• Gilberto Simões Pires
  • 13/01/2016
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O CAIXA SECOU

O CAIXA SECOU

(Publicado originalmente em www.pontocritico.com)

Ainda que já tenha escrito inúmeras vezes, chamando a atenção para este espinhoso tema, estou convencido de que preciso insistir. Só assim posso contribuir para fazer com que grande parte dos brasileiros compreendam, corretamente, o que vai acontecer com os constantes atrasos no pagamento das folhas dos servidores, que muitos Estados estão enfrentando e continuarão enfrentando.

 

LEIAM COM ATENÇÃO

Leiam com total atenção e levem bem a sério o que volto a afirmar: - Como a arrecadação de tributos está em curva perigosamente descendente, por pura consequência da adoção da Matriz Econômica Bolivariana, o cenário que se desenha para os próximos meses no País, nos Estados e Municípios, é simplesmente sinistro.

DIREITOS ADQUIRIDOS

Ora, diante deste quadro fúnebre é bom e necessário que todos entendam, com absoluta clareza e responsabilidade, que não há a possibilidade de honrar os DIREITOS ADQUIRIDOS (carregados de inúmeros privilégios absurdos).

IMPOSSIBILIDADE REAL

De novo: os Estados (por enquanto em torno de dez) estão dizendo, claramente, o quanto estão diante da real impossibilidade de SATISFAZER O QUE A PRÓPRIA LEI MANDA, ou seja, NÃO TÊM COMO PAGAR OS -DIREITOS (ABSURDOS) ADQUIRIDOS.

PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Como problemas exigem soluções, e desta vez quem propõe a solução é o CAIXA DOS TESOUROS DOS ESTADOS, o que precisamos fazer é exigir as REFORMAS, que tem sido proteladas desde a chegada de D. JOÃO VI, no nosso pobre país.


Para que eu não fique falando (ou escrevendo) sozinho sobre este inquietante tema, transcrevo o artigo escrito pelo pensador (pensar+) Darcy Francisco do Santos, que foi publicado na ZH de ontem, com o título NOVOS CONSERVADORES. A simples leitura leva a concluir o quanto é importante REFORMAR A PREVIDÊNCIA. 

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NOVOS CONSERVADORES

Darcy Francisco Carvalho dos Santos

(darcyfrancisco.blogspot.com.br)

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

"As coisas que um governante faz para se manter no poder não necessariamente são aquelas que fazem o país progredir mais." Esse comentário é atribuído a uma alta fonte palaciana, segundo Gustavo Franco e Fabio Giambiagi, em livro publicado recentemente.

Quando se ouve as declarações dos principais líderes do PT contra as reformas, constata-se que essa frase tem procedência, embora não revele seu autor.

Não querem saber de reforma da previdência, quando somente o governo federal apresentou até outubro um déficit no Regime Geral de R$ 88 bilhões, com um crescimento de 73% em relação ao mesmo período do ano anterior. No regime próprio dos servidores, o déficit foi de R$ 59 bilhões. No total, o déficit previdenciário alcançou R$ 147 bilhões, ou 39% maior, em 10 meses.

O déficit nominal do governo central, em 12 meses até outubro, foi de R$ 452 bilhões, com um acréscimo de 124% sobre o mesmo período anterior.

Nos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os gastos previdenciários brutos alcançam 35%, 29% e 28% da receita líquida, respectivamente, e num número expressivo de Estados ultrapassa 20%. E o mais grave: com altas taxas de crescimento anual!

Mesmo que a crise atual tenha se acentuado no período governamental anterior, especialmente nos três Estados citados, e também pela crise econômica nacional, o grande problema estrutural é o previdenciário.
A principal causa de problema são as aposentadorias precoces, onde cerca da metade dos servidores se aposenta com a idade mínima de 50 anos e uma quarta parte sem essa exigência.

Fala-se muito que não há policiais nas ruas, o que é verdade. Mas a razão para isso é muito simples: os policiais aposentam-se com menos de 50 anos de idade. Segundo Boletim da Secretaria da Fazenda, entre 2010 e 2012, os servidores da segurança pública aumentaram em 2.256, sendo 651 ativos e 1.605 inativos. O ingresso de novos servidores é absorvido, em grande parte, na reposição dos que se aposentam.

Como os conservadores querem conservar o que está bem, como se chama os que querem manter o que está mal?