FETICHISMO ARBÓREO
FETICHISMO ARBÓREO
Percival Puggina
Discute-se em Porto Alegre sobre a ampliação do Hospital de Clínicas da UFRGS. A obra vai ampliar em mais de 70% a capacidade de atendimento da emergência do hospital e implica no corte de duzentas das mais de mil outras plantadas no local.
Pronto! Aqui na capital gaúcha, instalou-se um fetiche arbóreo. Falou em cortar árvore desabam raios e trovões sobre qualquer proposta, inclusive sobre essa. Grupos fanatizados, alegando falar em nome da sociedade, opõem-se à iniciativa, fincam pé e são capazes, até mesmo desse absurdo: retardar uma obra que vai abrandar as terríveis dificuldades em que se encontra a emergência do SUS em Porto Alegre. Há quem, entre árvores e pessoas, fique, definitivamente, com as primeiras. Talvez porque ainda não tenha descido delas, como disse alguém.