A expulsão da Ford foi o maior prejuízo que alguém já proporcionou à economia gaúcha. Com a retirada da empresa, inúmeros projetos foram cancelados porque somente se viabilizariam com a efetiva formação de um consistente polo automobilístico no Estado. Entre essas dezenas de projetos se incluíam, por exemplo, uma grande laminadora de aços planos do Grupo Gerdau e uma indústria de pneus.
O empreendimento, que já dera início às obras no terreno escolhido, produziria por ano 200 mil automóveis. Seria duas vezes maior do que a fábrica que a GM estava concluindo em Gravataí. Deixando de lado todos os prejuízos paralelos: qual teria sido o valor econômico de 200 mil veículos por ano, todos os anos, desde então até hoje? E até o Dia do Juízo Final... Pois essa polêmica, iniciada no século passado, encerrou-se ontem no debate entre os candidatos ao Senado, promovido pela Rádio Guaíba. Afirmou Olívio, desmentindo a enganosa retórica de seus correligionários, "que não se arrepende e tomaria a mesma iniciativa de novo" (Correio do Povo, pag.4 desta terça-feira). A iniciativa foi dele, Olívio. Pronto. Acabou. Calem-se para sempre as falsas testemunhas. Falou o protagonista dos fatos.