• Percival Puggina
  • 15/08/2021
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CUBA, DEPOIS DE 11 DE JUNHO

 

Percival Puggina

 

         Nos dias subsequentes aos acontecimentos cubanos de 11 de junho, participei de várias entrevistas e lives em que o futuro daquele país e as consequências da mobilização popular foram os principais temas.

Infelizmente, acertei quando disse que não haveria benefício prático dado o total domínio que o Estado cubano, através do Comitê Central do Partido Comunista, exerce sobre a nação, a caminho de completar 63 anos de genocídio, repressão e opressão. Mais de uma centena de prisões, muitos desaparecidos, dezenas de cidadãos já julgados e condenados compõem o rescaldo dos fatos singulares que os cubanos denominaram o “11J”.

A nova Constituição do país (2019), não deixa dúvidas de que:  “Art. 5º - O Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista, marxista e leninista, vanguarda organizada da nação cubana, sustentado em seu caráter democrático e na permanente vinculação com o povo, é a força política dirigente superior da sociedade e do Estado (...)”.

Você, leitor, reze a Deus para jamais ler em língua portuguesa tamanha declaração de guerra contra a divergência e a possibilidade de qualquer avanço na direção da democracia. Esse perigo, contudo, é incrivelmente sedutor e ronda nossos filhos e netos em suas escolas e universidades.

Por isso, expresso minha convicção de que a segunda edição do meu livro “A tragédia da Utopia” ganha atualidade e necessidade de leitura e reflexão em nosso país. Foi para os brasileiros que o escrevi, resultado do que estudei, senti e experimentei em Cuba e entre os cubanos, no Brasil e entre meus concidadãos.

Interessados em adquirir o livro devem fazer contato comigo através de meu site www.puggina.org, na sessão Livros do Puggina.