• Percival Puggina
  • 11/11/2015
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ÀS NOSSAS CUSTAS

 

Enquanto apenas para o Brasil real a situação se desenhava feia, o governo se lixava. O importante era manter a euforia para vencer as eleições. Agora que a situação ficou feia, também, para o lado do governo, o que faz Planalto? Vai atrás das agências de publicidade para agirem como institutos de beleza, na esperança de tornar belo o que é disforme. E a conta vem cara. Num pacote de nove anúncios, segundo noticiado pelos principais veículos do país, serão gastos R$ 56 milhões.

A primeira dessas campanhas, que durará 15 dias, focará os Jogos Olímpicos do ano que vem e custará R$ 12 milhões (alguém aí sabe qual é a urgência e a necessidade dessa campanha agora?). A ideia, diz o Planalto, é promover o evento com o slogan "Somos todos Brasil". Ou seja, lendo além das linhas, a publicidade se apoia nos Jogos, mas seu objetivo é reverter o mirrado apoio social ao governo mediante frases como esta: "Mesmo sendo um povo tão diferente, tão misturado, com tantas cores, raças, pensamentos, religiões, somos um povo único, somos todos brasileiros".

Quem haveria de dizer? O PT despolitizando a vida nacional! E por aí seguirão as outras oito campanhas que falarão em "superação das dificuldades" e em "união do país". Tudo às nossas custas, claro.