Percival Puggina

12/12/2008
?f?l identificar os princ?os aplic?is a uma determinada realidade depois que trombamos com eles no muro dos fatos. Muito mais valioso e s?o ?iscernir o princ?o na aus?ia do pr?o fato, iluminado apenas pela luz da raz? Exemplifico: foi f?l explicar o fracasso das economias comunistas em 1989, mas foi s?o o Papa Le?XIII, na enc?ica Rerum Novarum, em 1891. Ali, ao tecer considera?s sobre o comunismo (que s? iria estabelecer como sistema ap? Revolu? Russa, um quarto de s?lo mais tarde), afirmou que suas “funestas conseq?ias” se situavam “al?da injusti?do sistema”, impondo “odiosa e insuport?l servid? e que “o talento e a habilidade, privados de seus est?los” produziriam, “em lugar da igualdade t?sonhada, a igualdade na nudez, na indig?ia e na mis?a”. Isto ?er prof?co. Continuou sendo assim, prof?co, nas d?das subseq?es, o ensino dos pont?ces cat?os atrav?das enc?icas sociais, agora consolidadas no Comp?io de Doutrina Social da Igreja. A Doutrina foi acendendo luzes sobre a marcha da humanidade ao longo do s?lo 20 e muitos dos princ?os por ela enunciados acabaram codificados pelos povos democr?cos. Outros, lamentavelmente, n?o foram. E coube ao muro da realidade revelar seu conte?prof?co. Houvessem os povos e seus governantes prestado aten?... Houvessem os povos e seus governantes prestado aten?, a atual crise do mercado financeiro e da economia mundial n?teria eclodido porque pelo menos tr?princ?os, exaustivamente enunciados, foram desconsiderados e se contam entre as causas estruturais do que est?m curso: o princ?o da liberdade (aplic?l ?iberdade do mercado), o princ?o da subsidiariedade (aplic?l ?? do Estado) e o princ?o do bem comum (aplic?l ?ol?ca e ?conomia). Agora ficou fac?mo compreender. Enuncia a s?outrina: “os agentes econ?os devem ser efetivamente livres para confrontar, avaliar e escolher entre as v?as op?s, todavia a liberdade, no ?ito econ?o, deve ser regulada por um apropriado quadro jur?co, para coloc?a a servi?da liberdade humana integral, pois a liberdade econ?a ?penas um elemento da liberdade humana”. Ao considerar a liberdade (inclusive a do mercado) como um fim em si mesmo, cai-se na desordem moral e no caos social. Diz a s?outrina que o Estado, ao intervir, deve faz?o subsidiariamente, de vez que “objeto natural de toda e qualquer interven? consiste em ajudar de maneira supletiva os membros do corpo social, sem os destruir ou absorver”. “?necess?o que mercado e Estado ajam de concerto um com o outro e se tornem complementares. O livre mercado pode produzir efeitos ben?cos para a coletividade somente em presen?de uma organiza? do Estado” e n?pode produzir tais efeitos “num vazio institucional, jur?co e pol?co” que defina e oriente a dire? do desenvolvimento econ?o. ?o que o G20 apontou como necess?o – institui?s nacionais e internacionais que exer? papel de vigil?ia em rela? ao mercado mundial. Por fim, a s?outrina diz que, sendo o Bem Comum “a raz?de ser da autoridade pol?ca”, cabe-lhe intervir quando “o mercado, apoiando-se nos pr?os mecanismos, n??apaz de garantir uma distribui? eq?tiva de bens e servi? essenciais ao crescimento humano dos cidad?”, pois a “complementaridade entre Estado e mercado ?obremaneira necess?a”. Foi o desrespeito a esses princ?os, a que se pode chegar pela raz? que levou o mundo ?tual crise. Da mesma forma como arrasta a vaca para o brejo quem tenta regular a economia segundo padr?que contrariam quanto nela h?e regra certa e conhecimento provado, assim tamb?leva no traseiro um pontap?os fatos quem despreza a import?ia cautelar da pol?ca para promover e assegurar o bem comum. Revista Voto Edi? de dezembro de 2008

Olavo de Carvalho

11/12/2008
Os democratas se exp?quando aceitam discutir as id?s do revolucion?o. A maioria dos democratas ?nteiramente indefesa em face da prepot?ia psicol?a do discurso revolucion?o. A loucura espalha-se como um v?s de computador. Se voc?cha que comunistas, socialistas e marxistas acad?cos s?pessoas normais e respeit?is, com as quais ?oss?l um di?go democr?co, por favor v?o site http://www.sovietstory.com/about-the-film, ou diretamente a http://www.youtube.com/watch?v=xqGkj-6iF2I&feature=PlayList&p=26731056B15AF3E1&index=0&playnext=1 e veja o filme The Soviet Story, que o cientista pol?co Edvins Snore escreveu e dirigiu baseado em documentos rec?desencavados dos arquivos sovi?cos. Eis algumas coisinhas que voc?ode aprender com ele: 1. Toda a tecnologia genocida dos campos de concentra? foi inventada pelos sovi?cos. Os nazistas enviaram comiss?a Moscou para estud?a e copiar o modelo. 2. O governo da URSS assinou com os nazistas um tratado para o exterm?o dos judeus e cumpriu sua parte no acordo, entre outras coisas enviando de volta ?estapo os judeus que, iludidos pelas promessas do para? comunista, buscavam asilo no territ? sovi?co. 3. A ajuda sovi?ca ??ina de guerra nazista foi muito maior do que se imaginava at?gora. O nazismo jamais teria crescido ?propor?s de uma amea?internacional sem as armas, a assist?ia t?ica, os alimentos e o dinheiro que a URSS enviou a Hitler desde muito antes do Pacto Ribbentrop-Molotov de 1939. 4. Altos funcion?os do governo sovi?co defendiam – e os remanescentes defendem ainda – a tese de que fortalecer o nazismo foi uma medida justa e necess?a adotada por St?n para combater o fascismo judeu (sic). 5. Nada disso foi um desvio acidental de id?s inocentes, mas a aplica? exata e rigorosa das doutrinas de Marx e Lenin que advogavam o genoc?o como pr?ca indispens?l ?it? do socialismo. Todo militante ou simpatizante comunista ??ice moral de genoc?o, tem as m? t?sujas quanto as de qualquer nazista, deve ser denunciado em p?co e exclu? da conviv?ia com pessoas decentes. A alega? de ignor?ia, com que ainda podem tentar se eximir de culpas, ??aceit?l da parte deles quanto o foi da parte dos r? de Nuremberg. ?uma vergonha para a humanidade inteira que crimes desse porte n?tenham jamais sido julgados, que seus perpetradores continuem posando no cen?o internacional como honrados defensores dos direitos humanos, que partidos comunistas continuem atuando livremente, que as id?s marxistas continuem sendo ensinadas como tesouros do pensamento mundial e n?como as aberra?s psic?as que indiscutivelmente s? ?uma vergonha que intelectuais, empres?os e pol?cos liberais, conservadores, protestantes, cat?os e judeus vivam aos afagos com essa gente, ?vezes at?ebaixando-se ao ponto de fazer contribui?s em dinheiro para suas organiza?s. Seguem abaixo algumas considera?s sobre esse fen?o deprimente. A conven? vigente nas na?s democr?cas trata os porta-vozes das v?as posi?s pol?cas como se fossem pessoas igualmente dignas e capacitadas, separadas t?somente pelo conte?das suas respectivas convic?s e propostas. Confiantes nessa norma de polidez e aceitando-a como tradu? da realidade, os conservadores, liberais cl?icos, social-democratas e similares caem no erro medonho de tentar um confronto com os revolucion?os no campo do di?go racional. Todos os seus esfor? persuasivos dirigem-se, ent? no sentido de tentar modificar o conte?das cren? do interlocutor, mostrando-lhe, por exemplo, que o capitalismo ?ais eficiente do que o socialismo, que a economia de mercado ?ndispens?l ?anuten? das liberdades individuais, ou mesmo entrando com eles em discuss?morais e teol?as mais complexas. Tudo isso n?apenas ?ma formid?l perda de tempo, mas ?esmo um empreendimento perigoso, que coloca o defensor da democracia numa posi? extremamente fragilizada e vulner?l. A discuss?democr?ca racional n?somente ?nvi?l com indiv?os afetados de mentalidade revolucion?a, mas exp? democrata a uma luta desigual, desonesta, imposs?l de vencer. O debate com a mentalidade revolucion?a ? equivalente ret?o da guerra assim?ica. Trinta anos de estudos sobre a mentalidade revolucion?a convenceram-me de que ela n?? ades?a este ou ?ele corpo de convic?s e propostas concretas, mas a aquisi? de certos cacoetes l?o-formais incapacitantes que acabam por tornar imposs?l, para o indiv?o deles afetado, a percep? de certos setores b?cos da experi?ia humana. A mentalidade revolucion?a n??m conjunto de cren?, ?m sistema de incapacidades adquiridas, que come? com um escotoma intelectual e culminam numa insensibilidade moral criminosa. ?uma doen?mental no sentido mais estrito e cl?co do termo, correspondente ?ilo que o psiquiatra Paul S?eux descrevia como del?o de interpreta?. Numa discuss?com o homem normal, o revolucion?o est?rotegido pela sua pr?a incapacidade de compreend?o. Os antigos ret?os consideravam que o g?ro mais dif?l de discurso, chamado por isso mesmo genus admirabile, ?quele que se dirige ao interlocutor incapaz. Os melhores argumentos s?dem funcionar ante a plat? que os compreenda; eles n?t?o dom m?co de infundir capacidade no audit?, nem de cur?o de um handicap adquirido. Os sintomas mais graves e constantes da mentalidade revolucion?a s? como j?xpliquei, a invers?do sentido do tempo (o futuro hipot?co tomado como garantia da realidade presente), a invers?de sujeito e objeto (camuflar o agente, atribuindo a a? a quem a padece) e a invers?da responsabilidade moral (vivenciar os crimes e crueldades do movimento revolucion?o como express?m?mas da virtude e da santidade). Esses tra? permanecem constantes na mentalidade revolucion?a ao longo de todas as muta?s do conte?pol?co do seu discurso, e ?laro que qualquer alma humana na qual eles tenham se instalado como condutas cognitivas permanentes est?ravemente enferma. Trat?a como se estivesse normal, admitindo a legitimidade da sua atitude e rejeitando t?somente este ou aquele conte?das suas id?s, ?onformar-se em representar um papel numa farsa psic?a da qual os dados da realidade est?exclu?s a priori, j??constituindo uma autoridade a que se possa apelar no curso do debate. Revolucion?os s?doentes mentais. Os exemplos de sua incapacidade para lidar com a realidade como pessoas maduras e normais s?tantos e t?gigantescos que seu mostru?o n?tem mais fim. Cito um dentre milhares. O sentimento de estar constantemente exposto ?iol?ia e ?ersegui? por parte da direita ?m dos elementos mais fortes que comp?a auto-imagem e o senso de unidade da milit?ia esquerdista. No entanto, se somarmos todos os ataques sofridos pelos esquerdistas desde a direita, eles s?em n?o irris? comparados aos que os esquerdistas sofreram dos regimes e governos que eles pr?os criaram. Ningu?no mundo perseguiu, prendeu, torturou e matou tantos comunistas quanto Lenin, St?n, Mao Ts?ung, Pol Pot e Fidel Castro. A milit?ia esquerdista sente-se permanentemente cercada de perigos, e nunca, nunca percebe que eles v?dela pr?a e n?de seus supostos inimigos de classe. Esse tra???evidentemente paran? que s?e, isolado, j?astaria para mostrar a inviabilidade do debate racional com essas pessoas. O que separa o democrata do revolucion?o n?s?cren? pol?cas. ?um abismo intranspon?l, como aquele que isola num mundo ?arte o psic?o clinicamente diagnosticado. O que pode nos manter na ilus?de que essas pessoas s?normais ?quilo que assinalava o Dr. Paul Serieux: ao contr?o dos demais quadros psic?os, o del?o de interpreta? n?inclui dist?os sensoriais. O revolucion?o n?v?oisas. Ao contr?o, sua imagina? ?mpobrecida e amputada da realidade por um conjunto de esquemas ideais defensivos. A mentalidade revolucion?a ?ma incapacidade adquirida, ?ma priva? de autoconsci?ia e de percep?. Por isso mesmo, ?n? discutir o conte?das id?s revolucion?as. Elas est?erradas na pr?a base perceptiva que as origina. Discutir com esse tipo de doente ?efor? a ilus?psic?a de que ele ?ormal. Uma doen?mental n?pode ser curada por um ataque l?o aos del?os que a manifestam. Se o debate pol?co nas democracias sempre acaba mais cedo ou mais tarde favorecendo as correntes revolucion?as ?orque estas est?imunizadas por uma incapacidade estrutural de perceber a realidade e entram no ringue com a for?inexor?l de uma paix?cega. E n?se pode confundir nem mesmo este fen?o com o do simples fanatismo. Fanatismo ?penas apego exagerado a id?s que em si mesmas podem ser bastante razo?is. Em geral, mesmo o mais louco dos revolucion?os n??m fan?co. ?um sujeito que expressa com total serenidade os sintomas da sua deformidade, dando a impress?de normalidade e equil?io justamente quando est?ais possu? pelo del?o psic?o. Na pe?de Pirandello, Henrique IV, um milion?o louco se convence de que ? rei Henrique IV e for?todos os seus empregados a vestir-se como membros da corte. No fim eles j??t?mais certeza de que s?eles mesmos ou membros da corte de Henrique IV. ?este o perigo a que os democratas se exp?quando aceitam discutir respeitosamente as id?s do revolucion?o, em vez de denunciar a farsa estrutural da pr?a situa? de debate. A loucura espalha-se como um v?s de computador. A maioria dos democratas que conhe??nteiramente indefesa em face da prepot?ia psicol?a do discurso revolucion?o. Da? hesita?, a pusilanimidade, a debilidade cr?a de suas respostas ao desafio revolucion?o. Uma doen?mental n?pode ser respeitada, ali?nem desrespeitada. O respeito ou o desrespeito sup?um fundo de conviv?ia normal, que justamente o del?o revolucion?o torna imposs?l. P. S. Sheila Figlarz, editora do jornal Vis?Judaica, avisa que finalmente a devotada estudiosa Sonia Bloomfield terminou seu trabalho de traduzir para o portugu?a p?na do Memorial do Holocausto. A vers?j?st?o ar em http://www.ushmm.org/museum/exhibit/focus/portuguese/.

Josino Moraes - www.josino.net

11/12/2008
“O Brasil ?m conjunto vazio que pensa ser o centro do mundo”, Ricardo Bergamini O Brasil tem uma praga econ?a chamada Petrobras. Trata-se de um monop? estatal como os do M?co – PEMEX – e da Venezuela – PDVSA . Talvez, a fal?a da rica Venezuela seja o melhor exemplo. A PDVSA ?ma companhia endividada com produ? em queda. No ?ce de sua megalomania demencial, ela tentou produzir soja! Trata-se de empresas com excesso de empregados, com sal?os estratosf?cos e inumeros outros privil?os. Seus empregados se aposentam muito cedo, na faixa de 45/50 anos, devido ?“m?condi?s ambientais de trabalho”. Ademais, essas empresas s?freq?emente utilizadas como elementos na partilha de poder, favores, na venda de id?s populistas, etc. Como corol?o l?o, elas n?t?capacidade de investimento. No come?desses monop?s estatais, h?ais de 50 anos, para a maioria deles, os privil?os aos empregados citados acima n?eram t?generosos, e eles puderam fazer alguns pequenos avan?. Nos casos do M?co e da Venezuela, eles puderam avan? um pouco mais, pois eles nasceram como empresas privadas e seus pa?s se tornaram exportadores de petr?. Mas, tratava-se apenas de uma quest?de tempo. Sindicatos, fundos de pens?e governos, em todos os n?is, estavam famintos por novas fontes “f?is” de renda. De fato, ningu?consegue viver sem energia; ? melhor dos monop?s. Poderia algu?imaginar uma companhia com tal perfil explorando petr? a 9 km de profundidade abaixo da superf?e do mar, em dep?os t?quentes que poderiam fundir o metal utilizado para levar o ur?o ?plantas nucleares? Ademais, o equipamento requerido teria que suportar uma press?de 1.250 kg/cm²(quatro vezes a press?para se romper uma coluna de concreto armado de alta qualidade) em temperaturas acima de 260º C, com brocas perfuratrizes capazes de penetrar em camadas de sal de mais de 1,6 km de espessura (dados t?icos de Bloomberg.com, 28 de abril, 2008)! Passemos a analisar apenas o caso brasileiro. Neste ano de 2008, Lula e sua equipe tentam vender o sonho de uma nova fonte de petr? em ?as profundas, exatamente tal como descrito acima. Eles j?enderam o sonho do ?ool. Os fazendeiros de Ohio, produtores de milho, ficaram felizes. Vejamos at?uando. O Brasil tem um programa subsidiado para a produ? de ?ool h?ais de trinta e cinco anos! O inacredit?l ?ue eles conseguem vender essa id? demencial a ningu?menos que o New York Times: “Um enorme campo de petr? descoberto no ano passado tem o potencial de transformar o maior pais da America do Sul num exportador consider?l que far?arte do cartel do petr?”(11/1/2008). Lula atingiu o maior ?ice de popularidade jamais registrado. O Brasil tem um dos piores e mais caros combust?is do mundo. A gasolina n?tem especifica? de octanagem e s? pode compr?a em determinada propor? de ?ool determinado por lei; isso pode variar de um momento para outro. Essa ? raz?principal do sucesso do ?ool no Brasil. As emiss?de oz? s?43% maiores se comparadas ?asolina da Calif?a – dados da USP (Folha de S. Paulo, 8/8/08, A26). No caso do diesel, os n?is de enxofre nas capitais s?de cerca de 500 ppm, isto ?10 vezes mais do que nos pa?s desenvolvidos e 100 vezes mais do que o n?l ideal (O Estado de S. Paulo, 17/7/08, C2). Vejamos os pre?. ?dif?l dizer que eles s?os mais caros do mundo, devido a din?ca dos pre? e ?ificuldade de compilar as informa?s. Por? sem sombra de d?as, eles est?no topo do ranking. Em setembro de 2005, quando o barril de petr? estava a US$ 60, o litro de gasolina estava a R$ 2,39 e o diesel a R$1,89. Em mar?de 2008, a Petrobras usando como argumento o pre?internacional do barril a US$ 125, subiu apenas o pre?do diesel (menos votos!) para R$ 2,09. Em julho, com o “novo milagre do biodiesel”, houve um aumento adicional de 3%! N??ada f?l carregar um parasita de tal porte, quando se pensa que a renda per capita no Brasil ?istoricamente um d?mo da renda dos pa?s desenvolvidos. Josino Moraes, pesquisador econ?o da Am?ca Latina, engenheiro e economista, ?utor de A Ind?ia da Justi?do Trabalho – A Cultura da Extors?e a Destrui? do Capital Social.

Movimento Cristiano de Liberación - Cuba

11/12/2008
Solicitamos a la Secretar?General de la Organizaci?e las Naciones Unidas que circule este mensaje entre los representantes de sus estados miembros y que sea propuesto para su aprobaci? la Asamblea General de esta organizaci?n la celebraci?el 60 Aniversario de la Proclamaci?e la Declaraci?niversal de los Derechos Humanos, de la que el estado cubano es signatario. A TODOS LOS ESTADOS Y PUEBLOS REPRESENTADOS EN LA ORGANIZACI? DE LAS NACIONES UNIDAS Nos corresponde, a los ciudadanos cubanos, como a todos los seres humanos, el derecho de ejercer todos los derechos proclamados en la Declaraci?niversal de los Derechos Humanos. Sin embargo muchos de esos derechos fundamentales no est?garantizados o no est?garantizados de manera transparente y plena por las leyes vigentes en Cuba. Inclusive muchos de los derechos enunciados en la legislaci?igente en Cuba, no pueden ser ejercidos por los ciudadanos cubanos debido a la falta de garant? y a las arbitrariedades de las instituciones oficiales. En la pr?ica muchos de los Derechos Humanos Universales, est?o no recogidos en la legislaci?igente en Cuba, son violados sistem?camente por las autoridades del gobierno y por instituciones y personas bajo el amparo del poder pol?co establecido. Como consecuencia de este estado de irrespeto a muchos de los derechos civiles, pol?cos, econ?os y sociales, muchas personas sufren la angustia de la inseguridad, la exclusi? la opresi?Es notable en Cuba la ausencia de los derechos a viajar libremente, a la libertad de expresi? de prensa y a asociarse seg?las ideas, creencias e intereses leg?mos. Se niega a los ciudadanos el derecho a elegir democr?camente a sus gobernantes y a desarrollar libremente actividades econ?as con fines honestos de progreso individual y familiar. Esta carencia de garant? para ejercer los mencionados derechos afirma la explotaci?e los trabajadores, la pobreza de la mayor? las enormes diferencias entre los pobres y los privilegiados de la elite del poder, la humillaci?el cubano ante el extranjero, la discriminaci?e los cubanos en su propia tierra, la emigraci?asiva y el sufrimiento por la separaci?e familias. La ausencia de tribunales as?omo de instituciones y medios de difusi?egalizados que protejan todos los derechos de los ciudadanos, deja en la indefensi? los cubanos ante el abuso de poder y la arbitrariedad. La negaci?e la participaci?lural, libre y democr?ca de los ciudadanos en la vida pol?ca del pa? impide el ejercicio de la soberan?popular y la expresi?e la voluntad de los cubanos de realizar cambios pac?cos y lograr la reconciliaci? la paz. Existen en Cuba muchos prisioneros pol?cos y de conciencia, juzgados y condenados injustamente s?por expresar sus ideas, ejercer el periodismo libre y organizarse pac?camente para promover cambios democr?cos y defender los derechos humanos. Solicitamos a la Organizaci?e las Naciones Unidas y a su Consejo de Derechos Humanos la adopci?e la exhortaci?ue proponemos a continuaci? Exhortamos al Gobierno de Cuba a: 1. Divulgar en los medios de difusi?todos los documentos firmados por el estado cubano referente a los Derechos Humanos incluyendo la Declaraci?niversal de los Derechos Humanos y modificar las leyes para que estas garanticen esos derechos para todos los ciudadanos. 2. Cesar en la persecuci?encarcelamiento y exclusi?e los ciudadanos que dentro de Cuba promueven, defienden o ejercen pac?camente los Derechos Humanos universalmente reconocidos y reconocer legalmente a las organizaciones que realizan estas funciones en el pa?y que son actualmente perseguidas. 3. Liberar inmediata e incondicionalmente a todos los encarcelados en Cuba por promover, defender o ejercer pac?camente los Derechos Humanos. 4. Cesar en la persecuci?e los ciudadanos que pac?camente y ejerciendo sus derechos constitucionales promueven y apoyan el Proyecto Varela, iniciativa que solicita un Referendo para que los cubanos decidan sobre cambios en las leyes para que estas garanticen los derechos a la libre expresi? asociaci?a la libertad econ?a y a elegir democr?camente a sus gobernantes y para que sean liberados los encarcelados por motivos pol?cos que no hayan atentado contra la vida de otras personas. En las oficinas de la Asamblea Nacional del Poder Popular en Cuba, ha sido presentado el Proyecto Varela avalado por m?de 25000 electores que lo han firmado aun sufriendo la persecuci? Oswaldo Jos?ay?ardi? Coordinador del Comit?estor del Proyecto Varela. La Habana, 3 de Diciembre de 2008

Desconhecido

09/12/2008
Lula na Inglaterra pergunta ?ainha: - Senhora rainha, como consegue escolher tantos ministros t?maravilhosos? Sua majestade responde: - Eu apenas fa?uma pergunta inteligente. Se a pessoa souber responder ela ?apacitada a ser ministro. Vou lhe dar um exemplo. A rainha manda chamar Tony Blair e pergunta: - Mr. Blair, seu pai e sua m?t?um beb?Ele n??eu irm?nem sua irm?Quem ?le? Tony Blair responde: - Majestade, esse beb?ou eu. Ela vira pra Lula: - Viu s?ereceu ser ministro. Lula maravilhado volta ao Brasil. Chama a ministra Dilma Roussef e lasca a pergunta: - Companheira Dilma, seu pai e sua m?t?um beb? Ele n??eu irm?nem sua irm?Quem ele ? A ministra responde: - Senhor presidente, vou consultar nossos assessores e a base aliada e lhe trago a resposta. Vai ent?e cobra a resposta. Ningu?sabe. Aconselham perguntar ao ex-presidente FHC, que ?uito inteligente. Dilma liga pra FHC: - Fernando Henrique, aqui ? Dilma Roussef. Tenho uma pergunta pra voc?se seu pai e sua m?t?um beb? esse beb???eu irm?nem sua irm?quem ?sse beb? O ex-presidente responde imediatamente: - Ora senhora ministra, ??o que esse beb?ou eu! A ministra vai correndo levar a resposta: - Sr. Presidente, se meu pai e minha m?t?um beb? esse beb???eu irm?nem minha irm???o que ele s?de ser o Fernando Henrique Cardoso. Lula d?eu sorrisinho sabido e diz: - Te peguei, companheira Dilma. Sua resposta est?ompletamente errada... o beb? o Tony Blair!

América Econiomia

09/12/2008
Solange Monteiro HORIZONTE OSCURO Para el presidente Lula quiz?abr?sido mejor si el a?erminase en septiembre. Con un ?ice hist?o de aprobaci?e su gobierno de 80%, descubrimientos de petr? que podr? colocar al pa?en el Olimpo energ?co y la poblaci?eliz con el aumento de la renta, el empleo y el cr?to, 2008 parec?perfecto. Pero el golpe de la crisis financiera internacional sobre el real y la bolsa no s?trajo la falta de liquidez a los mercados, sino al capital pol?co del presidente. Ahora est?n duda si el PT podr?eguir en el gobierno luego de la primera elecci?despu?del retorno a la democracia- sin la figura de Lula. El temor de una retracci?con?a y el mensaje del sector productivo de que la crisis financiera hab?llegado a la econom?real fueron evaluados por muchos como un golpe a la imagen de solidez que Lula proclamaba casi ingenuamente. Es cierto que consigui?indarse. Convenci?la poblaci?e que la crisis vino del exterior y que est?eaccionando contra ella, dice Ricardo Ismael, profesor de sociolog?de la PUC-Rio. Pero advierte: Si a fines del primer semestre de 2009 la gente no vislumbra una mejora, se pondr?nsiosa por retomar el camino de la movilidad social. Y ah?ninguno sabe cu?o de ese malestar sobrar?ara el gobierno. Para Murillo de Arag? presidente de la consultora pol?ca Arko Advice, en Bras?a, la p?ida del control de la inflaci?er?mortal para las pretensiones del gobierno de elegir un sucesor. El presidente debe mantener sus programas sociales protegidos, el PAC funcionando, y deber?adoptar medidas para mejorar el ambiente de inversi? Ya en el centro de la pol?ca, los desaf? de Lula y del PT son complejos. Las elecciones municipales de octubre dejaron una se?clara: ning?aso importante en la direcci?e acuerdos podr?er dado sin el apoyo del PMDB, que forma parte de la coalici?e gobierno desde 2006. Lula tendr?ue tener mucha tranquilidad para mantener la base pol?ca unida. No ser??l, dice Arag? Eso si es que el PMDB no lanza su propio candidato, afirma Ismael. El soci?o se? que el partido opt?r no lanzar candidato propio y fortalecer sus bases regionales y presencia en el Congreso, estrategia que hoy demuestra sus frutos. Si Lula no consigue consolidar un nombre para la sucesi?el PMDB podr?muy bien entrar a la disputa, dice. Pero todo eso no implica que el antilulismo est?reciendo. Y la oposici?PSDB- deber?tomarlo en cuenta. Desde que perdi? presidencia, el discurso del partido se fue vaciando. Bien o mal, Fernando Henrique Cardoso lleg? gobierno con propuestas innovadoras y una agenda de reformas, dice Ismael. El PSDB debe mostrar una agenda post Lula, que tambi?responda a c?hacer crecer a Brasil post crisis, adem?de una agenda social, ya que a pesar de la alta aprobaci?e Lula en el nordeste (92%), las personas a?e angustian por la generaci?e empleo. Para el PT, adem?de lograr que el segundo semestre de 2009 la econom?d?e?s de que tomar?u rumbo, ser?undamental que el partido consiga consolidar un candidato. Hoy, el nombre de la ministra de Interior, Dilma Roussef, no convence, y fluct?ntre el tercer y cuarto lugar en las encuestas de intenci?e voto. Y el gobernador del Estado de S?Paulo, Jos?erra, podr?darle el triunfo a su partido. Mucho de lo que el partido conquist?n acuerdos y coaliciones hasta ahora se ha debido a la fuerza del nombre de Lula, y es preciso evaluar si eso se repetir?on otro nombre que escojan, se? Ismael. Manteni?ose las condiciones actuales, creo que Lula colocar?u candidato en la segunda vuelta. Pero vencer es otra cosa, y el escenario estar?bierto, dice Arag?

Elio Gaspari

09/12/2008
O governo Lula come? a terminar no dia 26 de outubro, no meio da crise econ?a mundial, quando o PT perdeu a elei? em S?Paulo e Jos?erra, um dos candidatos da oposi?, elegeu Gilberto Kassab. Naquela noite desmancharam-se o Brasil do pr?al, a base triunfalista do projeto eleitoral do poste Dilma Rousseff e a funcionalidade do discurso da marolinha. Nosso Guia est?iante de uma adversidade que lhe nega o papel que melhor desempenha. N?pode mais culpar os outros (Bush, resolve tua crise) nem propor id?s ex?as (uma reuni?de todos os presidentes dos Banco Centrais, inclusive a doutora Siosi Mafi, do reino de Tonga). Constrangido, Lula carrega a bola de ferro da taxa de juros insana imposta por um ente extra-constitucional chamado Copom. Ele, que n?veste smokings, v?e metido na casaca de maestro de uma ekipekon?a cuja sabedoria universal quebrou o mundo. Uma enrascada: n?pode ser o que gosta de parecer e ?brigado a continuar parecendo-se com o que n?gosta de ser. Em abril passado Lula chegou a pensar (e a agir) para mudar o rumo da pol?ca econ?a do seu governo. A conquista do investment grade pelo Brasil anestesiou-lhe a aud?a e, da?m diante, passou a dizer que o Brasil vive um momento m?co. A id? segundo a qual um presidente pode rolar a crise econ?a injetando otimismo no mercado demanda uma pr?ondi?: o discurso n?pode agredir a realidade. Os juros altos agravar?os efeitos da crise internacional sobre o Brasil. Quando uma economia paga 13,75% ao ano e perde US$ 7,1 bilh?num s?s, aquilo que poderia ter sido um rem?o virou veneno. Os dois anos de governo que restam ser?dif?is e a maneira como Nosso Guia e a na? petista lidar?com a adversidade haver?e marcar a hist? da sua gest? Num quadro de dificuldades econ?as e fortalecimento de candidaturas oposicionistas, n?se pode prever qual ser? grau de ferocidade com que os companheiros ir??ampanha, muito menos o n?l de desembara?que oferecer?aos aloprados com suas sacolas de lona. Ressalve-se que se percebe no tucanato um certo encanto pelo adestramento de mastins, bem como uma habilidosa manipula? de aloprados com malas Vuitton velhas. Pode parecer um exagero a afirma? de que o governo de Lula j?ome? a terminar, mas o senador Garibaldi Alves (PMDB) e o deputado Arlindo Chinaglia (PT) deram um sinal premonit?: ambos gazetearam uma cerim? organizada por Lula no Planalto. Isso aconteceu no dia 28 de novembro, uma sexta-feira. Os dois tinham mais o que fazer em seus Estados. Como se diz nos pal?os, em fim de governo s?em bate ?orta ? vento.

Olavo de Carvalho

09/12/2008
8 de dezembro de 2008 A ci?ia hist?a, dizia Leopold von Ranke, ?contar as coisas como efetivamente se passaram”. Tal ?amb? em escala mais modesta, a miss?do jornalismo. As dificuldades para cumpri-la s?muitas. A principal ?ue cada personagem envolvido na trama tem sua pr?a vers?dos acontecimentos, n?raro concebida de antem?para produzi-los no sentido desejado, o que inclui for?amente a dose de camuflagem necess?a para que o p?co n?apreenda o que est?contecendo, mas se limite a decorar e recitar a sua parte num enredo cujo nexo com os fatos lhe escapar?or completo. Tal ? diferen?entre “acontecimentos” e “narrativa”. A narrativa pode rastrear os acontecimentos depois que sucederam, mas pode tamb?substituir-se a eles, antecipadamente, para ao mesmo tempo ger?os e encobri-los. Para este ?mo fim ela tem de ser mais atraente e parecer mais natural, mais f?l de acreditar do que os fatos que encobre. A primeira condi? obt?se amoldando-a ?esperan?, sonhos, temores e ?s do p?co; a segunda, repetindo-a com insist?ia e por uma variedade muito grande de canais, dando uma impress?de testemunho universal convergente de tal modo que suspeitar da veracidade da coisa pare?um sinal de dem?ia pura e simples. Distinguir entre narrativa e acontecimentos ?uest?de intelig?ia. A mais decisiva opera? da intelig?ia ?istinguir entre o essencial e o acess?, ou, como dizia Arist?es, entre a subst?ia e o acidente. A subst?ia ? “diferen?espec?ca” que destaca uma coisa daquelas que se lhe assemelham. Uma narrativa astuta pode trazer um elemento acidental e secund?o para o centro da trama, bloqueando a percep? do essencial, de modo que este se realize discretamente enquanto todos est?olhando para o outro lado. A narrativa da vit? de Barack Obama j?stava pronta muitos meses antes das elei?s: era o “presidente negro” que vencera a “heran?racista” da na? americana, marcando “uma mudan?hist?a”. Tal era o discurso de propaganda, repetido, como traslado puro da realidade, por todas as grandes empresas de m?a, cujos propriet?os e controladores ali?eram, eles pr?os, adeptos e contribuintes do candidato. No entanto, basta um pouco de intelig?ia para perceber que a cor da pele de Obama n??ua diferen?espec?ca, essencial: ?penas a sua diferen?mais vistosa. Examinando sua hist?, sua forma?, suas liga?s pol?cas e sua conduta de campanha, verifica-se acima de qualquer d?a poss?l que, como pol?co, ele difere imensamente mais de todos os candidatos anteriores ?resid?ia americana do que um negro difere de um branco ou um esquim?fere de um negro. N?h?afinal, grande originalidade em um negro eleger-se presidente dos EUA. Pela lei das probabilidades, isso acabaria acontecendo mais cedo ou mais tarde. E, ao contr?o do que alardeia a narrativa forjada com base num estere?o de cinco d?das atr? as resist?ias ?resen?de negros nos altos postos s?hoje praticamente nulas na sociedade americana; ao contr?o, essa presen??plaudida quase unanimemente, mesmo quando o personagem incumbido de personific?a n??os mais talentosos. Dos eleitores, apenas a sexta parte declarou que a ra?foi importante na escolha do seu candidato e, desses, a quase totalidade votou em Obama. Por que ent?declarar, como o fez o candidato contra todo o senso das propor?s, que sua vit? ?m feito t?grandioso quanto o desembarque do primeiro homem na Lua? ?f?l demais atribuir essa declara? ?egalomania narcisista (que Obama tem, mas um pouco abaixo da dose demencial requerida para dizer uma coisa dessas). Obama tem raz?para dizer o que disse: ele sabe que traz consigo uma diferen?espec?ca mais discreta, por?infinitamente mais significativa do que a cor da sua pele, e que essa diferen? ela sim, faz do seu acesso ?resid?ia um acontecimento mais que espetacular, um acontecimento de propor?s quase apocal?icas. N??ma diferen?totalmente invis?l. As pessoas s?o a enxergam porque a m?a n?a aponta e porque, ao contr?o do que acontece com a diferen?epid?ica, ela n??nimadora e sim tem?l, tem?l em grau maior do que a m?a dos seres humanos ?apaz de suportar. A diferen?a que me refiro salta aos olhos mediante o simples cotejo de tr?ordens de fatos bem comprovados: (1) Desde ontem, Obama, como presidente eleito, passou a receber os relat?s reservados dos servi? de intelig?ia, tendo acesso a todos os segredos de Estado da na? americana. (2) Ao mesmo tempo, continua severamente bloqueado ao p?co, ??a e aos investigadores em geral todo acesso aos documentos do pr?o Obama, seja referentes ?ua biografia pessoal, seja ?ua carreira pol?ca. Ningu?pode examinar sua certid?original de nascimento, seu hist?o escolar, seus registros m?cos, sua tese de doutoramento, sua agenda de audi?ias no Senado, a lista dos clientes do seu escrit? de advocacia ou mesmo o rol completo de seus contribuintes de campanha. A vida de Obama ?ais secreta do que os mais altos segredos de Estado. Nada se pode saber dela, exceto na vers?aprovada por ele. ?um privil?o que nem os imperadores da antig?de ou os tiranos mais prepotentes da modernidade jamais desfrutaram. L?n, St?n, Hitler e Mussolini jamais fizeram de seus hist?os escolares um segredo de Estado. As vidas de Vladimir Putin, de Fidel Castro, de Hugo Ch?z, s?muito mais transparentes que a de Barack Hussein Obama. O homem mais vis?l do universo ?o mesmo tempo o mais opaco, o mais incognosc?l. (3) Para completar, a biografia “oficial” de Obama ??cheia de inconsist?ias e contradi?s que s? p?co reduzido ?nfantilidade mental pode aceit?a sem perguntas. Ele diz que nasceu num lugar, sua av?z que ele nasceu em outro. Ele diz que nasceu no Hava?uando sua m?estudava e morava em Seattle, a duas mil milhas de dist?ia. N?existe a mais m?ma prova de que seu pai estivesse no Hava? e muito menos em Seattle – na ?ca em que Obama teria sido gerado. Nenhum dos colegas de universidade de sua m? em Seattle ou no Hava?se lembra de t?a visto gr?da. Ele disse que s?nhecera William Ayers de vista, mas os documentos provam que trabalharam juntos por muito tempo, que Ayers o indicou para diretor da ONG Chicago Annenberg Challenge e que muito provavelmente foi o ghost-writer da sua autobiografia. Ele disse que n?foi favorecido na compra da sua casa com dinheiro do vigarista s?o Tony Resko (recebido de Sadam Hussein, by the way), mas o recibo prova que pagou 300 mil d?es abaixo do pre? Ele disse que nunca trabalhou na Acorn, mas aparece em fotos dando aulas para os militantes da organiza?. Ele negou qualquer liga? pol?ca com Raila Odinga, mas as fotos o mostram no palanque, fazendo com?o na campanha presidencial do genocida. Ele disse que n?sabia das id?s pol?cas do pastor Jeremiah Wright, mas passou vinte anos ouvindo todas as semanas os serm?dele, que s?lavam de pol?ca. E ainda restam algumas perguntas vitais: Por que tantos ?bes – um pr?ipe saudita, um vigarista s?o e dois famosos agitadores pr?rroristas est?na lista – decidiram, sem mais nem menos, pagar todos os estudos de um jovem negro americano que n?tivera at?nt?nenhuma atua? p?ca digna de aten?? Como o conheceram? Por que decidiram ajud?o a subir na vida? S?perguntas que at?m candidato a sargento de pol?a teria de responder obrigatoriamente. Dispensar delas um presidente da Rep?ca, ao mesmo tempo que se desvelam diante dos seus olhos os mais altos segredos de Estado, ?ar a ele o privil?o de tudo saber sem ser conhecido por ningu? mesmo sendo ele um personagem que d?az?de sobra para ser investigado, um tipo suspeito que, se n?foi plantado no posto mais alto da Rep?ca americana pelos inimigos da na?, ao menos consentiu que eles lhe pagassem para chegar l? um tipo que, se n?? “candidato da Manch?”, ? que j?ouve de mais parecido com ele na realidade. Pela primeira vez na hist? da humanidade a na? mais poderosa que j?ouve no mundo entrega seu comando e seus segredos de Estado a um completo desconhecido, envolto em segredos e mentiras como jamais um governante foi, mesmo nas ditaduras mais tenebrosas. Perto dessa diferen?abissal e imensur?l, perto dessa originalidade in?ta e absoluta, ser um candidato negro ?a rigor, um detalhe irrelevante, exceto no sentido de que a diferen?epid?ica ?sada justamente para encobrir a diferen?profunda, tanto mais decisiva quanto mais proibida e inacess?l. Se isso n??omo andar na Lua, ?elo menos reinar na Terra sobre um eleitorado perdido no mundo da Lua, alienado da realidade pela sedu? da narrativa.

Reinaldo Azevedo

09/12/2008
Lula, o tabu?a, exagerou ontem — mesmo segundo os padr?t?lassos de Lula, o tabu?a, ao discursar durante o lan?ento do Fundo Setorial do Audiovisual, no Pal?o Gustavo Capanema, no Rio. O seu s?, para se referir ?dificuldades por que passa o Brasil, ? triunfo do deboche. Escrevi ontem a respeito dessa quest?em particular (reproduzo abaixo aquele post). J?isse algumas vezes que as reservas ideol?as n?est? sozinhas, no cerne da minha ojeriza aos petralhas. Insuport?l nessa gente ?amb?a sua imbat?l vulgaridade. N?porque lhes falte necessariamente educa? formal — alguns s?at?em graduados. O que lhes falta mesmo ?ecoro. E por isso os presentes aplaudiram as manifesta?s de estupidez e grosseria do chefe, num espet?lo verdadeiramente grotesco. E, se o Apedeuta n?tinha atingido ainda os p?aros do cinismo, seus burocratas se encarregaram de faz?o depois. Embora sua fala n?pudesse ter sido mais aud?l e o s? tenha sido pronunciado de maneira inequ?ca, o site da Presid?ia, que traz a ?egra de sua glossolalia (s?e estimulada por maus esp?tos), preferiu censurar a palavra (integra aqui). No lugar do sin?o vulgar do verbo copular, a hist? oficial preferiu escrever inaud?l. Entendo: ?reciso preservar a hist? de Lula de Lula; ?reciso corrigir o Lula real para construir o Lula m?co; ?reciso ignorar o tabu?a para criar a fantasia do estadista. Um tanto por masoquismo, li a ?egra de sua fala, uma catilin?a (pobre C?ro!) eg?ra, que faz t?la rasa da hist? e que jamais se constrange de, a contrapelo dos fatos, chamar para si m?tos que n?s?seus, transferindo a terceiros todas as responsabilidades pelos dem?tos. Querem um exemplo rasgado, descarado, da mais odiosa mistifica?? Leiam o que ele disse: Voc?est?lembrados da d?da de 90. Da metade da d?da de 80 at?uase 2000, era um pensamento ?o, ou seja, era preciso vender todas as empresas do Estado, era preciso privatizar tudo, era preciso mandar muitos funcion?os embora, era preciso aumentar o tempo que o trabalhador tinha que trabalhar, porque ele se aposenta com pouco tempo, e da?fora. Todo mundo viveu esse debate: o Estado n?vale nada, o Estado s?sta. Mentiras espantosas. Infelizmente, nunca ningu?pregou a venda de todas as estatais. A Petrobras e seus maus resultados est?a?por exemplo. As privatiza?s n?desempregaram ningu? Ao contr?o: geraram milhares de empregos diretos e milh?de empregos indiretos. Lula, em seu primeiro ano de governo, enviou uma proposta de reforma da Previd?ia que aumentou o tempo que o trabalhador tem que trabalhar para se aposentar. E h?sto: Eu acho que em ?ca de crise ?ue a gente tem que fazer os gastos necess?os. O que n?recisamos, S?io [Cabral], enquanto governador e presidente, ?omar a seguinte decis? n??vamos investir nenhum centavo em custeio enquanto tiver dificuldade, mas vamos investir todos os centavos poss?is em coisas produtivas, em coisas que possam gerar empregos, em coisas que possam gerar distribui? de renda, sal?o e poder de compra para o povo brasileiro. Por isso ?ue eu sou um cidad?otimista. Voc?e conhece h?uito tempo, Serginho. Voc?abe que eu adoro uma crise. Eu adoro ser provocado, porque eu acho que ?esse momento que voc?rova se pode crescer ou n?pode crescer, se este pa?pode dar um salto de qualidade ou n?pode dar um salto de qualidade. Investir em custeio, leitor, ?ais ou menos como voc?nvestir no pagamento do seu condom?o... Mas adiante. Lula onerou brutalmente a folha de pagamentos dos servidores. E os fez por meio de MPs, depois que a crise j?stava dada. O mercado puniu severamente a Petrobras em raz?do aumento das despesas de... custeio! Sim, ontem, mais uma vez, Lula, por assim dizer, privatizou os anos recentes de crescimento econ?o: obra, ele pretende, de seu governo. Outros, antes dele, fizeram tudo errado. J? crise que a?st?que colhe, agora em cheio, a economia brasileira, bem..., esta foi gerada pela especula?, pelo mercado etc. Ora, se era ele a operar o milagre, que continue, ent?a faz?o. O que o impede? Ou o homem ?ilagreiro s?m o mercado a favor? Mas n? Lula decidiu dividir a crise com a companheirada: Voc?em o trabalhador da f?ica. Ele est?uvindo falar em crise. Ele tem at?ma reservazinha, vai receber d?mo terceiro, pegou f?as, at?oderia pensar em comprar um carro. Mas o mercado de carro usado despencou, porque ningu?quer financiar. Ele fala: Bem, eu n?vou comprar o carro porque eu posso perder meu emprego, e se eu perder meu emprego eu estou ferrado. Ou seja, ?reciso algu?dizer para ele que ele vai perder o emprego exatamente por n?comprar. Na hora em que ele n?compra, a ind?ia n?produz, o com?io n?vende e em algum lugar vai estourar. E vai estourar exatamente na produ? industrial. Simples, n??Um ou outro idiota da objetividade poderiam indagar: U?mas esse racioc?o n?faz sentido? Faz, claro. Desde que n?sirva ?istifica?. E desde que se considere que, num per?o de crise, que est?ado (est?onge de ser uma quest?de psicologia social), n?fazer d?das ?ma quest?de prud?ia. Especialmente quando o governo foi obrigado a admitir que haver?ens?l aumento do desemprego. O conjunto dos brasileiros n?tem a ventura de contar com uma pens?vital?a, a exemplo de Lula. Ademais, seria o caso de indagar ?inistra Dilma Rousseff (ver post nessa p?na) se ela concorda com Lula: basta comprar, que o emprego est?arantido. Parece que n? Como ele deixa claro no discurso, haviam-lhe preparado outra fala. Mas ele acredita nas virtudes da improvisa?. E produziu aquela fant?ica pe?da ret?a pol?ca e econ?a, em que nem o clich?esiste. Para se referir a supostas verdades ocultas, destruiu uma met?ra cl?ica e conseguiu fundir tr?outras num emaranhado sem sentido: As coisas que at?nt?estavam embaixo do arm?o v??ona. ?a sujeira embaixo do tapete misturada ?verdades dentro de um arm?o... submerso — ou n?teria como algo vir ?ona. A lamban?metaf?a ?mblema de sua confus?mental. ?dios que ocupam o Congresso de laptop e celular s? claro, de araque. Nosso ?io de verdade ?ula: tudo o que ele sabe vem da cultura oral: contam pra ele. E ele aprende mais ou menos. Ou como explicar a seguinte batatada, que, mesmo dita para artistas, chega a ser ofensiva de t?est?a: Vejam que absurdo. Tem ag?ias que medem o risco dos pa?s. Os Estados Unidos quebram e o risco deles continua zero e o nosso que cresce. Essas coisas absurdas de um mundo globalizado. ?mesmo! Que absurdo, n?? Artistas A sala estava cheia de artistas. Voc?sabem: todo artista, ou certo tipo, tem de ir aonde a verba oficial est?E Lula tratou os presentes, acho, como eles merecerem ser tratados, uma vez que estavam l? ouviram a fala calados. Querem ver? O trecho est?runcado, mas ?xatamente o que parece ser: Se n?for demais, todos voc?aqui conhecem, estou vendo artistas importantes aqui. Voc?que, de vez em quando (inaud?l), quando voc?quiserem (inaud?l), voc?batam uma palminha que eu des?para pegar aqui o meu cofre. ?isso: basta que os artistas batam uma palminha para Lula — e boa parte bate sem problema; at?oca flauta, se preciso —, e ele vai ao cofre. Ah, Reinaldo, n?tem jornalista que faz o mesmo? Sim, aos montes. N?obstante, voc?ver?abaixo, a popularidade de Lula bate recorde: 70%, segundo o Datafolha. E nem poderia ser diferente: nada menos de 78% dos brasileiros acham que a vida ser?elhor no ano que vem. O discurso insano de ontem parece traduzir a preocupa? com essa expectativa. O homem do S?U Lula s?de ter voltado a abusar da ?a mineral. N?h?utra explica?. No discurso em que, na pr?ca, ficou tentando encontrar culpados para as dificuldades que a economia brasileira j?nfrenta, ele come? dizendo que ?m Dom Quixote. T?Inteligente ele ?j?firmei aqui umas 500 vezes. Mas ?e uma ignor?ia oce?ca. A ?o tra?de car?r apreci?l da personagem de Cervantes era a inoc?ia. No mais, bem..., era um desastre. E Lula n?tem a metade da inoc?ia daquele. Ademais, o que, naquele, era loucura, neste, ?uro m?do. Se ele ?esmo um Dom Quixote, o desfecho ser? pior poss?l. Adiante. Encantado com o som da pr?a voz — um dos males que ami?o acometem —, disse que o mercado financeiro ?omo um filho adolescente rebelde, que n?quer saber do pai e da m?.. E foi adiante, vermelho, falando alto: Quando o mercado tem uma dor de barriga, e, nesse caso, foi uma diarr? braba, quem ?hamado? O Estado, que eles negaram por 20 anos. Entenderam? O Estado ? pai e a m?da sociedade. Santo Deus! Era pouco? Era pouco! Explicando por que prega tanto otimismo, Lula a?e comparou a um m?co que estivesse atendendo a um doente. E indagou: O que voc?ala? Dos avan? da medicina ou olha pra ele e diz S?U? Sim, Lula empregou a palavra S?U num discurso oficial. Bem: S?U, voc?devem saber, ?ma forma sincopada da vers?vulgar do verbo copular, mas numa estranha e improv?l forma reflexiva. O si vem do SE, e o FU, da primeira s?ba do sin?o de copular, mas trocando o O pelo U, entendem? E, na forma reflexiva, aquele sin?o perde toda a carga positiva. Quem s? est?strepado. Isso ?ula, ?ormal. O seu gosto pelo tabu?o ?ot? e conhecido. Mas o mais interessante ?utra coisa. Recuperando-se o contexto da sua fala, fica claro que, para o m?co Lula, o paciente Brasil s?. O pa? muito melhor do que seus pol?cos, vai resistir. Ainda bem! Mas, sob muitos pontos de vista, o que se v?? o fundo do po? Vamos torcer para que a economia mundial se recupere logo.