• Luiz Carlos Da Cunha
  • 11/01/2016
  • Compartilhe:

UMA COURAÇA EM DEFESA DO ESTATISMO PEDAGÓGICO


“No caso do ensino de História é um duro golpe. Mais ainda, é um crime de lesa pátria” / Historiador Marco Antônio Villa

O MEC de um governo em decomposição preparou à sorrelfa um plano para monopolizar a educação. Transformar a escola publica e particular em madrassas encarregadas de forjar o cérebro infantil aos moldes ideológicos do poder. Chama de Base Nacional Comum Curricular.

Cabe ao estado prover a educação básica universal e gratuita que a Revolução Francesa universalizou e a Carta dos Direitos Humanos consagrou. As ditaduras hitleriana e stalinista fizeram do dever laico e democrático do estado ferramenta ideológico a serviço de seus fins. Hitler classificou a “Física dos judeus”; Stalin inventou a “Biologia burguesa. É o que o MEC se propõe realizar no ensino da História no Brasil. Na receita da professora Sandra Corazza: “abrindo espaços para valores de culturas minoritárias e vozes caladas do currículo”. Traduzindo: Substitui o cerne cultural milenário que somos pela “cultura” tribal da África trazida pela escravidão ou a de nossos gentios deambulando na idade da pedra.

O candomblé, a capoeira, vão substituir Rousseau e Tomás de Aquino, Gilberto Freire e Euclides da Cunha. A professora chama isto de “conquistas progressistas”. Substituir a realidade pela ficção política. A herança cultural africana, que o MEC prioriza, evidencia um retardamento astronômico comparada ao Egito de Tutancâmon há cinco mil anos estampado na pedra Roseta.

O objetivo deste persistente avanço sobre as liberdades individuais programado por governos petistas, como demonstra este famigerado programa de revisionismo histórico do Brasil, usurpando a influência educacional dos pais e tripudiando sobre autoridades intelectuais consagradas em documentos, tempo e estatura intelectual. Ao invés da Revolução Francesa ou da Constituição Americana de 1776, que serviram de modelo às repúblicas vigentes nos países do continente, em mais de duzentos anos, o MEC agenda aos escolares brasileiros a revolução cubana e bolivariana, apreciadas como vitrines da inclusão social e do igualitarismo da miséria. Realmente – um trampolim para ensino brasileiro saltar no abismo.

* Livre Docente da UFRGS e Ex-professor titular da UnB