Silvia Gabas
Tenho lido algumas análises a respeito do dia de hoje (19/04) que fazem todo o sentido.
Lula se indispôs com o governo americano.
Irritou sobremaneira os americanos com a sua intromissão de idoso etílico na geopolítica mundial, abandonando um parceiro geopolítico de mais de meio século e jogando-se no colo da China e da Rússia, oponentes naturais dos Estados Unidos da América.
A resposta veio a cavalo.
A CNN, vejam só, é empresa americana.
Coincidentemente, a embaixadora daquele país visitou hoje (19/04) os estúdios dessa rede de televisão, parabenizando a empresa pelo bom serviço realizado aqui na terrinha pela "empresa americana", segundo suas palavras.
Estranhamente, foi essa empresa americana televisa que escancarou o que aconteceu no fatídico 8 de Janeiro, apresentando os vídeos que haviam sido negados por duas vezes ao Congresso e sobre os quais o próprio General Gonçalves Dias havia imposto um sigilo de cinco anos, por uma questão de "segurança nacional".
Chegou a alegar também que câmeras do local estavam "indisponíveis".
Por um passe de mágica, essas mais de 100 horas de gravação foram depositadas nas mãos da CNN.
Em poucas horas, a informação se disseminou feito rastro de pólvora, e o Brasil foi informado sobre um fato sobre o qual pairavam muitas dúvidas, mas não se tinha acesso algum.
A lição que fica:
Os americanos são profissionais, não brincam em serviço e podem implodir um governo quando assim o entenderem.
Enquanto amigos, tudo.
Sentindo-se traídos, aplicaram a lei mafiosa.
Sorry, Lula!
Durma com um barulho desses.
Moraes,
que fria, hein, meu filho?
* Reproduzido da página da autora no Facebook