• Vlady Oliver
  • 12/06/2016
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OS INIMIGOS DO REI

Há um preço a pagar por este governo ser formado de uma “costela de Adão” daquele outro anterior e parece que a “vontade soberana do povo” vem sendo ameaçada justamente neste quesito. Não devemos esquecer que lulão e sua gangue de ladrõezinhos amestrados só chegaram onde chegaram com a cumplicidade, o alinhamento, a omissão calhorda e a covardia explícita de quem de direito.

É essa classe política que aí está – toda ela – a responsável pela falência deste país. Só isso já seria suficiente para colocar todos os cargos públicos à disposição de uma faxina cívica. Não é o que estamos vendo. Por trás dos golpes da “eleição geral”, “constituinte”, “república de mulheres” e “culturas do estupro”, o que vemos mesmo é mais do mesmo, tentando pautar as militâncias para desestabilizar o governo interino mal nascido.

Do outro lado, uma fauna de Janots, Teoris e companhia seguram pelos bracinhos as prisões iminentes dos chefes dessa quadrilha que nos desgovernou, na canhestra tentativa de virar o jogo. Para isso precisam de um país em greve, em convulsão, “dividido”, como se a divisão real não fosse entre os com e os sem mortadela – estes representando a imensa maioria do povo extorquido até o talo por uma gangue de vagabundos aboletada no poder.

Não sei, não. Os cretinos de sempre aproveitam que o povão não está na ruas para colocar em andamento seus planos de alcova. Entre eles, estariam a remoção de Eduardo Cunha e Renan Calheiros de suas respectivas presidências, não para fazer justiça, mas para colocar um Maranhão e um petralha de alto costado nos mesmos postos de comando e de lá capitanear a volta da criatura que veio com o desgoverno. É impressionante como são golpistas. Como gritam seus gritinhos histéricos, confundindo a sociedade, enquanto planejam voltar ao ataque ao cofres públicos, dessa vez sem direito a Lava Jatos para desnudar de que são feitos os nossos governantes.

Há uma coisa que fica transparente diante dessa confusão toda que é a espinha dorsal de toda a nossa crise política: parece não haver políticos que se elejam sem propina. Sendo assim, isto explicaria o silêncio quase sepulcral das oposições, dos “grandes cidadãos públicos” aboletados nesse Congresso de freiras e da “imprensa da forma geral”, cada um preocupado com seu próprio feudo, enquanto o país que os elege vai se danando lentamente. Já está claro que será um showzinho as prisões dos caciques peemedebistas. E os petralhas? Por que estão todos soltinhos e nos ameaçando com greves e paralisações, enquanto o supremo de frango esfria e não serve o prato principal, que é a prisão do vagabundo-chefe?

Tempos estranhos estes, meus caros. Acho que não fui chamado de “estuprador por tabela” à toa. Eles sabem quem são os inimigos deles. Nós sabemos quem são os nossos?