de poder, centralizando currículos, ordenando pautas, agindo contra as diversidades regionais, ideologizando as provas (não é por mero acaso que a primeira questão do Enem deste ano começa com um texto de Marx), e criando nos estudantes a sensação de que a Educação, o exame, o ingresso no ensino de terceiro grau são dádivas federais. As cartilhas, os livros distribuídos às escolas, os muitos programas nacionais voltados ao famigerado politicamente correto, tudo isso atende a um mesmo e único objetivo, do qual o Enem faz parte. É um projeto de poder. O único projeto que de fato mobiliza as energias do governo. Por isso, segue firmemente seu curso e seu cronograma no país. _____________ * Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

Percival Puggina

26/10/2013
ENEM E NAPOLEÃO DE HOSPÍCIO Percival Puggina A ideia de criar um exame nacional em um país com a extensão, a diversidade e as acentuadas desigualdades nacionais é coisa de Napoleão de hospício. Mania de grandeza no mais alto grau. É mais um claro sintoma de que o país é conduzido para uma centralização de poder cada vez maior. A mania de grandeza é uma forma de distúrbio bipolar que também pode estar associada ao uso de cocaína ou metanfetaminas. Quando esse distúrbio afeta autoridades da República as coisas se complicam na vida dos cidadãos porque um dos conselhos dos pweiros na atenção clínica desses casos é o de não contrariar o paciente. Jamais diga para ele que Napoleão faleceu em Santa Helena, uma pequena ilha vulcânica perdida no Oceano Atlântico, a meio caminho entre o Nordeste brasileiro e o Golfo da Guiné. Nem que o ENEN é apenas um devaneio totalitário. Além dos eventuais riscos de um possível surto de agressividade, a pessoa que fizesse a observação também ficaria exposta à ira das tropas napoleônicas, sempre bem pagas e incondicionalmente alinhadas no seguimento de seu líder.

Percival Puggina

25/10/2013
SOBRE COBAIAS Percival Puggina É obrigatório acabar com a utilização abusiva de animais para experimentos científicos. Isso pode ser atingido com bom senso e prescinde totalmente da histeria que tenho visto por parte daqueles que contrapõem supostos princípios morais a toda e qualquer utilização. Dissemina-se, entre nós, uma ideologia de valorização da natureza e de todos os seres vivos que os ergue a condição de igualdade com os humanos no plano dos direitos naturais. Longe de ser o que aparenta, essa ideologia nociva busca a desumanização do humano. E não há ironia ao afirmar que, se pudessem, usariam pessoas como cobaias para experimentos benéficos aos animais.

Percival Puggina

24/10/2013
No dia 23 de outubro comuniquei ao Partido Progressista, minha desfiliação. Era uma decisão que vinha amadurecendo diante de um novo rumo que estou dando à minha vida. Posto que pretendo dedicar-me inteiramente a comunicação e à formação de opinião, escrevendo mais artigos, livros e criando um novo site (o atual blog teve nos últimos 12 meses 1,5 milhão de page views!), percebi que atuaria melhor sem compromissos ou vínculos partidários. Não mudei de ideias nem de princípios, e menos ainda de amigos ou de valores. Apenas, minha ação política, como cidadão, ganhará um nível mais amplo. A política partidária é apenas uma parte da Política. Percival Puggina

Percival Puggina

24/10/2013
No início dos anos 60, ainda adolescente, estudante secundarista, eu frequentava quase diariamente a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que então funcionava no velho casarão da Rua Duque de Caxias. Família de sete filhos, em minha casa só se conhecia o silêncio das madrugadas. Então, às tardes, após as aulas matinais no Colégio Júlio de Castilhos, eu me refugiava na Biblioteca Pública de onde, completados os estudos do dia, cruzava a praça na direção da Assembléia onde meu pai viria a ser deputado alguns anos mais tarde. Fazia-o por perceber, ali, um centro de poder político onde se tratavam, com conhecimento, em bom português, as grandes teses e os grandes temas de interesse do Estado. Volta e meia, nessas ocasiões, da tribuna e do microfone de apartes, serviam-se às galerias brilhantes debates, travados entre homens públicos que eram, também, respeitáveis intelectuais. Desde então, vi as galerias dos parlamentos como um espaço cívico. Não é por outra razão que nos plenários, em todos os plenários, existem dois espaços, o exclusivo dos parlamentares e o destinado ao público. Essa concepção se alinha com a ideia de que o plenário é um lugar de encontro entre os representantes e a comunidade. Um lugar onde esta presencia a conduta daqueles. Em especial, suas opiniões e votos. Em condições normais de temperatura e pressão, os parlamentares falam e o distinto público acompanha. De uns anos para cá, no entanto, com não pequena frequência, instala-se o tumulto e o presidente dos trabalhos se obriga às advertências de praxe. Silêncio! Silêncio! Há um orador na tribuna. Se não houver silêncio suspenderei a sessão e determinarei à segurança que desocupe as galerias!. Essa advertência é sempre proferida, jamais atendida e nunca cumprida. Mudou o comportamento das galerias. Por bom tempo, como coordenador de bancada na Assembléia Legislativa, pude frequentar os dois ambientes e observar o que acontece em ambos. Mais modernamente ainda, a própria tevê traz as sessões legislativas para dentro das nossas casas, ao conforto das poltronas. Nessas observações aprendi a respeitar, independentemente de alinhamentos políticos e ideológicos pessoais, os parlamentares que não se deixam intimidar pela pressão das galerias. Principalmente quando dizem a elas o que tantas e tantas vezes, em função de seus pleitos e de sua conduta, merecem ouvir. Constatei, dessas observações, o quanto é comum confundir-se o público das galerias com Sua Excelência o povo, soberano dos regimes democráticos. São dois equívocos fatais, o das galerias que se consideram como o povo no exercício do munus que lhes é inerente nas sociedades políticas e o equívoco dos parlamentares que ouvem as galerias como quem auscultasse o povo. Errado! Raras, raríssimas vezes se alguma houve, vi o povo, ou a dita sociedade civil, ou ainda a cidadania ativa ocupando as galerias dos parlamentos. E essa é a constatação que desejo trazer à reflexão dos leitores. As pessoas que volta e meia lotam os espaços públicos dos plenários são, quase sempre, membros de grupos de interesse. São pessoas que comparecem a determinada sessão com o objetivo de pressionar pela aprovação ou rejeição de alguma proposta de seu específico interesse. E o grupo que se congrega em torno de algum interesse específico dificilmente não está, ao mesmo tempo, aumentando a conta a ser paga pelo povo. Não, o povo não está nas galerias. Está trabalhando e vai pagar a conta. Quod erat demonstrandum, como se dizia, tempos idos, nas aulas de geometria. Como queríamos demonstrar. A voz das galerias não fala pelo povo. Essa é e continuará sendo uma tarefa dos bons parlamentares. Estes, poucos que sejam, sabem que a política deve promover o bem comum e nesse sentido sempre deliberam. _____________ * Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+.

Percival Puggina

22/10/2013
QUE IMPRENSA MEDÍOCRE! Percival Puggina Ontem, enquanto o petróleo do campo de Libra ia a leilão, a imprensa dividia sua atenção ao meio. Justiça seja feita! Metade do tempo para uns gatos pingados protestando na rua e metade do tempo para o fato que estava em curso. Certo. É muito mais fácil narrar que aqui tem uma barreira policial e lá adiante estão os manifestantes do que analisar o leilão, o pré-sal, as questões políticas, financeiras e econômicas envolvidas. Um negócio de centenas de bilhões de reais, tratado com a superficialidade de um pires. Por que as grandes empresas ficaram fora? Por que só houve um licitante e, mesmo esse, controlado pela Petrobrás? Ficou evidente que se a Petrobrás não encorpasse o consórcio, não haveria leilão. E qual o efeito político do fracasso dessa tentativa? Qual o tamanho do custo e do risco, para a Petrobrás, dessa aventura? O pré-sal contém um óleo de dificílima extração e os custos de obtenção ainda são uma incógnita. A Petrobrás, quebrada, ainda criou uma dívida para com a União da ordem de uns R$ 6 bilhões, que terão que ser emprestados pela União à Petrobrás. Nem fazendo um desenho dá para entender a lógica da operação. Mas nada disso parecia interessar a mídia televisiva nacional.

Percival Puggina

19/10/2013
Uma pulga passeava, irrequieta, atrás da minha orelha. Dilma Rousseff ponteia as pesquisas. Mantido o panorama atual, vencerá sem dificuldade a eleição do ano que vem. Datafolha credita-lhe, nos vários cenários, o apoio bastante firme de 40% do eleitorado. A tal pulga ia para lá e para cá, desassossegada: como pode? Foi um feito de Lula, a primeira eleição da presidente. Guerrilheira que um dia sonhara tomar o poder pelas armas, Dilma haveria de receber esse poder - quem diria? - como um regalo de amigo. Coisa tipo - Lembrei-me de você!. Em 2010, Lula tomou-a pela mão e saiu a apresentá-la aos brasileiros. Muito prazer, Dilma Rousseff, dizia ela. Mas pode chamá-la de mãe do PAC, completava ele, pimpão. Assim, de mão em mão, de grão em grão, as urnas foram enchendo o papo e Dilma subiu a rampa catapultada pelo voto de 55,7 milhões de brasileiros. Agora, quando seu governo sacoleja no trecho final, deve estar mandando lavar, passar e engomar a faixa presidencial para nova entronização. Contar com quarenta por cento dos 140 milhões de eleitores brasileiros significa que Dilma inicia a nova campanha com um estoque equivalente aos votos que obteve no segundo turno de 2010. Pois bem, o que eu me proponho trazer à apreciação dos leitores é a explicação para esse fenômeno. Fácil, como se verá. O SUS, sabe-se bem, caminha para a perfeição. Todos são atendidos a tempo e hora, em condições adequadas. Não há bom médico, no mundo, que não queira trabalhar aqui. A longa espera nas emergências tem se revelado um excelente meio de integração social e formação de novas camaradagens. Os finais de turno não deveriam ser brindados com champanha? A marcação de consultas especializadas e cirurgias segue cronograma rigoroso. Pontual e mortal. Doravante, insatisfeitos, procurem Raúl Castro! Aposentados do INSS providenciam passaportes e trotam mundo afora, efetivando aquele direito que Lula oposicionista apontava como coisa normal à velhice dos povos civilizados. A Educação, seja na base, cumprindo papel de promoção social e cultural, seja no topo, alinhando o Brasil com a elite tecnológica do planeta, opera prodígios na transformação da nossa realidade. A Economia? É lunática: contabilidade nova, inflação crescente, PIB minguante, carga tributária cheia... E a segurança pública enfim promove, como nunca antes neste país, digamos assim, o encontro dos criminosos com as grades e do povo com a paz social. Corrupção? Tudo intriga, maledicência, coisa de quem não tem o que falar. Repare como Dilma esbanja carisma. Não é uma sedutora? Que discursos! Palavra fácil, empolgante! Ao final de cada locução, os auditórios se erguem e aplaudem-na em pé, seja em Itapira, seja na ONU. Durante estes anos como presidenta, não confirmou ela, plenamente, o que Lula assegurava a seu respeito? Observem como o governo foi bem gerenciado. Vejam o rigor com que se cumprem os prazos e se enxugam os gastos. O Brasil tem programa e cronograma, estratégias, previsões e provisões. Você duvida? Não prometera a presidente, aqui na terrinha, em 2010, que sua Porto Alegre teria, enfim, linha de metrô e nova ponte no Guaíba? Pois para desgosto dos incrédulos, as obras estão aí, novamente prometidíssimas! Basta que o Estado e o município, nos anos por vir, casem os bilhões que faltam. Um sucesso, o governo Dilma. Agora, se os motivos não se acham bem visíveis acima, então só resta procurá-los dentro das bolsas. ZERO HORA, 20 de outubro de 2013

Percival Puggina

19/10/2013
A SUTIL SEMEADURA IDEOLÓGICA DA GLOBO NA TERRA DOS BOBOS Percival Puggina Merece ser estudada a forma como os autores de novelas da Rede Globo vão promovendo doutrinação ideológica e desintegração moral. Esta última é mais facilmente identificável, ainda que pouco estudada. Já a doutrinação ideológica se manifesta em fatos como os que pude observar ainda que em brevíssimas observações, em várias apresentações dispersas. Naquelas em que o roteiro prevê a existência de uma empresa, esta é o cenário para toda vilania, toda sorte de disputas imorais, fraudes, insidiosos jogos de poder, estabelecimentos onde quem comanda vive no ócio, no luxo e nos romances. Jamais a empresa é um lugar de trabalho sério e nunca o empresário é um trabalhador como costumam ser os bons empregadores. Arre, gente mal intencionada!