• Genaro Faria
  • 19/10/2017
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INÚTIL.../ A GENTE SOMOS INÚTIL

 

Prioridade absoluta de todos, TODOS os partidos e políticos, inclusive os das cortes judiciais, salvo raríssimas exceções, a Operação Lava Jato era uma espécie de peste negra que poderia vir a exterminar a elite governante do país. Era.

Por não ignorar que essa elite, unânime, estava a ponto de determinar o "triste fim de Policarpo Quaresma" para a salvação de Bruzundanga, a única parcela dessa elite não contaminada pela terrível peste, os militares, enviou um ultimato e um convite. O convite ela endereçou ao povo para que saísse às ruas em defesa da pátria. O ultimato, aos três poderes aparentemente independentes, harmônicos, mas fortemente unidos entre si pelo rabo que mantêm longe da vista do público - pero no mucho - pois o apêndice não é lá nada estético.

O povo, no entanto, preferiu pegar a estrada e emendar o feriadão na praia ao som do hino nacional: Inútil.../ A gente somos inútil/ Inútil... E os três poderes, captando essa mensagem com a sabedoria malandra do Rolando Lero, resolveram enrolar o ultimato para fazer um canudinho de soprar bolinhas de sabão.

O desfecho da comédia é que o vírus da LJ perdeu o agente ativo. Só vai preso o figurão que for condenado em tribunal de terceira instância, em decisão irrecorrível, isto é, no dia do vencimento dos contratos de aluguel que dona Marisa administrava para Lula: 31 de fevereiro. Se não chover...

*Publicado originalmente em www.pontocritico.com