Embora o senso histórico aponte para um antagonismo entre fascismo e o comunismo, há entre ambos vários pontos de contato: o aniquilamento das oposições (que pode ser obtido pela força ou pelo bloqueio das estruturas sociais e políticas não controladas pelo partido); o dirigismo estatal; a identificação do partido com o Estado e com a Administração; e o empenho em integrar nas estruturas de influência e controle do partido a totalidade das relações econômicas, sociais, políticas e culturais. Mussolini cuidava de desqualificar as instituições democráticas que ainda se atreviam a expressar algum pluralismo. São dele as seguintes palavras: “Oposição a uma nação monolítica é supérflua”. Veja o quanto, ainda que em menor grau, isso tudo está acontecendo no Brasil.