Alex Pipkin, PhD
Passaram-se três meses de governo petista. Ainda bem que o tempo passa. Converso com gente que votou no ex-presidiário. Muitos desses tinham e têm verdadeira aversão ao Capitão.
No entanto, pelo trimestre inicial do lulopetismo, com seus abissais equívocos de política econômica, a metralhadora imparável de asneiras e de devaneios e, especialmente, o espírito de porco, de ódio, de ressentimento e de revanchismo, do olhar para trás, fez com que esses raivosos de Bolsonaro percebessem que, assim como à vida, existiam iniciativas muito positivas para o país no execrado governo anterior, em especial, em nível econômico.
A reflexão e o arrependimento, sem dúvida, demonstram claros sinais de inteligência.
Evidente que indivíduos são diferentes e, assim, possuem distintas visões de mundo; muitos se consideram progressistas. Nenhum problema.
O imbróglio está numa parcela da população que, independentemente dos fatos, encontra-se acometida de uma virulenta cegueira deliberada.
Aconteça o que acontecer, essa trupe de sectários ideológicos, do tipo Jim Jones tupiniquim, se afunda com o barco encharcado, e/ou naufraga a embarcação vermelha, verde e amarela.
Parece-me que há duas questões importantes a serem consideradas.
É inquestionável que as instituições brasileiras foram assaltadas pelos ideais coletivistas. Por óbvio, para “os outros”.
Esses “progressistas” estão majoritariamente na pequena grande mídia, moldando grande parte da manipulação dos cruciais temas nacionais.
Embora a proeminência das redes sociais, que sacudiram o coreto da velha imprensa, a mídia continua manobrando e, ironicamente, tirando o foco da discussão dos assuntos que interessam a genuína classe trabalhadora do país. O pão e o circo do Império Romano segue o baile, ou melhor, prossegue sambando.
Por outro lado, há os coletivistas-raiz, que exercem enorme influência e controle sobre as instituições, inclusive no meio empresarial, e que com seus valores radicalmente “progressistas”, apoiam e suportam pesadamente tais equivocadas políticas, que trazem no seu bojo grandes prejuízos econômicos, sociais e culturais para a população brasileira.
Isso me cheira e me recorda a monumental obra Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.
Impregnou-se também aqui, inegavelmente, de um condicionamento psicológico abissal, que manipula e força os indivíduos a viverem numa farsa, dentro de um contexto de faroeste sem leis, com regras sociais impostas goela abaixo por ativistas e minorias identitárias, que corrompem abertamente os valores morais, éticos e religiosos dos brasileiros.
Vive-se no Brasil de hoje numa realidade paralela, irreal.
Neste sentido, o mais destruidor desta fuga da realidade é, sem dúvida, a falta de liberdades, transformando as pessoas em escravas da mentira e da desinformação, e eliminando a possibilidade de viverem de acordo com suas próprias escolhas.
Muitos tupiniquins não conseguem enxergar, e principalmente pensar, além “da telinha”, servindo como uma peça na engrenagem coletivista que, factualmente, acarreta em menor nível de emprego, de renda e de efetiva prosperidade para os mais necessitados.
Com pesar, é cristalino observar que os mais carentes, aqueles despojados do cartão privê da elite - podre - nacional, terão mais uma vez, a sua felicidade frustrada pelo embuste e pelo circo amparado fortemente pela pequena mídia tupiniquim.
O tempo passa. Mais um trimestre virá, e pelo andar da carruagem rubra, com indicadores econômicos terríveis para o bolso e a barriga dos brasileiros.
Caso isso se imponha de fato, a aparente perfeição da irrealidade lulopetista pressionará com mais sofrimento o tecido social mais carente, fazendo os descamisados pensarem “fora da caixa”, e das telinhas. Impactos são imprevisíveis.
Apesar disso, evidente que a cegueira ideológica da turma sectária continuará intacta.
Os valores e os ideais coletivistas, distorcidos, nunca se dobram a verdadeira reflexão e as experiências e aos resultados daquilo que genuinamente conduz ao crescimento cultural, ético, econômico e social.
O tempo, e a reflexão, irão produzir e brindar a resposta.