• Percival Puggina
  • 19/09/2020
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A NETFLIX QUER SAIR DO MERCADO?

 

 De modo insistente essa pergunta tem me ocorrido ao assistir filmes disponibilizados pela Netflix. Eles explicitam o viés ideológico esquerdista da empresa e seu alinhamento com pautas que os norte-americanos chamam “liberals”. São, aliás, as mesmas que a esquerda brasileira macaqueia traduzindo para o português e empurra ao público nacional.
 Ora, se há uma divisão política na sociedade, nada menos inteligente do que uma empresa privada, em teoria e prática interessada em gerar lucros e dividendos, entrar em conflito com a metade ou mais de seus consumidores, que passam a perceber o indisfarçado tipo de influência que sobre eles está sendo exercida.

Isso leva à pergunta do título: a Netflix quer perder mercado? Claro que não!

Acontece que, num lance de genialidade, a esquerda internacional descobriu que pode desempenhar seu papel na direção do poder global e, ao mesmo tempo, fazer sua propaganda sem que ela afete negativamente sua posição no mercado (como aconteceu em 2011 com a Benetton). Esse duplo objetivo se viabiliza se todas as empresas forem pressionadas a adotar a mesma linha e os consumidores induzidos a pôr em dúvida a ética das organizações que não o façam. É o primeiro upgrade do politicamente correto.

Por outro lado, o que alguns países europeus pretendem, ameaçando impor restrições ao Brasil, é mera consequência geopolítica do que descrevi. É o segundo upgrade do “politicamente correto”, servido no esôfago da comunidade internacional.