Chega a ser risível ouvir manifestações de que o governo Temer não mudou em absolutamente nada o quadro econômico brasileiro. É sempre bom refrescar a memória de algumas pessoas que por ignorância ou má fé esqueceram um passado recente.
A quadrilha petista sempre conspirou contra o povo brasileiro. Vejamos: o PT não assinou a Constituição de 1988; foi contra o Plano Real; foi ferrenho opositor da Lei de Responsabilidade Fiscal; atacou de todas as maneiras o PROER ;e chegou até a desprezar os programas sociais do governo FHC, chamando-os de “estelionato eleitoral” e “esmola”.
Antes do Lulla ser eleito presidente da República pela primeira vez,o seu discurso tinha um tom revolucionário de destruição de todas essas políticas que ajustaram a economia, controlaram a inflação e deram estabilidade econômica. Sustentava que não iria pagar a dívida externa e promoveria uma auditoria para buscar as responsabilidades sobre sua origem.No entanto, poucos meses antes das eleições, surgiu o “Lullinha paz e amor” da “Carta ao Povo Brasileiro”(junho de 2002). Muita gente acreditou que Lulla tinha mudado, em virtude de ter preservado a política econômica de estabilidade e do crescimento econômico brasileiro no seu período de governo.
Ledo engano. Lulla e o PT não mudaram porque são mentirosos. Hoje, beneficiados pela distância temporal e pelo conhecimento dos fatos políticos e econômicos posteriores, podemos observar que tudo foi fruto da prosperidade econômica mundial (gerada pelo fator China), da qual Lulla soube muito bem tirar proveito político-eleitoreiro (mas não econômico, para o bem da nação brasileira), sem ter sido, de fato, responsável por aquele bom momento. Isso ficou muito claro ao final do segundo mandato do Lulla, quando (hoje torna-se ainda mais evidente) entregou para Dilma Rousseff uma “herança maldita”.
E aquilo que poderia piorar, piorou. O primeiro governo Dilma foi um processo contínuo de total desmantelamento das políticas que deram estabilidade econômica ao Brasil e de restabelecimento do falido “desenvolvimentismo” do governo Geisel. Ao final desse primeiro mandato, visando exclusivamente a reeleição e sabedora da degeneração da economia brasileira, Dilma Rousseff mentiu descaradamente para o povo brasileiro, atribuindo aos seus adversários políticos todas as maldades que colocou em prática já no dia seguinte ao encerramento do pleito eleitoral de 2014.
Esses 13 anos de paulatina desgraça no setor econômico também foram acompanhados de uma profunda degeneração moral, social, política e institucional,colocando em risco inclusive a própria democracia brasileira, historicamente ainda tão recente (reconquistada em 1985, depois de 21 anos de regime militar).
Lulla foi eleito em 2002 e, quando assumiu o governo em 2003, a quadrilha petista colocou em prática o maior esquema de corrupção da história do Brasil e do mundo entre os países democráticos, através do Mensalão e do Petrolão.Dilma Rousseff não fez mais do que dar-lhes prosseguimento. Os governos da quadrilha petista foram caracterizados pela corrupção orgânica e sistemática para sustentar e perpetuar um “projeto criminoso de poder” (para usar uma expressão destacada do voto do ministro Celso de Mello no processo do Mensalão e consagrada pelo historiador Marco Antonio Villa).
Não tivesse esse projeto esquerdista sido interrompido pelas manifestações populares de 2014 e 2015, que levaram ao processo de impeachment atualmente em andamento, o destino do Brasil seria igualar-se aos países da antiga “Cortina de Ferro” e com a Venezuela que se encontra com todas as suas instituições corrompidas e seu tecido social corroído. Depois da queda do Muro de Berlim, em 1989, foi possível ver os escombros deixados pela mentira comunista. Pouquíssimos lugares do mundo igualavam-se a esses países em quesitos como miséria da população e economia arruinada (sem mencionar o totalitarismo político). E, se quisermos um exemplo atual, sempre se pode mencionar a infeliz Coreia do Norte, a cuja população não é dado sequer o direito de sonhar. Para uma situação tão desesperadora caminhava o Brasil a passos largos, conduzido pela quadrilha petista. Felizmente, a voz do povo nas ruas não permitiu que se chegasse a tanto.
Seja como for, os 13 anos dos (des)governosdo PT foram suficientes para trazer de volta a recessão econômica, a estagnação e a inflação alta. Diante de tamanho descalabro – “nunca antes visto na história deste país” – somos obrigados a entender que a reconstrução do Brasil (sim, o país foi arrasado até os alicerces) exigirá muitos anos, talvez décadas, de trabalho para resgatar conquistas e fazer reformas de modo a preservá-las. Por isso, esperar que o governo Temer dê resultados em tão curto espaço tempo, como num passe de mágica, e que tenha completo sucesso até 2018, é uma ilusão. É para aqueles que apreciam e votam em mentirosos. Conforme disse o pensador norte-americano Thomas Sowell: quando pessoas querem o impossível somente os mentirosos podem satisfazê-las.
* Advogado