NÃO DISCUTO MAIS COM ESQUERDISTAS
Felipe Fiamenghi
Não discuto mais com esquerdistas. A pandemia serviu pra mostrar que é impossível entrarmos em um consenso. O motivo é simples: Não buscamos a mesma coisa. Nós queremos o progresso; eles querem o poder.
O combate ao COVID no Brasil deixou isso extremamente claro. O foco não é vencer a doença, mas derrubar o Presidente. E, de verdade, tem que ser muito idiota para não perceber isso. Infelizmente, idiotas existem aos montes.
Agora, aliás, ao abrir o Facebook para fazer essa postagem, me deparei com um "print" dizendo que "as pessoas estão morrendo porque o Bolsonaro não comprou vacina". Coisa de demente, que não tem capacidade de se informar através de canais oficiais e fica reproduzindo discurso da extrema-imprensa.
O Brasil é o 5º país que mais vacinou no mundo; 1º lugar entre os países que não possuem uma plataforma própria. Já foram ministradas mais de 13 MILHÕES DE DOSES e, até o final do ano, já estão garantidas 500 MILHÕES. Mais do que o suficiente para as duas doses em TODA A POPULAÇÃO; a 6ª maior do Planeta Terra.
Para se ter ideia da dimensão disso, na Alemanha, com 80 milhões de habitantes, a previsão para vacinação das pessoas na faixa dos 30 anos é em MARÇO DE 2022!
A esquerda NÃO QUER UMA SOLUÇÃO. Ela quer um culpado. Divulga mortes com uma satisfação mórbida, como se comemorasse uma vitória do seu time. Ela se alimenta do caos, das mazelas sociais. É um abutre, vivendo da miséria. É nisso que seu discurso se sustenta.
O objetivo é claro: Sufocar a economia até quebrar o país, responsabilizar o governo e, ano que vem, se apresentar como a solução dos problemas que criou.
Espero honestamente que o povo não seja tão ingênuo. Mas confesso que, pelo que tenho visto, ando com pouca fé.
Felipe Fiamenghi - 21/03/2021
"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir."
(CHURCHILL, Winston)
Publicado na página de Pátria Amada Brasil no Facebook
A trágica herança deixada pelos últimos anos da era lulopetista na economia fica evidente também nos dados sobre a demografia das empresas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar. Em 2016, último ano da desastrosa passagem de Dilma Rousseff pela Presidência da República, o Brasil perdeu 70,8 mil empresas, o que resultou na demissão de 1,6 milhão de trabalhadores. É o que mostra o estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016 divulgado pelo IBGE.
O fato de esse ter sido o terceiro ano consecutivo em que o saldo total de empresas em operação no País foi negativo comprova, com estatísticas expressivas sobre a deterioração do ambiente empresarial, o que outros indicadores já mostravam. A crise que afetou duramente o País começara efetivamente em 2014. Foi o ano em que, escondendo dados sobre a realidade da economia e das finanças públicas e fazendo promessas que jamais poderia cumprir, Dilma iludiu boa parte do eleitorado e conseguiu sua reeleição.
As mentiras com que Dilma e sua companheirada animaram a campanha eleitoral tinham pernas curtas, a recessão se instalou, as pedaladas fiscais com que o governo petista tentou esconder a gravidade da crise das contas públicas se evidenciaram e a presidente, afinal, foi definitivamente afastada do cargo no dia 31 de agosto de 2016. Os efeitos de sua danosa gestão, porém, persistiram por vários meses após seu impeachment. Desse modo, comprometeram o início do governo de seu sucessor legítimo, Michel Temer, a despeito do esforço deste para iniciar um severo controle das contas públicas destroçadas nos anos anteriores.
Em 2016, havia 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,5 milhões de pessoas, das quais 32,0 milhões eram assalariadas e 6,5 milhões, sócias ou proprietárias. Em relação ao ano anterior, o saldo total de empresas caiu 1,6% e o total de pessoal assalariado, 4,8%.
A taxa de entrada das empresas no mercado, que mede a proporção de empreendimentos iniciados no ano em relação ao universo total das empresas, por sua vez, caiu pelo sétimo ano consecutivo. Essa taxa fixou em 14,5% em 2016, o menor valor da série iniciada em 2008. Isso sugere que, no Brasil, os efeitos da crise financeira mundial de 2008 - que afetaram a disposição de empreender em todo mundo durante algum tempo - se estenderam por um período mais longo em razão das imensas dificuldades que a equivocada política econômica do governo Dilma impôs à atividade empresarial.
O impacto negativo dessa política econômica foi particularmente notável nas estatísticas sobre as empresas consideradas de alto crescimento. São as empresas que desempenham um papel socioeconômico mais relevante, pois estão nessa classificação aquelas que aumentaram o número de empregados em pelo menos 20% ao ano, em média, por três anos consecutivos e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da classificação. Entre 2015 e 2016, o número dessas empresas diminuiu 18,6% e seu pessoal assalariado caiu 23,5%. Mesmo assim, embora representassem apenas 0,9% do total do universo das empresas, elas ocupavam o equivalente a 8,3% de todo o pessoal assalariado.
O forte impacto social negativo dos últimos anos do governo de Dilma é nítido também nas taxas de desocupação aferidas regularmente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, também do IBGE. Essa taxa é a média do trimestre móvel encerrado no mês de referência. Ela começa a subir no trimestre encerrado em janeiro de 2015, primeiro mês do segundo mandato de Dilma, quando ficou em 6,8%. Um ano depois, já estava em 9,5%. A deterioração do mercado de trabalho em consequência da recessão provocada pelos equívocos da política econômica petista se acentuou nos meses seguintes, até alcançar seu ponto máximo em março de 2017, quando chegou a 13,7%.
São números que o eleitor deveria levar em conta quando for depositar seu voto domingo.
(Publicado originalmente em http://nivaldocordeiro.net
Vamos ver se a visão utilitarista típica de um banqueiro vai quebrar o silêncio de André Esteves. É provável que sim, mas isso causará um terremoto na vida política nacional. Se falar livremente vai comprometer toda cúpula da política e não apenas a do PT.
Nada mais extravagante e fora do lugar do que um banqueiro, e dos grandes, aprisionado. Em prisão preventiva, diga-se de passagem, a pior delas, aquela que é determinada para que a investigação dos supostos crimes possa prosseguir sem a sua interferência. Normalmente, tal expediente é usado para investigar crimes de sangue ou de tráfico de drogas, tomados em flagrante delito, mas ficou usual entre, nós depois que o PT chegou ao poder, não porque este tenha decidido “investigar” mais, mas precisamente porque o partido decidiu delinquir mais na política, fez do poder de Estado um duplo instrumento de autoperpetuação no poder e de máquina para se locupletar.
O banqueiro – falo de André Esteves – secundou o maior dos nossos empreiteiros, Marcelo Odebrecht, que está na mesma condição há meses, preso preventivamente, sem data para sair da prisão. Banqueiros e empreiteiros são dois tipos de grandes negociantes com as coisas do Estado, aqueles dos quais o PT transformou em fonte de rio de dinheiro para suas campanhas eleitorais e para a conta corrente de seus dirigentes, todos enriquecidos à sombra do poder de Estado.
Desde que chegou à Presidência da República, o PT se comportou como se tivesse tomado o poder pelas armas e pudesse reiniciar o país em tudo. Enganou-se. As instituições funcionaram e as falcatruas reveladas desde o mensalão estão devidamente tratadas pelo Poder Judiciários, em todas as instâncias. Sentenças têm sido prolatadas em profusão. Não deixou de ser muito irônico que o ministro Teori Zavascki, que chegou ao STF supostamente para ajudar juridicamente o PT, tenha assinado monocraticamente a ordem de prisão do banqueiro e do senador Delcídio Amaral, líder do PT naquela Casa. O Estado tem se revelado maior do que o partido.
Desde o mensalão o PT tem tentado “acalmar” os réus vendendo a falsa ideia de que controla o Poder Judiciário, comprando com isso o silêncio de incautos como Marcos Valério, que foi apenado com quarenta anos de prisão, em regime fechado. Os novos réus perceberam a fragilidade dessa promessa e passaram a negociar delações premiadas, que relaxam a prisão preventiva e reduzem a pena a cumprir, por acordo com o Ministério Público. Os dedos-duros têm se multiplicado.
Marcelo Odebrecht tem permanecido impávido, em silêncio total, o que tem lhe custado a longa prisão preventiva. Parece que passará as festividades de final de ano na cadeia. Vamos ver se a visão utilitarista típica de um banqueiro vai quebrar o silêncio de André Esteves. É provável que sim, mas isso causará um terremoto na vida política nacional. Se falar livremente vai comprometer toda cúpula da política e não apenas a do PT. Grandes fortunas súbitas, como a do André Esteves, só são possíveis mediante assalto impiedoso aos cofres públicos, de todas as formas. O negócio dos banqueiros os deixa em posição favorável em qualquer decisão governamental, a começar por aquelas que são referidas à dívida pública.
A propósito, o sistema brasileiro “democratizou” o butim da dúvida pública, toda a gente pode comprar seus papéis, que pagam generosos juros, os maiores do mundo. Não devemos esquecer, todavia, que para um título público chegar às mãos de um particular paga, antes, comissão a um banqueiro. A trilionária dívida pública é a vaca leiteira do sistema bancário.
Não sei se André Esteves é culpado dos crimes dos quais é acusado, mas a prisão dele não é injusta se tomarmos como referência o conjunto de sua obra. A súbita fortuna que logrou acumular veio acumulada de boatos de negociatas com fundos de pensão de empresas públicas, com o manejo da dívida do Estado, com súbitos movimentos lucrativos próprio dos muito bem informados, como as variações cambiais. Não é uma injustiça, portanto, que esteja preso.
O Brasil precisará ser passado a limpo, agora. Tantos políticos e gente rica aprisionados levam-me a acreditar que um mínimo de moralidade agora será exigido no trato da coisa pública. Fatalmente a rentabilidade desses maganos irá minguar. Ninguém pode ter permanentemente lucros extraordinários sem delinquir, é isso que a prisão do banqueiro revela.
Quem viver verá.