O COMUNISMO SEGUNDO MILLÔR FERNANDES

 

Brilhante a frase do nosso Millôr Fernandes. Se buscarmos os porquês dessa constatação, vamos verificar que o comunismo tem, como ponto de partida, um erro antropológico incorrigível. Ele desconhece a natureza da pessoa humana. Ele precisa de um homem novo, que não é o homem do Evangelho, mas é um homem que se define pelas mutilações que o regime lhe impõe, como muito bem, à luz da Razão, sintetizou Millôr nessa sentença condenatória.

O comunismo exige um tipo humano inexistente na natureza, um tipo humano que aceite ser privado da liberdade, das vocações naturais, dos próprios bens, dos também naturais sentimentos familiares, e que transfira para o Estado a fé que tenha em Deus e em si mesmo. É tão anti-natural e intelectualmente desonesto o comunismo que, após seus sucessivos fracassos ao longo do século 20, raramente se apresenta como o nome próprio.
 

  • 27 Julho 2014

 

O general reformado Hugo Carvajal, ex-diretor de Inteligência Militar e um dos homens mais temidos da Venezuela, foi preso na tarde de quarta-feira no aeroporto internacional Queen Batrix de Aruba, por sua suposta participação em operações de narcotráfico, segundo informa o jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA) em reportagem assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado.

Carvajal, que em 2008 havia sido incluído na lista negra do Departamento do Tesouro norte-americano, por sua suposta participação nas operações de narco-tráfico das FARC, foi detido após chegar à Ilha de Aruba num avião particular.

A detenção ocorreu por solicitação das autoridades norte-americanas, que esperam transferir o prisioneiro ao território norte-americano com a maior brevidade possível.

Segundo fontes consultadas por El Nuevo Herald, Carvajal era uma das engrenagens mais importantes na participação do Exército da Venezuela nas operações de narcotráfico.

“Esta é a jóia de Coroa. Este é o Pablo Escobar desta história”, disse uma das fontes envolvidas na operação que falou sob condição de anonimato.

Segundo a reportagem, o tiranete bolivariano Nicolás Maduro e seus sequazes todos histéricos, enlouqueceram com a notícia, enviando a Aruba uma delegação para tentar livrar o famigerado General Carvajal das garras da justiça americana. Já o diário espanhol ABC salienta que Carvajal controlava tudo em ligação com as FARC e promovia a lavagem de dinheiro por meio da PDVSA, a estatal petroleira venezuelana com é a Petrobras no Brasil.
Transcrevo, por isso, a reportagem completa de El Nuevo Herald no original em español. Carvajal era o homem-forte do finado caudilho Hugo Chávez e de Maduro. Trata-se portanto de peixe bolivariano graúdo.
 

aloisioamorim.blospot.com.br

  • 26 Julho 2014

Embora o senso histórico aponte para um antagonismo entre fascismo e o comunismo, há entre ambos vários pontos de contato: o aniquilamento das oposições (que pode ser obtido pela força ou pelo bloqueio das estruturas sociais e políticas não controladas pelo partido); o dirigismo estatal; a identificação do partido com o Estado e com a Administração; e o empenho em integrar nas estruturas de influência e controle do partido a totalidade das relações econômicas, sociais, políticas e culturais. Mussolini cuidava de desqualificar as instituições democráticas que ainda se atreviam a expressar algum pluralismo. São dele as seguintes palavras: “Oposição a uma nação monolítica é supérflua”. Veja o quanto, ainda que em menor grau, isso tudo está acontecendo no Brasil.

  • 25 Julho 2014

VOOS DE GALINHA

O FMI revisou o crescimento do PIB brasileiro para baixo pela quarta vez neste ano. De acordo com as novas previsões, mais pessimistas do que as do ministro Guido Mantega, a economia nacional crescerá 1,3% neste ano. Já o conjunto dos "emergentes" experimentarão, no período, avançarão entre 4,6% e 5,2%. Bom para eles. Ruim para nós. Afinal, nosso tão decantado surto de desenvolvimento se afirma e reafirma como um sucesso publicitário e um fracasso prático. Avançaremos menos de um terço do que os outros países emergentes conseguirão prosperar.

Mas é claro. Estamos num ano eleitoral e, aparentemente, não é isso que interessa aos brasileiros. O que realmente importa são os favores obtidos com os recursos públicos ou os recursos obtidos com os favores públicos. Dá no mesmo, não é?

Enquanto nos orientarmos por tais critérios, dificilmente alcançaremos a credibilidade e o nível de investimentos públicos e privados necessários para conseguirmos um desenvolvimento econômico que se sustente. Galinhas voam, pouco e baixo. E há quem cacareje êxitos aeronáuticos toda vez que ela está no ar.
 

  • 24 Julho 2014

RAZÕES DE ESTADO X RAZÕES DE PARTIDO

 O governo federal recuou de sua decisão. Não vai mais reduzir para US$ 150 a cota de importação livre de imposto para quem ingressa no país por via terrestre, fluvial ou lacustre. O que motivou a intenção de reduzir essa cota? Você sabe, leitor, como são as razões de Estado. O governo está mais do que inquieto com o aumento dos gastos dos brasileiros no exterior (para onde muitos viajam pela simples razão de que é mais interessante, mais barato e mais seguro do que viajar no Brasil). E o que motivou a o recuo e o retorno à situação anterior? Você sabe, leitor, como são as razões partidárias. A senadora petista Gleisi Hoffmann é candidata ao governo do Paraná, onde disputa o cargo contra o atual titular, Beto Richa (PSDB). E a senadora sentiu que seria prejudicada em Foz do Iguaçu, município cuja atividade econômica se ressentiria com a medida. Uma cota de apenas de US$ 150 tornaria desinteressantes as viagens rodoviárias a Ciudad del Este. Então, para atender os interesses eleitorais do PT (e não pela defesa dos interesses dos brasileiros), a medida será suspensa para aplicação no ano não eleitoral de 2015.
 

  • 23 Julho 2014

 

A expulsão da Ford foi o maior prejuízo que alguém já proporcionou à economia gaúcha. Com a retirada da empresa, inúmeros projetos foram cancelados porque somente se viabilizariam com a efetiva formação de um consistente polo automobilístico no Estado. Entre essas dezenas de projetos se incluíam, por exemplo, uma grande laminadora de aços planos do Grupo Gerdau e uma indústria de pneus.

O empreendimento, que já dera início às obras no terreno escolhido, produziria por ano 200 mil automóveis. Seria duas vezes maior do que a fábrica que a GM estava concluindo em Gravataí. Deixando de lado todos os prejuízos paralelos: qual teria sido o valor econômico de 200 mil veículos por ano, todos os anos, desde então até hoje? E até o Dia do Juízo Final... Pois essa polêmica, iniciada no século passado, encerrou-se ontem no debate entre os candidatos ao Senado, promovido pela Rádio Guaíba. Afirmou Olívio, desmentindo a enganosa retórica de seus correligionários, "que não se arrepende e tomaria a mesma iniciativa de novo" (Correio do Povo, pag.4 desta terça-feira). A iniciativa foi dele, Olívio. Pronto. Acabou. Calem-se para sempre as falsas testemunhas. Falou o protagonista dos fatos.
 

  • 22 Julho 2014