Sim, invisíveis e por isso mesmo coisas tão poderosas. Atuam diretamente na imaginação, no espírito, é só podem ser por nós representadas por símbolos e diagramas. O poder militar não as alcança. O poder econômico não é capaz de enfrentá-las. Elas é que são capazes de destruir impérios, superpotências. E a obra de milênios que ergueu uma civilização, fundada na língua, na religião e na cultura de um povo.
O PSDB, o PCdoB, o PT e seus satélites nanicos, nessa ordem, com seus ídolos de barro, pó que ao pó voltará, são apenas seus reflexos visíveis, brilhantes, movediços e cambiantes, miríades de representações encarnadas que dão aos cegos a ilusão de que as identificam como realidades tangíveis.
Nessa guerra cultural contra o passado que nos legou a pátria, conceito que não se reduz a uma soberania territorial, à posse de um território físico; a fé, com todo o mistério que desafia a ciência a ser mais que uma luz bruxuleante da razão, um toco de vela diante da altíssima primazia do insondável que vem nos iluminar por dentro de nossas consciências; a língua com que expressamos nosso poder sobre a natureza, delegado por Deus a Adão no Eden onde aquele passou a nomear as criaturas postas a seu serviço; todo o aparato bélico, o arcabouço jurídico-legal e as instituições do Estado são anódinos nas mãos dos melhores cientistas, estrategistas, técnicos e tantos quantos competentes empreendedores do progresso material e da defesa nacional. De nada valerão se desconhecem nossos inimigos culturais nem ao menos saibam a quem dirigir suas rogativas.
Estaremos caminhando no escuro sem uma referência ao destino de nossa peregrinação. Perdidos na noite preparada para nós pelos perversos desconstrutores do passado, insidiosos deformadores da língua que distorce e censura conceitos pelo artificioso linguajar "politicamente correto" e blasfemos inimigos da dignidade humana que recebemos pela graça de nossa filiação divina à imagem e semelhança do Criador.
Se nosso mais urgente mister é recuperar a credibilidade, interna e externa, no campo econômico e da segurança jurídica, o que não questiono, precisamos entender que não foi aqui que o Brasil foi mais destruído pelos maus que tomaram o poder. O inimigo invisível serviu-se do descalabro econômico e social do país como instrumento de dominação por seu poder invisível e onipresente que devemos identificar para combater desde suas raízes.
C. S. Lewis, J. R. R. Tolkien e a Grande Guerra – Senso Incomum