• Alex Pipkin, PhD
  • 16/07/2024
  • Compartilhe:

Ordem do dia: decrescimento


Alex Pipkin, PhD


       Já afirmei, em várias ocasiões, que desconfio de todos aqueles "profetas", que lucram com suas profecias. Muitas dessas apocalípticas.

Evidente que na esteira do fim do mundo, sempre se incluem aqueles "grandes e nobres ativistas" que, factualmente, desejam e advogam pelo decrescimento. A ordem do dia é limitar o uso de recursos, e decrescer.

Seria providencial que esses indivíduos, e as pessoas em geral, pelo menos, se educassem quanto ao fenômeno ludista na Inglaterra, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Invasão de fábricas e quebra de máquinas, buscando barrar o progresso. O medo - potencializado - do progresso é o caminho seguro para a estagnação, retrocesso e pobreza, inclusive moral.

A história está repleta de alarmismos sobre malefícios dos avanços tecnológicos. Dito de outra forma, de profecias que se mostraram completamente bizarras. Interessante notar que esse “fim do mundo”, por sua vez, varia de acordo com a visão ideológica do vivente. Por terras tupiniquins, no governo do Capitão, a Amazônia estava sendo devastada pelo fogo, motivando ativistas, tais como a menina ambientalista Greta Thunberg e o ator Leonardo DiCaprio, a prognosticarem o desastre verde-amarelo. Interessante, de fato. Agora no desgoverno vermelho, em que o fogaréu ainda é maior, onde eles foram parar? Interessante mesmo.

Decrescimento virou mais uma nobre palavra a ser proferida por qualquer "progressista" que se preze. Claro que faz parte da cantilena e cartilha vermelha afirmar que o decrescimento nas economias planificadas, é muito mais auspicioso do que a eficiência econômica capitalista, aquela que, legitimamente, gera o maior bem-estar individual e para todos.

De minha parte, como ratificado pela história e pelo progresso moral e material das sociedades civilizadas, o desenvolvimento tecnológico e científico - às inovações - é, cada vez mais, fundamental para que possamos buscar e encontrar soluções para os problemas e riscos envolvidos na vital questão relacionada ao crescimento econômico.

Aliás, foi sempre desta forma que o progresso aconteceu, gerando empregos, renda e riqueza, capazes de tirar milhões e milhões de pessoas da linha da miséria e da pobreza. Vacinas contra epidemias, fontes de energia mais baratas e equipamentos para o saneamento básico, para mencionar alguns exemplos, são dependentes do crescimento econômico. Milhões de pessoas no mundo passam fome, e é somente pela via do crescimento econômico que essas barrigas serão alimentadas, verdadeiramente.

Preto no branco, sem narrativas, retóricas e falsas verdades "progressistas", grosseiras desinformação, os fatos corroboram que o crescimento econômico é o remédio santo que melhora e amplifica todos os indicadores de florescimento humano.

Aquilo que literalmente mata e aniquila o progresso das pessoas é, indubitavelmente, a fome avassaladora do Estado pelos recursos dos criadores de riqueza, e pelo abusivo e extorsivo intervencionismo estatal. Foi o crescimento econômico que retirou milhões e milhões de pessoas da miséria, não o populismo ideológico que produz programas sociais contraproducentes, que retiram e inibem investimentos e a geração de empregos daqueles que produzem. Esse último, redistribui, de maneira coercitiva, para aqueles que nada produzem. Neste ambiente coletivista, a única coisa que cresce de verdade, é a renda de uma "deselite rubra", em detrimento dos mais pobres que aludem defender.

Para que possamos crescer e mitigar as mazelas sociais, temos que evoluir e impulsionar as inovações tecnológicas, a destruição criativa, gerando menos intervencionismo do Estado ineficiente e mais liberdade nos mercados. Maior concorrência, aportando melhores produtos e serviços, e fazendo com que os preços desses diminuam.

O crescimento econômico, via progresso tecnológico, é a fonte de melhoria, não só da condição econômica do indivíduo, como também para o próprio progresso da condição humana. Minha recomendação; confie nos fatos e dados genuínos quanto ao crescimento econômico e ao respectivo progresso.

Claro que é preciso contornar as objeções e seus efeitos colaterais. As redes sociais descortinaram “verdades verdadeiras”. Contudo, deram voz a uma legião de idiotas e de sectários ideológicos dotados, até o último fio de cabelo, da dissonância cognitiva. Qualquer idiota, consciente ou não, pode hoje digitar uma grande inverdade, rotunda asneira malvada, que é viralizada por outros idiotas, e que tem o poder de se disfarçar sobre o véu da verdade. Atualmente, abundam “informações”. O antídoto contra esse veneno é, primeiro, enxerga-lo. Segundo, e mais importante, exercitar a razão, possuir e/ou buscar efetivo conhecimento, e pensamento crítico para saber peneirar as tais “informações”.

Enfim, exerço meu poder de síntese: intervencionismo estatal demasiado, decrescimento e desinformação, são como a malária do século XIV. Tomam café, almoçam, jantam e dormem conosco em pleno século XXI.