• Gilnei Lima
  • 19/01/2015
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O CAPITAL DO SÉCULO XXI

 

É quase um espetáculo circense!

Perdoem o comentário longo, mas armem-se de uma colherada de chá de paciência. É muito claro que as preocupações dos que se lançam ao mundo como defensores do socialismo não estão nada preocupados com a pobreza, mas sim com a riqueza.

Isso me lembra muitos socialistas que se dizem influenciados por Marx, apesar de nunca terem lido seus livros; e que também odeiam o liberalismo sem ter a menor noção do que se trata. Ouço e leio coisas parecidas todos os dias no Facebook, ditas e escritas por pessoas que nunca leram nada além de panfletos da esquerda.

O livro "Capital no Século XXI" que pretende ser uma nova "bíblia" da esquerda vertical, ao que parece, é uma enorme obra (com suas quase 700 páginas) discorrendo sobre muitos temas, mas para andar em círculos e voltar ao mesmo ponto, que em minha nada qualificada opinião, acaba sendo a ignição das ideias socialistas. (Neste ponto me antecipo na autodesqualificação para desarmar as desqualificações que serão vertidas sobre mim)

Entre tantos gráficos, Piketty não esconde sua interpretação moral sobre a riqueza e, principalmente, sobre a herança. Chega a ser engraçado suas recorrentes citações aos romances de Balzac para ilustrar e "comprovar" as distâncias entre trabalhadores e herdeiros.

Seu livro tem um único objetivo: julgar moralmente o direito de uma pessoa guardar para si o fruto de seu próprio trabalho e decidir, por si mesma, qual o destino desse fruto. A "moralidade" de Piketty chega ao nível de condenar os herdeiros pelo sucesso dos pais!

Seu raciocínio é muito simples: quanto mais rico, mais imoral. Exercendo uma arrogância que parece ser típica dos socialistas, Piketty ignora completamente a história, os esforços e os talentos de indivíduos, enlatando-os como se formassem uma única e homogênea massa de pessoas de caráter condenável pelo simples fato de terem enriquecido. 

É apenas mais uma reedição de alguns devaneios marxistas, com o autor tentando relacionar dados selecionados com crendices ideológicas impregnadas com uma das piores fraquezas humanas: a inveja. 

Apenas falam muito sobre pobreza, mas sem tirar o "olho gordo" da riqueza. Isto não seria uma questão já muito bem definida por Tomás de Aquino e os Sete Pecados Capitais? 

A razão de tão esbravejante defesa do socialismo e anticapitalismo, situa-se entre o pecado número 4 e número 6; levando em conta a falta de iniciativa motivada pelo tal pecado número 6; criando todo o sentimento despejado sobre os que se esforçam, resultando no pecado número 4.

Tudo que é tratado nestas teorias ideológicas têm, definitivamente, seus fundamentos no pecado número 5; impulsionados por mero flagelo do pecado número 7.

Com essa modesta dissecação, humildemente, posso lhes apresentar: Eis um socialista!

Para os curiosos

os sete pecados capitais de Aquino e Gregório: 

1. A gula;

2. A avareza;

3. A luxúria;

4. A Ira;

5. A inveja;

6. A preguiça;

7. A vaidade.

Este último, não é o sétimo por acaso. Segundo "O advogado do Diabo", na pele de Al Pacino: "Vaidade, este é o meu pecado favorito".

Apenas para deixar clara a minha visão sobre tais pensamentos, que transcendem a filosofia e levam às ações de anarquia, afirmo que : "O socialismo nos alcança quando estamos às portas do fim do mundo. O comunismo só tem lugar quando o mundo já acabou." 

* Jornalista