Estadão

24/02/2009
Ser?ue Lula, assim como n?ue representamos os 16% da popula?, tamb?desconfia das pesquisas apresentadas pelo s? do detento Marcos Val?o? A explica? dada por sua assessoria n?colou, pois anunciar a presen?do presidente no samb?mo em nada o ligaria a Anisio Abrah?David. Com tal postura apenas demonstrou que sabia que seria vaiado, avalia? bastante correta. Parab? aos ?os de intelig?ia que trabalham para o governo, com certeza logo ter?aumento de sal?o! Ana Prudente, ana_prudente@uol.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ W. Doern, wdoern@hotmail.com S?Paulo ____________________________________________________________ Se com 84% de aprova? nosso presidente receia vaias, existe algo de podre no reino das pesquisas! Rossana Baharlia, rbah44@yahoo.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ Estou muito confuso e preciso de ajuda: como ?ue algu?que tem 84% de aprova? popular precisa entrar escondido no samb?mo do Rio de Janeiro para evitar vaias? Jos?rancisco D’annibale, dannibale@uol.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ Com 84% de aprova? popular, ?esmo de estranhar que o nosso presidente tivesse medo de ser vaiado na Marqu?de Sapuca?Ser?ue l?e encontravam reunidos todos os outros 16%, que estavam no pan-americano? Ricardo N?ga, cnc.eng@terra.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ ... SEM AN?CIO Pelo visto, nem mesmo o presidente Lula acredita nas pesquisas que lhe d?84% de aprova?. Que pol?co com tamanha aceita? popular (sic) se esconderia do povo, numa oportunidade como o carnaval, em que quase tudo ?esta, em que quase tudo ?ermitido e perdoado, chegando discretamente, n?tendo o seu nome anunciado e na certeza de que eventual vaia seria abafada pelo som da escola que desfilava? O fato de sua esposa ter descido para a passarela s?nfirma que a sua total aus?ia na participa? dos programas sociais do Pa?a torna uma ilustre desconhecida. E a sra. Vilma - digo, Dilma - ser confundida com a primeira-dama d?ais provas de que vivemos, de fato, num mundo de fantasias que, infelizmente, n?termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas, sim, dentro de 22 meses, o que esperam todos os que lutam por um Brasil melhor. Luiz Nusbaum, lnusbaum@uol.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ Mensagens selecionadas para o portal estad?com.br FOLIA OFICIAL DA MENTIRA O Rio, a exemplo de S?Paulo, tem a sua popula? mesclada de brasileiros de praticamente todos os estados do Brasil, notadamente dos irm? nordestinos. Acredito ent?que qualquer pesquisa pautada por profissionalismo, integridade e honestidade dos que a fazem, refletir-se-? reflexo da opini?do povo brasileiro. O Lulla que alega ter 84% de aprova?, o que subentende que apenas 16% n?o apoiam. Conforme noticiado pelo Estad?e com foto na primeira p?na foi ao carnaval carioca e ficou com medo de ser vaiado e n?quis nem ser anunciado? Expliquem! Asciudeme Joubert, asciudeme@ig.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ FOLIA OFICIAL SEM AN?CIO Folia Oficial : Sem an?o ( Estad?A1 - 23/02/09). A ref. manchete ?edundante , j?ue a folia oficial ?em an?o , e dura os 365 dias do ano destes 6 lament?is ?mos anos ( lembrando..... mensal?, Del?s , Silvinhos , Cuec? Dirceus , Genoinos , Mercadantes, Paloccis, Sarneys, Calheiros ,Angelas ( a dan?ina), a m?do PAC ( com todas as suas identidades e faces) e outras tantas centenas de tranqueiras que circulam pela ilha da fantasia, sem contar com o Buf?principal , Sua divindade gal?ica, o Excelso , o magn?mo, o Rei do Universo, O Marolinha , O Detentor dos 84%. De novidade , o fato de terem( O Buf?e sua esposa) chegado discretamente no samb?mo PARA EVITAR VAIAS. U? o homem n?tem 84% de popularidade??? . EUREKA ... ent??ona Marisa que ?mpopular!!!! UFA!!!! Mais uma vez sobra para os outros. Renato Otto Ortlepp, renatotto@hotmail.com S?Paulo ____________________________________________________________ CHEGADA DISCRETA Com os altos ?ices de popularidade que lhe conferem as pesquisas, n??stranho que o presidente Lula, para evitar vaias, tenha que chegar quase ?escondidas no Samb?mo do Rio? Roberto Bruzadin, bobbruza@terra.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ NO MEIO DO POVÏ Se realmente acreditasse nos 84% de aceita? que a ultima pesquisa (?)apontou, Lulla n?s?ndaria anunciar sua chegada ao samb?mo como se sentaria no meio de seu pov? na confort?l arquibancada. Me engana que gosto! Leila E. Leit? leilaeslton@uol.com.br Itanha? ____________________________________________________________ 16%? Perguntar n?ofende: precisa um Presidente com supostos 84% de popularidade entrar no camarote oficial do samb?mo, por entrada secund?a, para evitar receber vaias? Armando Taddei Junior, taddei.junior@gmail.com S?Paulo ____________________________________________________________ SER! O ditado popular Gato escaldado tem medo de ?a fria foi comprovado neste carnaval, pois aquele que s?sta de aplausos e, quando criticado, v?ersegui? das zelites por sua origem - jamais pela pregui?declarada pela leitura ou estudo ou pelos in?os vitup?os que saem de sua boca, al?de todas as maracutaias ignoradas ou desculpadas - chegou ao samb?mo de fininho, sem o costumeiro estardalha? por medo das vaias, que o carioca muito bem aplicou a elle nos jogos pan-americanos. A esposa - mesmo sendo papagaio de pirata - desceu para sambar, sem ser incomodada por n?ser reconhecida, tamanha a sua performance como primeira dama. Pois ?ser?ue nem o pr?o acredita na aprova? de 84% ao governo, como nunca antes nesse pa? Aparecida Dileide Gaziolla, rubishara@uol.com.br S?Bernardo do Campo ____________________________________________________________ O POPULAR Para evitar vaias(A1, 23/02), o popular chegou discretamente no samb?mo do Rio. Assim como em S?Paulo, os 84% de popularidade tamb?n?se encontram entre os inteligentes eleitores do Rio de Janeiro, desde os tempos de Cabral, que tamb?saiu na foto! Onde ser?ue inventaram essa popularidade? Flavio Marcus Juliano, opegapulhas@terra.com.br S?Paulo ____________________________________________________________ OVA?O? Apenas uma pergunta : se Lula da Silva possui mesmo verdadeiramente e pra valer 84% de aprova? popular, porque ent?o locutor oficial no samb?mo do Rio de Janeiro n?anunciou sua presen?pelos alto-falantes...foi medinho da ova?? Paulo Boccato, pofboccato@yahoo.com.br S?Carlos

Reinaldo Azevedo

24/02/2009
Dilma Rousseff, convenham, ainda ?uim de cintura. ?mais f?l fazer pl?ica na cara do que no temperamento ou na biografia. O presidente Lula ainda n?tem um nome ?ua sucess? ainda n?tem propriamente uma candidatura. Dilma est?m constru?. Os pl?icos do Planalto e do PT est?em a?: puxa aqui, estica ali, corta este excesso, lixa acol?. Lula, o Velho, por enquanto, age como Lulinha, o Mo? nos tempos em que era monitor de Jardim Zool?o — sua impressionante prosperidade empresarial come?em 2003. O presidente apresenta o povo a seu projeto de candidata mais ou menos como Lulinha devia mostrar aos visitantes onde ficavam a zebra, a girafa, a anta... A fil?a Marilena Chaui, num esfor?brutal de pensamento, disse certa feita que, quando Lula fala, tudo se ilumina, tudo se esclarece. Nem diga! Dia desses, num com?o (!?) em Salgueiro, em Pernambuco, o Apedeuta apresentou o sertanejo, esse tipo ex?o, ?ua candidata: “Dilma, olhe na cara desta gente. Voc?ai perceber que o sertanejo ?iferente, ele ?iferente do povo de outros Estados brasileiros. Voc?ercebe a cara desta gente, o sofrimento, a expectativa. E Dilma — que j?egou em armas para fazer uma revolu? que iria salvar justamente o povo —, conheceu, finalmente, o objeto de seu esfor?caridoso: “Ah, ent??sso...” A verdadeira candidata de Lula, por enquanto, n??ilma Rousseff, mas a leni?ia — que beira a coniv?ia — das institui?s e das vozes da sociedade civil com os ?os desmandos eleitorais do Planalto e sua m?ina de propaganda. - Lula n?tem uma candidata, n? Lula tem ? incapacidade de a oposi? fazer oposi?. - Lula n?tem uma candidata, n? Lula tem ? impressionante disposi? de amplos setores da imprensa de n?confrontar sua fala com a realidade. - Lula n?tem uma candidata, n? Lula tem ? marasmo da Justi?Eleitoral — ?DILMA QUEM CONFESSA QUE EST`NO PALANQUE H`DOIS ANOS - Lula n?tem uma candidata, n? Lula tem ?ma sem-cerim? para usar a m?ina em favor de sua candidata como nunca se viu nestepaiz. E por que digo isso? At? ?ma rodada de pesquisas, a ministra estava a?a casa dos 13% nas inten?s de voto (certamente obter?ndices melhores no pr?o levantamento). Ningu??andidato vi?l nesse patamar. Ele indica um nome a ser constru?. E Lula o est?onstruindo, usando como instrumentos a incapacidade da oposi? de confrontar o governo, a toler?ia da imprensa com a mentira e os desmandos e a coniv?ia da Justi?Eleitoral com a ilegalidade. Esses elementos, sim, comp?cabe? tronco e membros da candidatura petista. Com eles, Lula poderia fabricar qualquer candidato. Preferiu Dilma porque ela ainda ?ma agregada do PT e, se vitoriosa, pretende ser o Dimitri Medvedev de batom do Putin de Garanhuns.

UOL Esportes

24/02/2009
23/02/2009 - 15h40 MIAMI, EUA, 23 Fev 2009 (AFP) - Quase um ano e meio depois de lutar contra advers?os imagin?os na sala de sua casa em Havana, Guillermo Rigondeaux se encontra em Miami para retomar os treinos, segundo a edi? desta segunda-feira do El Nuevo Herald. Ap??as semanas de especula?s sobre sua sa? de Cuba e localiza? no M?co, Rigondeaux chegou a Miami na noite de domingo e se reuniu com seus companheiros Yuriorkis Gamboa, Erislandy Lara e Odlanier Sol? O agente Luis de Cuba, que representa Gamboa, Lara e Sol?na Arena Box Promotions, confirmou a not?a e prometeu dar mais informa?s sobre os pr?os passos do pugilista rec?chegado aos Estados Unidos para come? sua carreira profissionalmente. Queremos que Rigondeaux fa?parte do grupo de pugilistas da Arena Box, vamos abrir todas as possibilidades para que se realize seu sonho de ser campe?mundial profissional, disse de Cuba ao jornal de Miami. Bicampe?ol?ico e mundial, Rigondeaux tentou desertar junto com Lara nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, mas fracassou, e acabou sendo enviado de volta a Cuba. L?os dois foram banidos do esporte cubano. Lara foi o primeiro a sair de Cuba, indo para a cidade alem?e Hamburgo, via M?co. Depois de uma breve estadia na Europa, fixou-se em Miami, onde tem impulsionado sua jovem carreira profissional. Algumas figuras do boxe cubano, como o tricampe?ol?ico Te?o Stevenson e o t?ico Pedro Luis D?, defenderam a suspens?das san?s impostas a Rigondeaux, que foi exclu? da delega? cubana dos Jogos Ol?icos de Pequim-2008.

Olavo de Carvalho

24/02/2009
20 de fevereiro de 2009 As festividades bilion?as em comemora? aos duzentos anos de nascimento de Charles Darwin tornam momentaneamente invis?is alguns fatos essenciais da vida e da obra desse homem de ci?ia. Desde logo, Darwin n?inventou a teoria da evolu?: encontrou-a pronta, sob a forma de doutrina esot?ca, na obra do seu pr?o av?rasmus Darwin, e como hip?e cient?ca em men?s inumer?is espalhadas nos livros de Arist?es, Sto. Agostinho, Sto. Tom?de Aquino e Goethe, entre outros. Tudo o que ele fez foi arriscar uma nova explica? para essa teoria – e a explica? estava errada. Ningu?mais, entre os autoproclamados disc?los de Darwin, acredita em “sele? natural”. A teoria da moda, o chamado “neodarwinismo”, proclama que, em vez de uma sele? misteriosamente orientada ao melhoramento das esp?es, tudo o que houve foram mudan? aleat?s. Que eu saiba, o mero acaso ?recisamente o contr?o de uma regularidade fundada em lei natural, racionalmente express?l. O darwinismo ?ma id? escorregadia e proteiforme, com a qual n?se pode discutir seriamente: t?logo espremido contra a parede por uma nova obje?, ele n?se defende – muda de identidade e sai cantando vit?. Muitas teorias idolatradas pelos modernos fazem isso, mas o darwinismo ? ?a que teve a cara de pau de transformar-se na sua contr?a e continuar proclamando que ainda ? mesma. Todos os celebrantes do ritual darwiniano, neodarwinistas inclusos, rejeitam como pseudocient?ca a teoria do “design inteligente”. Mas quem inventou essa teoria foi o pr?o Charles Darwin. Isso fica muito claro nos par?afos finais de A Origem das Esp?es, que na minha remota adolesc?ia li de cabo a rabo com um enorme encantamento e que fez de mim um darwinista, fan?co ao ponto de colocar o retrato do autor na parede do meu quarto, rodeado de dinossauros (s?ora compreendo que ele ?m deles). Agora, gra? ?mabilidade de um leitor, tomei conhecimento dos estudos desenvolvidos por John Angus Campbell sobre a “ret?a das ci?ias”. Ele estuda os livros cient?cos sob o ponto de vista da sua estrat?a de persuas? Num v?o fascinante que voc?podem ver em http://www.youtube.com/watch?v=_esXHcinOdA, ele demonstra que o “design inteligente” n??penas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edif?o argumentativo de A Origem das Esp?es. O “design inteligente” ?portanto, a ?a parcela da teoria darwiniana que ainda tem defensores: e estes s?os piores inimigos do darwinismo. ?certamente um paradoxo que o inventor de uma explica? falsa para uma teoria preexistente seja celebrado como criador dessa teoria, por?um paradoxo ainda maior ?ue a premissa fundante da argumenta? darwiniana seja repelida como a nega? mesma do darwinismo. Puramente farsesco, no entanto, ? esfor?geral para camuflar a ideologia genocida que est?mbutida na pr?a l?a interna da teoria da evolu?. Quando os apologistas do cientista brit?co admitem a contragosto que a evolu? “foi usada” para legitimar o racismo e os assassinatos em massa, eles o fazem com monstruosa hipocrisia. O darwinismo ?enocida em si mesmo, desde a sua pr?a raiz. Ele n?teve de ser deformado por disc?los infi? para tornar-se algo que n?era. Leiam estes par?afos de Charles Darwin e digam com honestidade se o racismo e a apologia do genoc?o tiveram de ser enxertados a posteriori numa teoria inocente: “Em algum per?o futuro, n?muito distante se medido em s?los, as ra? civilizadas do homem v?certamente exterminar e substituir as ra? selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... ser?sem d?a exterminados. A dist?ia entre o homem e seus parceiros inferiores ser?aior, pois mediar?ntre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o caucasiano, e algum macaco t?baixo quanto o babu?, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.” Imaginem, durante as elei?s americanas, a campanha de John McCain proclamar que Barack Hussein Obama estava mais pr?o do gorila do que o candidato republicano! Tem mais: “Olhando o mundo numa data n?muito distante, que incont?l n?o de ra? inferiores ter?ido eliminado pelas ra? civilizadas mais altas!” Para completar, um apelo expl?to ?iquida? dos indesej?is: “Entre os selvagens, os fracos de corpo ou mente s?logo eliminados; e os sobreviventes geralmente exibem um vigoroso estado de sa? N?civilizados, por nosso lado, fazemos o melhor que podemos para deter o processo de elimina?: constru?s asilos para os imbecis, os aleijados e os doentes; institu?s leis para proteger os pobres; e nossos m?cos empenham o m?mo da sua habilidade para salvar a vida de cada um at? ?mo momento... Assim os membros fracos da sociedade civilizada propagam a sua esp?e. Ningu?que tenha observado a cria? de animais dom?icos por?m d?a que isso deve ser altamente prejudicial ?a?humana. ?surpreendente ver o qu?rapidamente a falta de cuidados, ou os cuidados erroneamente conduzidos, levam ?egeneresc?ia de uma ra?dom?ica; mas, exceto no caso do pr?o ser humano, ningu?jamais foi ignorante ao ponto de permitir que seus piores animais se reproduzissem.” Notem bem: n?sou contra a hip?e evolucionista. Do que tenho observado at?oje, devo concluir que sou o ?o ser humano, no meu c?ulo de rela?s pr?as e distantes, que n?tem a menor id? de se a evolu? aconteceu ou n?aconteceu. Todo mundo tem alguma cren?a respeito, e parece disposto a matar e morrer por ela. Eu n?tenho nenhuma. No entanto, minha abstin?ia de opini?a respeito de uma quest?que considero insol? n?me pro? de notar a absurdidade das opini?de quem tenha alguma. H?uito tempo j?ompreendi que os cientistas s?ainda menos dignos de confian?do que os pol?cos, e os paradoxos da fama de Charles Darwin n?fazem sen?confirm?o. Meus instintos malignos impelem-me a pegar os darwinistas pela goela e perguntar-lhes: – Por que tanta onda em torno de Charles Darwin? Ele inventou o “design inteligente”, que voc?odeiam, e a sele? natural, que voc?dizem que ?alsa. Ele pregou abertamente o racismo e o genoc?o, que voc?dizem abominar. Para celebr?o, voc?t?de criar do nada um personagem fict?o que ? contr?o do que ele foi historicamente. N?v? que tudo isso ?ma palha?a?

Olavo de Carvalho

24/02/2009
19 de fevereiro de 2009 O estudo mais completo j?mpreendido sobre assassinatos em massa no mundo ? do professor de Ci?ia Pol?ca da Universidade do Hava?Rudolph J. Rummel, que lhe rendeu o Lifetime Achievement Award da American Political Science Association em 1999. O essencial da pesquisa ?esumido em Never Again: Ending War, Democide & Famine Through Democratic Freedom (Coral Springs, FL, Lumina Press, 2005), e os dados completos est?no site http://www.hawaii.edu/powerkills. Rummel substituiu ao conceito de “genoc?o”, que lhe parece muito vago, o de “democ?o”, com o qual designa especificamente a matan?de popula?s civis por iniciativa de governos. Resenhando os epis?s de democ?o documentados desde o s?lo III a.C. at? fim do s?lo XIX, ele chega a um total aproximado de 133.147.000 v?mas, destacando-se a?como supremos assassinos em massa, os imperadores chineses (33.519.000 mortos em 23 s?los) e os invasores mong?na Europa (29.927.000 mortos entre os s?los XIV e XV). Quando a pesquisa chega ao s?lo XX e entram em cena os governos revolucion?os, as taxas de assassinato em massa sofrem um upgrade formid?l, subindo para 262 milh?de mortos entre 1900 e 1999 – quase o dobro do que f?registrado em toda a hist? universal at?nt? Desses 262 milh? nem tudo, ?laro, foi obra de governos revolucion?os, mas a diferen?entre eles e seus concorrentes ?ignificativa. Todos os colonialismos somados (Inglaterra, Portugal, etc.) mataram 50 milh?de pessoas, das quais pelo menos 10 milh?foram assassinadas por um s?verno proverbialmente cruel, o do Rei Leopoldo da B?ica. O imp?o japon? por seu lado, matou aproximadamente 5 milh? quase todos na China. Vejam agora o desempenho dos governos revolucion?os: China, 76.702.000 mortos entre 1949 e 1987; URSS, 61.911.000 mortos entre 1917 e 1987; Alemanha nazista, 20.946.000 mortos entre 1933 e 1945; China nacionalista (Kuomintang) 10.075.000 mortos entre 1928 e 1949 (o Kuomintang, embora inimigo dos comunistas, era tamb?um governo revolucion?o, respons?l pela destrui? da mais antiga monarquia do mundo). 3 sete dezenas de milh?de v?mas do governo comunista chin?devem se acrescentar 3.468.000 civis assassinados pelo Partido Comunista de Mao Dzedong nas ?as sob o seu controle antes da tomada do poder sobre toda a China, o que eleva o desempenho do comunismo chin?a nada menos de 80 milh?de mortos – equivalente ?etade da popula? brasileira. Governos revolucion?os em ?as menores tamb?n?se sa?m t?mal, comparativamente ?od?ia de seus territ?s: Camboja, 2.035.000 mortos entre 1975 e 1979; Turquia, 1.883.000 mortos entre 1909 e 1918; Vietnam, 1.670.000 mortos entre 1945 e 1987 (quase o dobro do total de v?mas da guerra, que renderam aos EUA tantas cr?cas da m?a internacional); Pol?, 1.585.000 mortos entre 1945 e 1948; Paquist? 1.503.000 mortos entre 1958 e 1987; Iugosl?a sob o Marechal Tito (t?louvada como alternativa de “socialismo democr?co” ?rutalidade sovi?ca), 1.072.000 mortos entre 1944 e 1987; Cor? do Norte, 1.663.000 mortos entre 1948 e 1987; M?co, 1.417.000 mortos entre 1900 e 1920 (especialmente crist?). O total sobe a aproximadamente 205 milh?de mortos. Tudo ao longo de um s?culo. As duas guerras mundiais somadas mataram 60 milh?de pessoas, entre combatentes e civis. A Peste Negra, de 541 at?912, matou 102 milh? Nada, absolutamente nada no mundo se compara ao instinto mort?ro dos governos revolucion?os. A promessa de um “outro mundo poss?l” transformou-se no mais letal pesadelo que a humanidade j?iveu ao longo de toda a sua hist?. Arist?es j?izia que a ess?ia da trag?a pol?ca ?uando o perfeito se torna o inimigo do bom, mas ele se referia somente a casos individuais. Ele n?poderia prever que um dia sua defini? teria uma confirma? sangrenta em escala mundial, arrastando povos inteiros para os pelot?de fuzilamento, as c?ras de g?e a vala comum.

Percival Puggina

23/02/2009
S?rome de Estocolmo ? nome atribu? a um fen?o psicol?o diagnosticado, pela primeira vez, ap?m assalto com sequestro ocorrido na capital sueca nos anos 70. Ao longo do per?o de cativeiro, que durou seis dias, os ref? desenvolveram, em rela? aos sequestradores, uma rela? afetiva que acabou interferindo, at?esmo, na acuidade de seus depoimentos como v?mas e testemunhas do crime. Tal s?rome, em s?ese, resulta de uma opera? mental inconsciente, gerada com o objetivo de proteger a psique, mediante a ilus?de que n?h?m perigo real na situa? a que o sequestrado fica exposto. Desde muito tempo, observando certos atores na cena pol?ca brasileira, percebo que id?ico fen?o se manifesta entre eles. Trata-se de um apego emocional que n?se dirige a pessoas, mas a certos per?os hist?os em que estiveram envolvidos, ainda que tais per?os tenham sido de sofrimento e de anomalia institucional. Os tempos n?lhes foram bons, mas esses senhores e senhoras estruturaram suas biografias sobre as dificuldades do momento. Boa parte da esquerda brasileira, por exemplo, demonstra, por atitudes, o quanto era feliz e n?sabia nos anos que ela mesma denominou “de chumbo”. A agita? e a propaganda lhes concederam uma aura de vanguarda dos direitos humanos, liberdades p?cas e justi?social (embora muitos tenham pegado em armas para lutar por um comunismo que ?em tudo, o contr?o disso). Um pouco mais de fantasia e uma persistente repeti? convenceram a muitos de que haviam sido a encarna? do bem na luta contra o mal. Na elei? da “abertura pol?ca”, o PMDB (esquerda da ?ca e primeiro benefici?o daquele momento hist?o) elegeu, sozinho, a maioria do Congresso e todos os governadores estaduais, ?xce? de Sergipe. Foi uma das mais contundentes vit?s eleitorais da vida republicana, seguida de um fracasso com raras exce?s no subseq?e exerc?o do poder. Decorridas mais de duas d?das, muitos l?res nacionais do PMDB padecem a nostalgia e vivem do dividendo que lhes ficou daqueles tempos. Trazem-nos permanentemente ?em? de quem os escuta, n?como advert?ia, mas por saudade, mesmo, e por falta de m?tos posteriores. O PT surgiu nesse per?o, como for?pol?ca ?squerda da esquerda. Longe do trono, acabou tomando para si os dividendos da disputa anterior ?ua pr?a exist?ia. Foi mestre nessa apropria?. Era inevit?l que chegasse ao poder. Chegou. E foi o que se viu. E ? que se v? Hoje, amplos segmentos do partido tornam vis?l a saudade que sentem daqueles anos iniciais em que eram felizes e n?sabiam. Viviam na alva pureza dos ideais e n?sujavam as vestes com a poeira e com o barro do poder. H?ma parcela do PT, radicada no Rio Grande do Sul, que viveu seu per?o de ouro na oposi? ao governo de Ant? Britto. Foram anos terr?is na pol?ca estadual, quando s?r falta de h?to (n?de vontade), as for? em confronto n?pegaram em armas. ?io para provocar a explos??ue n?faltou. Os ga?s se dividiram entre petistas e antipetistas. N?por acaso, na elei? seguinte, o partido elegeu o governador e suas maiores bancadas no Congresso e na Assembl? Legislativa. E foi o que se viu. Restou a nostalgia do per?o em que, ao seu comando, a milit?ia ganhava as ruas com bandeiras vermelhas e as carregava com fervor religioso e ? fundamentalista. Nesse fervor e nesse ? muitos eram felizes e n?sabiam. Turbul?ias que, curiosamente, deixaram saudades... Esse sentimento, essa peculiar S?rome de Estocolmo, se exibe em surtos peri?os, como acaba de acontecer nos epis?s que envolveram o ex-deputado C?r Busatto. ?uma enfermidade e tem diagn?co conhecido. Revista Voto, edi? de fevereiro/2009

Agência Estado

22/02/2009
Por Mari?ela Gallucci Bras?a - O Supremo Tribunal Federal (STF) vai emendar a folga do carnaval. O presidente do STF, Gilmar Mendes, n?marcou para a pr?a semana as tradicionais sess?plen?as de julgamento de quarta e quinta-feira. O feriado termina na ter? A folga prolongada ser?ozada tr?semanas depois de os ministros terem voltado de f?as de 40 dias. Do dia 20 de dezembro a 1º de fevereiro, o tribunal funcionou apenas em esquema de plant?para despacho de pedidos urgentes. Houve um revezamento entre Gilmar Mendes e o vice, Cezar Peluso, no comando do plant? De acordo com a assessoria do STF, nunca s?realizadas sess?de julgamentos na Quartas-feira de Cinzas. Tamb??ma tradi? n?ter sess?no dia seguinte, quinta-feira. Essa sess?de quinta, afirma a assessoria, ser?ompensada em outro dia. As informa?s s?do jornal O Estado de S. Paulo.

Miriam Leitão

22/02/2009
O Brasil j?eve todo tipo de chefe da Casa Civil. T?ico, intrometido, articulador, discreto, conspirador, totalit?o. Desta vez temos um novo tipo: candidato. O presidente Lula diz que a inaugura? de obras pela ministra Dilma Rousseff faz parte das fun?s de chefe da Casa Civil. N?faz. Gerente n?inaugura, n?sobe em palanque, n?discursa: administra. Ela quer inaugurar obra inconclusa, cada etapa de cada projeto e at?edra fundamental; porque ?andidata. N?fosse, faria visitas aos canteiros de obras para acompanhar, verificar, como gerente. Como ?andidata, em qualquer visita ?rmado um palanque e convocada uma claque. Isso ?ampanha pol?ca. A intelig?ia alheia n?deve ser agredida com tentativas de se provar o contr?o. ?leg?ma a aspira? da ministra Dilma Rousseff de concorrer ?resid?ia. Aqui neste espa? escrevi, desde que ela foi nomeada, que a ministra n?era um quadro t?ico. Ela sempre foi uma militante e tem se esfor?o para adquirir compet?ias administrativas. Sua aspira? agora ?al?de leg?ma, previs?l, j?ue outros potenciais concorrentes se enfraqueceram. O que n??orreto ?sar a m?ina p?ca para fazer campanha, dizendo que est?m fun? governamental. A reuni?dos prefeitos foi eleitoreira, seja o que for que o governo diga em contr?o. Gastou-se dinheiro p?co, sete vezes mais do que o admitido, para reunir os poss?is cabos eleitorais de 2010. Na Europa, houve uma reuni?de 700 prefeitos e saiu um acordo de ades?ao protocolo 20-20-20 da Uni?Europeia: 20% de redu? de emiss?de carbono, 20% de energia alternativa e 20% de efici?ia energ?ca at?020. Eles perseguir?essas metas em seus munic?os. Nos Estados Unidos, houve uma reuni?de prefeitos que tamb?terminou com consenso de estudar a ado? do modelo clim?co europeu. Da nossa reuni? os prefeitos sa?m com fotos tiradas com bonecos do presidente Lula e da ministra Dilma e d?das previdenci?as roladas. Eles ouviram muitos discursos, viram o presidente divulgar um dado errado sobre o analfabetismo de um estado administrado por um concorrente pol?co e assistiram aos ensaios eleitorais de Dilma Rousseff. Em 2009 n?haver?lei?, mas h?ma perigosa crise global para ser enfrentada. Os administradores p?cos devem, com seriedade, cuidar da crise econ?a para revert?a. Ningu?ganha com a crise: n?? fracasso de um pensamento econ?o advers?o, como pensa a ministra Dilma. Seja o que for que aconte? j?orreu a ideia de que o estado deva controlar os meios de produ?. N?deu certo, n?funcionou. Que o diga a China, que continua querendo que o Brasil conclua o reconhecimento de que ela ?ma economia de mercado. O PSDB fala em pr?as. ?imo. Esse ?m bom h?to pol?co, como acabamos de ver nos EUA. Fortalece os partidos e divulga as ideias dos pr?andidatos quando ?ma prim?a bem feita. Quando s?oficializadas, funcionam melhor. ?preciso definir as regras e fazer uma prim?a formal. Para isso, o TSE teria que permitir prim?as abertas, em vez da jurisprud?ia de pr?as fechadas que d?todo o poder ?conven?s. O presidente Lula estranhou que o governador Jos?erra v?iajar sem ter obra para inaugurar. Mostra que acredita que a obra ? ?bi perfeito. O PSDB tem que oficializar sua consulta ?bases. N?procurar pretexto, como o governo faz. A maneira como a ministra Dilma foi escolhida pr?andidata do PT lembra o modelo pol?co do deda?que vigorava no M?co na ?ca do PRI. At??aiu em desuso. O deda?era o costume de o presidente anunciar que candidato o partido teria. O PT nunca fez uma pr?a como a que vimos entre Hillary Clinton e Barack Obama. A disputa entre Lula e o suposto pr?andidato Eduardo Suplicy foi para ingl?ver. O candidato sempre foi Lula em todas as elei?s do PT porque ele era o ?o nome que unia o partido. Isso n??ransfer?l. Em vez de trabalhar para que sua candidata suba nas pesquisas e vire fato consumado, o presidente deveria querer a escolha democr?ca que fortalecesse o petismo. O contr?o s?rtalece o lulismo, que n??m partido, ?ovimento personalista. A vantagem das prim?as seria treinar Dilma Rousseff no palanque, na disputa pelo eleitor, nas press?dos debates. Ela nunca viveu situa?s de disputa pol?ca. Essa habilidade n?se adquire em cirurgia. O PSDB vive sempre sob a suposta divis?dos grupos pr?anti-Serra. As pr?as ajudariam a acabar com o mito ou oficializ?o. Os governadores Jos?erra e A?o Neves t? tamb? a ambi? leg?ma de disputar a Presid?ia. O partido tem um pat?co hist?o de decis?tomadas entre quatro paredes ou nos quatro lugares de uma mesa de restaurante. O desafio para todos ser?eparar o que ??ina p?ca e o que ?isputa partid?a interna. O Brasil j?ndou demais no desvio, tem sido muito tolerante com irregularidades. ?hora de um manual de conduta, respeitado por todos os poss?is contendores desta primeira fase da disputa presidencial de 2010.

Percival Puggina

22/02/2009
Suspeito que a conex?em 4 megas n?est?e ligando ao mundo com velocidade compat?l. A disserta? de Lula sobre a crise da economia mundial, expectorada em evento do Sebrae no dia 4 de fevereiro, s?ora chegou ao meu e-mail. De duas uma: ou voltamos aos tempos das dilig?ias ou meus fornecedores de insumo informativos entraram na moda das f?as coletivas. Seja como for, o grande guru de Garanhuns viveu momento de copiosa inspira? perante aquele audit? do Sebrae, repleto de empres?os. Voc?abe que quando a economia andou bem e o emprego cresceu, Lula desfilou como pai dos rec?empregados, esperan?dos desempregados e provedor dos sem maior interesse nisso. As vagas criadas nada tinham a ver com as empresas, seus acionistas, seus empres?os, sua disposi? para o investimento e sua criatividade. Os empregos nasciam das m? dadivosas do presidente. Agora que a vaca, o boi, o touro e o terneiro foram para o brejo, os culpados pelo desemprego s?os empreendedores. E Lula desfila pelo pa?a cobrar solu?s criativas desses sanguessugas da mais valia, incapazes de coisas t?elementares quanto pagar a folha de pessoal sem faturamento. Pois eis que o presidente subiu nas tamancas e resolveu lecionar sobre a crise de 1929. Disse ele: Temos que reconhecer que a situa? ?elicada, que essa crise ?ossivelmente maior que a crise de 1929 e temos que reconhecer que o Roosevelt s?nseguiu resolver a crise de 29 por causa da 2ª Guerra Mundial. Como n?queremos guerra, queremos paz, n?amos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais intelig?ia, por que eu n?admito que uma guerra, para resolver um problema econ?o, tenha seis milh?de mortos (Estad?Online, 04/02/2009). Decida o leitor sobre o que ?ior nesse bai?do pernambucano doido, se o atropelo da hist? ou se o completo desalinho dos argumentos. Eu guardo em meu site (www.puggina.org) um colar, t?longo quando precioso e bem humorado das p?las de nosso presidente. Tendo colecionado todas ou quase todas, posso afirmar que desta vez Lula se superou. O discurso, certamente acolhido com prolongados aplausos por uma plat? contagiada pela basbaquice (esse tro?quando vem de cima pega), justificaria um motim da intelig?ia, da imprensa e da academia nacional. No entanto, como mencionei no in?o do texto, s?i topar com alguma repercuss?do fato, duas semanas mais tarde, simultaneamente com not?as sobre o baixo desempenho de nossos estudantes nas provas do Enem. Quer?os o qu? Por fim, a bem da verdade, reconhe?se que o presidente, sobre os pr?os disparates, arranca uma conclus?correta: n?ser?reciso matar seis milh?de judeus nem promover uma guerra para resolver a atual crise da economia mundial. Isso ele n?admite. Ufa!