• Guilherme Socias Villela
  • 27/04/2017
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LOUREIRO, THOMPSON E DIB, TRÊS LENDAS

NOTA DO EDITOR: este artigo presta justíssima homenagem a três grandes prefeitos de Porto Alegre. Pessoalmente, incluo o próprio autor do texto entre os grandes prefeitos da capital gaúcha, em tempos que não voltam mais.

(Publicado originalmente no Jornal do Comércio)


Diga-se aqui, seria impossível contar os feitos desses três personagens lendários de Porto Alegre. De fato, são novas avenidas e ruas, obras viárias, viadutos, túneis, saneamento das finanças, dentre outros. Não é esse o objetivo. O que é possível se dizer é que seus feitos fazem parte de uma das mais importantes renovações urbanas ocorridas na capital gaúcha. Uma fotografia da época mostra um homem, alto e forte, vestido de terno branco e usando chapéu. Está na orla do Guaíba, contemplando-o como quem olha para o futuro - mirando o imenso infinito. Saindo da fotografia, lá vai ele, passos firmes, confiante, destemido - suave, mas capaz de bater a mão fechada com força em cima da mesa ao tomar uma decisão complicada. Loureiro da Silva foi uma grande figura humana. Uma lenda. Um homem que se hoje existisse seria capaz de governar até mesmo um país triste - como o Brasil!

Outro técnico e político lendário também pode ser visto em fotografias da época, ele conferindo, com entusiasmo e vigor, suas grandes obras - sem as quais Porto Alegre não seria Porto Alegre. Thompson Flores foi um extraordinário administrador, que sempre será lembrado. Terminou seus dias na capital catarinense - provavelmente tentando esquecer seus desgostos político-partidários.

Outra figura humana lendária notável que muito fez por Porto Alegre foi João Antônio Dib. Cuidadoso, focou sua administração em diversos setores da Capital - com boas obras, contudo não se descuidando dos pequenos problemas. Aqueles que originam os grandes problemas de uma cidade. Aqueles que afligem o dia a dia dos cidadãos. Dib fora discípulo e amigo dos citados mestres, porém nunca os esquecendo. Homenageando-os. Ademais, sempre foi um homem de palavra, que sempre fora algo sagrado para ele. Um exemplo para as novas gerações políticas - onde alguns provam que não aprenderam nada. Lástima! Há algo mais em comum com essas três lendas: a honestidade.

Economista e ex-prefeito de Porto Alegre