• Percival Puggina
  • 16/09/2015
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DROGAS: O PARLAMENTO LEGISLA, PERITOS OPINAM, MAS QUEM DECIDE É O STF?

 

O STF está em vias de decidir sobre a descriminalização da posse de pequenas quantidades de drogas, o que, na prática é uma liberação do pequeno tráfico e do consumo. Enquanto isso, o assunto está em debate da Câmara dos Deputados, onde se manifestam especialistas. Na real quanto os ministros do STF entendem sobre a maconha e seus efeitos? E serão os juristas e não os profissionais da saúde e os congressistas que decidirão sobre o assunto? Absurdo! Segue abaixo matéria da agência Câmara:

   A descriminalização da maconha esteve em debate na Câmara. A Comissão de Seguridade Social no dia 16 e reuniu representantes das áreas da saúde e do direito. O assunto descriminalização do porte de drogas e maconha para uso pessoal está em julgamento no STF e até o momento, os três votos apresentados são a favor da descriminalização.

Na ocasião, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) ressaltou que o Brasil vive uma epidemia das drogas, em um problema de saúde pública. O parlamentar, mestre em neurociências, advertiu que a maconha vicia 50% dos usuários e não apenas 9%, como afirmam os defensores da liberação da droga.

Terra alertou que o afrouxamento da legislação pode fazer com que o número de dependentes químicos exploda:
- O Brasil já tem 7 mil viciados em drogas ilícitas e 40 mil viciados em drogas legais. A maconha afeta mais partes do cérebro do que qualquer outra droga. Além de criar dependência química em 50% dos jovens, ela multiplica o número de jovens com psicose, com esquizofrenia, com doenças que causam um dano terrível, aumenta o número de suicídios. E a dependência química da maconha causa retardo mental a longo prazo, irreversível. A psicose que ela causa não tem volta, como a dependência química não tem cura. Ao dizer que não tem problema, que maconha é remédio, estamos induzido ao erro uma quantidade enorme, gigantesca de jovens que passam a acreditar que aquela sensação boa que a maconha causa quando ele fuma é a única coisa, e não é verdade.

O representante do Conselho Federal de Medicina Salomão Rodrigues Filho afirma que o consumo de drogas é o maior problema de saúde pública do Brasil e citou uma pesquisa realizada na Suécia da década de 80, em que a vida de 50 mil adolescentes foi acompanhada de perto. Metade deles consumia maconha uma vez por semana e foi neste grupo em que a incidência de esquizofrenia foi três vezes maior.

- A sociologia, a antropologia podem defender o uso da maconha. A medicina não pode, porque nós sabemos o quanto faz mal à saúde. Poder portar e consumir é um equívoco pois, se ele vai portar essa droga, ele comprou de alguém. Como não está autorizada a venda, vai comprar de quem? Do traficante. Então isso é um estímulo ao tráfico. Na minha opinião é a oficialização do tráfico no Brasil.

(Com informações de Brasília: Luiz Cláudio Canuto, Agência Câmara)