NUMA IDA À PADARIA, QUATRO BANDIDOS, MUITAS FACADAS
 

Percival Puggina

 

Embrenhou-se na selva porto-alegrense para a arrojada tarefa de comprar pão na padaria da esquina. Saiu desarmado, como manda a imprudente lei. E não voltou para casa. O professor foi dali para o hospital, com múltiplas facadas desferidas, simultaneamente, por quatro homicidas que fugiram levando algum troco e um celular. Desde sábado está entre a vida e a morte.


Não preciso da investigação para saber que as quatro bestas humanas têm uma ficha criminal mais comprida do que a tolerância da legislação brasileira. Ninguém ingressa no banditismo atacando um idoso a facadas em rua central da cidade. Não, esses monstros receberam da lei penal, do sistema penitenciário, dos "direitos humanos", dos filósofos e dos aplicadores do garantismo penal, dos partidos de esquerda adversários declarados da atividade policial, todo o tempo e toda a indulgência necessários para se desenvolverem em suas carreiras. São apenas quatro entre centenas de milhares que respondem por milhões de furtos e roubos, notificados e não notificados e por mais de 60 mil homicídios anuais. Não se chega a esses números sem deixar verdadeira multidão de criminosos liberados para ações repetitivas, não raro após audiências de custódia nas quais tudo recomenda conceder a preventiva. Mas a conveniência da sociedade, vulnerável e indefesa, nada pode contra os inalienáveis direitos dos criminosos.


O professor foi atacado com silenciosas armas brancas, que não fazem alarde, não acionam a polícia e não despertam nenhuma câmera de celular. E dão prova de que o desarmamento da população ordeira pressupõe uma tolice: a de que os crimes são cometidos pelas armas e não por quem tem a intenção de as  usar para o mal.


 

  • 11 Dezembro 2017

INCOERÊNCIA TUCANA

 

Enquanto PSDB deixa o governo e se divide em relação à Reforma da Previdência, os intelectuais e peritos que atuam no Instituto Teotônio Villela (órgão de estudos do partido) enfatizam a necessidade de aprová-la e elogiam os sucessos alcançados pelo governo no curto período de um ano. Leiam a importante nota que começa, praticamente, advertindo o PSDB para o erro de os interesses eleitorais de 2018 colocarem sob risco os resultados alcançados e que se refletem na queda da taxa de juros da economia. Exatamente o erro que o PSDB está cometendo, de modo imprudente e irresponsável.

 

Tombo Histórico


Carta de Formulação e Mobilização Política - Quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


Ausência de reformas e resultado das eleições de 2018 colocam sob risco a manutenção da queda da taxa de juros, anomalia da qual a economia brasileira está conseguindo se livrar.


Das anomalias que marcam a economia brasileira, as altas taxas de juros talvez sejam uma das mais perversas. Distorcem a alocação de recursos disponíveis, consomem dinheiro público escasso, embotam investimentos produtivos e travam a geração de renda e empregos. Quem sabe, esta aberração esteja começando a ficar no passado.


Os juros básicos caíram ontem à menor taxa de que se tem registro no país, ou seja, desde 1999. São agora de 7% ao ano, o que apenas um ano atrás parecia miragem - em outubro de 2016, a Selic alcançava 14,25%, patamar que já vinha de um ano antes. É evidência de que, uma vez adotadas as políticas adequadas, o país tem condição de tomar o rumo certo.


Um dos efeitos positivos mais diretos do juro baixo está no gasto público. Com a Selic menor, o Tesouro Nacional já deixou de torrar R$ 52 bilhões com a rolagem da sua dívida até setembro. Com a taxa básica agora se igualando à TJLP, o governo também economizará mais R$ 27 bilhões apenas com fim de subsídios públicos a créditos.


Do lado privado, dinheiro que estava esterilizado em títulos públicos tende a buscar ativos reais e de maior risco. A procura por crédito aumenta. Ganham a produção e a economia. As empresas lucram mais, distribuem dividendos e empregam.


O atual ciclo de baixa da Selic começou em outubro do ano passado, tão logo o Banco Central emitira sinais mais contundentes de que não toleraria a inflação alta. A atitude diferia da assumida pela gestão anterior, para a qual um aumentozinho a mais nos preços não doía. Tanto doía, que se tornara, junto com o desemprego, mais um dos tenebrosos componentes da recessão petista.


Em trajetórias coincidentes, desde então inflação e juros foram convergindo. Se estes estão agora na sua mínima histórica, aquela desceu a patamar abaixo do piso da meta estipulada para o ano - encontra-se em 2,7% nos 12 meses até outubro, depois de ter batido em 10,7% em janeiro do ano passado. Ou seja, desta vez a política monetária funcionou - de maneira distinta do artificialismo e do voluntarismo que caracterizaram a queda na marra da taxa básica empreendida por Dilma em 2012.


A Selic deve cair ainda mais um naco no início de 2018. O 11° corte consecutivo pode ser maior ou menor a depender da aprovação ou não da reforma da Previdência, crucial para o controle dos gastos públicos. Mas daí não deve passar. Terá, se isso se confirmar, encostado numa taxa real de 2,5% ao ano, de bom tamanho para economia ainda tão desequilibrada quanto a brasileira, mas ainda alta quando se tem em conta que naseconomias desenvolvidas, na média, o juro encontra-se perto de 0%.


As apostas são de que a mínima histórica não deve durar muito tempo, com a taxa voltando a subir em fins de 2018 com o provável reaquecimento da economia, do mercado de trabalho e dos preços. As principais ameaças, contudo, são menos benignas. Os riscos maiores estão na frustração das reformas e no destino que caberá ao país após as eleições presidenciais de 2018.


 


 

  • 10 Dezembro 2017

BRASIL SUPERA A CRISE E 2018 DEVE CONSOLIDAR RETOMADA DA ECONOMIA

FecomercioSP

 

Para a FecomercioSP, apesar do ano eleitoral, expectativa para 2018 é uma política menos conturbada e avanço das reformas, o que dará consistência à mudança de cenário

São Paulo, 08 de dezembro de 2017 - Após quase três anos de uma crise sem precedentes, a economia brasileira já mostra sinais evidentes de recuperação, que devem se intensificar em 2018. Segundo projeções da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) fechar o ano com elevação de 1%, um pouco mais otimista que o mercado. A inflação, medida pelo IPCA, deve atingir 2,8%, enquanto as vendas do varejo no Brasil devem fechar positivas em 3%, mesma taxa de crescimento esperada para a indústria.

Para a FecomercioSP, os bons resultados da produção e do faturamento de praticamente todas as atividades também respaldam o otimismo para 2018, mesmo se tratando de um ano eleitoral. Nesse sentido, a Federação destaca que em 2017 a economia brasileira se recuperou de maneira consistente mesmo durante um período de muita instabilidade política, pós-impeachment e com a votação de duas denúncias contra o presidente, que claramente afetaram o ânimo do consumidor e a confiança do empresário e investidor. A assessoria econômica da Entidade acredita em um ambiente político mais tranquilo para 2018.

Em 2017, a expectativa é de um superávit de US$ 65 bilhões na balança comercial brasileira, saldo positivo que deve se repetir em 2018, em US$ 45 bilhões. Somadas a isso, as privatizações e concessões devem continuar estimulando os investimentos e contribuindo ainda mais para a geração de emprego. A Federação aposta que entre os principais desafios para o novo ano estão o controle de gastos e o ajuste fiscal, que depende da agenda de reformas e de um grande esforço político.

  • 08 Dezembro 2017

DIA 5 DE DEZEMBRO ABERTURA DA EXPOSIÇÃO SOBRE O HOLOMODOR

Fernanda Barth


Trazemos para Porto Alegre esta exposição, no ano do centenário da Revolução Russa, para que o mundo nunca esqueça este crime brutal cometido contra o povo da Ucrânia e que permaneceu em segredo até o final da década de 80, tornando-se público apenas com o fim da URSS.

Entre 1932-1933 o regime de Stalin submeteu milhões de ucranianos a morte por fome, em um dos maiores genocídios cometidos por um regime totalitário no mundo.

O termo Holodomor deriva da expressão ucraniana '?????? ???????' (moryty gholodom), tendo como raiz etimológica as palavras holod (fome) e moryty (matar através de privações, esfaimar), significando por isso "matar pela fome". O termo teria sido utilizado pela primeira vez pelo escritor Oleksa Musienko, num relatório apresentado à União dos Escritores Ucranianos de Kiev, em 1988.

No quarto sábado do mês de Novembro a Ucrânia e as comunidades ucranianas implantadas em diversos países de acolhimento prestam homenagem às vítimas do Holodomor. A exposição documental

Holodomor - o genocídio Ucraniano - mostra em detalhes o que ocorreu no período e marca esta homenagem às vítimas em Porto Alegre.

A abertura da exposição será às 19h30 do dia 5 de dezembro com uma palestra de Percival Puggina sobre o centenário da Revolução Russa e, logo após, a apresentação dos fatos históricos pelo Padre Domingos Starepravo, organizador da exposição no Brasil.
 

  • 01 Dezembro 2017

METADE DOS PRODUTOS NA BLACK FRIDAY TEM PROMOÇÃO 'FALSA'

 

Folhapress, no último dia 24, em cima do lance


Num universo de mais de 700 itens apresentados como participantes da Black Friday, 48% já foram até mais baratos antes desta sexta-feira (24) ou ao menos apresentaram o mesmo valor anteriormente.


A reportagem acompanha desde o mês passado a variação dos preços de 719 itens que receberam o selo de "Black Friday" ou que constaram em páginas especiais feitas pelas lojas para a data. Os produtos estão espalhados por sete dos maiores varejistas do país (foram considerados os preços on-line).


Pontofrio e Extra foram as lojas em que mais produtos apresentados como em promoção já tiveram o mesmo valor nos últimos 24 dias, ou ficaram até mais caros. No primeiro, 68% dos itens analisados se encaixam nesse perfil, no segundo, 65%.


Um caso simbólico é o da geladeira duas portas da Electrolux, 475 litros, no Walmart. Nesta sexta-feira, ela era vendida como produto na Black Friday a R$ 2.908. No último dia 12, ela estava a R$ 1.900.


No Submarino, uma lavadora de roupas da Electrolux, de 16 kg, custava na quinta-feira (23) R$ 1.530. Um dia depois ficou mais cara (R$ 1.597) e ainda ganhou um selo "freak out" (loucura).


O Magazine Luiza foi a loja com mais produtos analisados cujo preço na Black Friday é o mais baixo do período (92% dos itens monitorados).


COMENTO

 

Na matéria de Folhapress, foram incluídas explicações de alguns dos anunciantes mencionados. Um deles informa que cada loja tem sua política de preços e margens na Black Friday... No entanto, o que parece "normal" para os dois lados do balcão não o é à luz da moralidade a menos que se queira descer aos padrões de negociação do Gran Bazar de Istambul onde discutir o preço faz parte da diversão. Valer-se do ânimo gerado pela Black Friday para atrair consumidores com falsos descontos não é uma conduta que confira credibilidade ao estabelecimento comercial. caracteriza desejo de enganar o consumidor.


É bom que se diga: fatos assim também acontecem nos EUA, embora muito longe dessa proporção (quase a metade dos produtos anunciados na BF brasileira!). Em Los Angeles, práticas detectadas em mercadorias anunciadas por magazines como J.C.Penney, Sears, Macy's, Khol's levaram o procurador de justiça local a promover ação criminal. Felizmente, aqui no Brasil, também o Ministério da Justiça, à luz da matéria da Folha, abriu investigação para as necessárias providências.
  

  • 28 Novembro 2017

Holodomor jamais deverá ser esquecido!
EXPOSIÇÃO E PALESTRA SOBRE HOLODOMOR
(Texto de Fernanda Barth)


E é com esta intenção que trazemos para Porto Alegre esta exposição, no ano do centenário da Revolução Russa, para que o mundo nunca esqueça este crime brutal cometido contra o povo da Ucrânia e que permaneceu em segredo até o final da década de 80, tornando-se público apenas com o fim da URSS.

 

Entre 1932-1933 o regime de Stalin submeteu milhões de ucranianos a morte por fome, em um dos maiores genocídios cometidos por um regime totalitário no mundo.

 

O termo Holodomor deriva da expressão ucraniana (moryty gholodom), tendo como raiz etimológica as palavras holod (fome) e moryty (matar através de privações, esfaimar), significando por isso "matar pela fome". O termo teria sido utilizado pela primeira vez pelo escritor Oleksa Musienko, num relatório apresentado à União dos Escritores Ucranianos de Kiev, em 1988.No quarto Sábado do mês de Novembro a Ucrânia e as comunidades ucranianas implantadas em diversos países de acolhimento prestam homenagem às vítimas do Holodomor. A exposição documental Holodomor - o genocídio Ucraniano - mostra em detalhes o que ocorreu no período e marca esta homenagem às vítimas em Porto Alegre.

 

A abertura da exposição será às 19h30 do dia 5 de dezembro com uma palestra de Percival Puggina sobre o centenário da Revolução Russa e, logo após, a apresentação dos fatos históricos pelo Padre Domingos Starepravo, organizador da exposição no Brasil.
 

  • 25 Novembro 2017