• Marco Frenette
  • 06/06/2023
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Ricardo Salles: entre duas linguagens

 

Marco Frenette

       O deputado federal do PL está em destaque por conta da CPI contra os terroristas e da escolha de candidato à prefeitura de São Paulo. Nos dois casos, ele enfrenta a linguagem distorcida que usam contra ele.

Salles tem o discurso direto das pessoas honestas. Ele assume que é de direita, que é bolsonarista e que é inimigo da esquerda. Ele não tem a língua bifurcada.

No entanto, a bifurcação está presente em vários que circulam no meio conservador, protegidos pelo escudo frágil e provisório de "trabalhar para a direita".

Alguns chamam Salles de "extrema-direita", para rotulá-lo de "radical"; e outros desmerecem seu discurso como sendo "maniqueísta" e "polarizado".

Supostos aliados dizem que ele não entende "a diversidade democrática do cenário político contemporâneo", mas esta frase é um eufemismo para a submissão à hegemonia esquerdista.

Outros criticam Salles por não apanhar quieto e não engolir calado o rótulo de radical inoportuno. O problema é que esses críticos utilizam o arsenal da novilíngua, estuprando o real significado das palavras.

Repare que não estou falando em termos de Salles estar certo ou errado, embora eu concorde com ele.

Estou chamando a atenção para o uso delinquencial da linguagem por aqueles que se dizem inimigos do marxismo cultural. Deixe-me ouvir as palavras que você escolhe para se expressar, e eu te direi quem és.