O GRANDE ESTRAGO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

 

Percival Puggina

 

Quanto mais se politiza a pedagogia e quanto mais a Educação se desvia de sua função essencial para atender à tal “formação da cidadania”, mais a violência aumenta nas salas de aula e mais os cidadãozinhos "formados" pelo sistema batem nos professores e decaem os indicadores que medem a qualidade do que realmente importa.

 


No padrão da rede de ensino, alunos não entendem o que leem, nem se fazem compreender quando escrevem; não conhecem a tabuada e não conseguem montar uma regra de três. Não têm a menor ideia do que seja fotossíntese.

 


Se essa descrição é ruim, saiba que está piorando. É revelador observar  que, comparativamente com os demais países, a situação nacional  se agravou  quando a ideologia esquerdista, inclusive a ideologia de gênero, se tornou persistente cavalo de troia a invadir o cenário educarional do país. No período entre 2003 e 2015, que inclui praticamente todo o governo petista e os sete anos em que Fernando Haddad foi ministro da Educação, perdemos 23 posições no ranking internacional, caindo do 40º lugar para o 63º lugar! É o que mostra a figura acima, com dados do PISA de 2016.
 

  • 25 Outubro 2018

O QUE MOBILIZAVA OS MANIFESTANTES DO ÚLTIMO DOMINGO ?

 

Levantamento realizado por pesquisadores do Monitor Digital, da USP (Universidade de São Paulo), e do Núcleo de Etnografia Urbana, da Fesp-SP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), revelou que, os manifestantes do último domingo foram às ruas porque o PT é corrupto e apoia ditaduras.

 


Nenhum deles quer acabar com a democracia. Eles só querem que os criminosos condenados pela Lava Jato possam apodrecer na cadeia.

 


Nota do editor: esse excelente resumo das muitas páginas divulgadas pelo UOL a propósito dessa pesquisa, foi proporcionado pelo blog O Antagonista.
 

  • 23 Outubro 2018

CID GOMES EM SURTO DE SINCERIDADE


Percival Puggina

 

 Há uma lição que vem ficando cada vez mais evidenciada no comportamento dos partidos e dos políticos que ocupam o centro-esquerda e a esquerda do arco ideológico. Definitivamente, eles querem que o Brasil foque ainda mais intensamente as posições filosóficas e as práticas políticas que o trouxeram à atual crise social, política, econômica e moral.


 O senador eleito Cid Gomes, irmão de Ciro, candidato derrotado na eleição presidencial pelo PDT, convidado a falar, fez um insólito discurso em ato petista pró Haddad na capital cearense. Entre outras coisas, dialogando com uma plateia em crescente indignação, afirmou:

 

“O PT tem que fazer o mea culpa, pedir desculpas. Tem que ter humildade.”
“Têm que reconhecer que fizeram muita besteira.”
“Não admitir os erros que cometeram é para perder a eleição. E é bem feito.”
“Vão perder a eleição e vão perder feio.”
“Vão perder feio porque aparelharam as instituições públicas, porque acharam que eram donos de um país.”
“O país não aceita ter donos.”
“Acham que os fins justificam os meios.”
“O Lula? O Lula está preso, babaca!” – dirigindo-se a um exaltado participante do evento.
“O PT, desse jeito, merece perder”.


 Todas essas frases foram formuladas e bradadas ao público para sustentar a ideia mestra de que o PT seria o responsável pelo sucesso da candidatura Bolsonaro. Esse modo de compreender o recado das urnas, as derrotas no dia 7 e as que se desenham para o dia 28 não teriam relação com as políticas de esquerda. Não fossem as condutas equivocadas de Lula e seu partido, a esquerda poderia, segundo os irmãos Gomes, continuar no poder, afundando o país na crise a que o trouxe. Tudo contra a maioria da opinião pública que é sabidamente liberal e conservadora. Já o PT sequer os crimes cometidos admite.


 Olhando à volta em nosso continente não é difícil saber o que existe no horizonte de tais políticas.
 

  • 17 Outubro 2018

 

CONGRESSO DE LITERATURA CATÓLICA

 

Percival Puggina

 

Surpreendeu-me, hoje, saber que já estão disponíveis os vídeos do Congresso de Literatura Católica, um empreendimento gigantesco do Instituto Hugo de São Vitor e outras organizações vêm promovendo há vários meses, estimulando intelectuais a gravarem conferências sobre notáveis obras e marcantes autores da literatura católica.

 

Encantou-me o que já comecei a assistir. Por simbólicos R$ 99, ganhei acesso a muito talento e a muita sabedoria. Quarenta conferências! E querem saber mais? Ganhei um presente, um presente que me vem à tela, com muitos rostos amigos, vozes conhecidas, discorrendo sobre o que conhecem bem.

 

Creiam-me, vale uma visita ao site. E vale muito mais mergulhar fundo no seu conteúdo.

 

Boa visita! (https://www.literaturacatolica.com.br/)

Percival Puggina
 

  • 15 Outubro 2018

TROFÉU ACADEMIA RIOGRANDENSE DE LETRAS

 

Encerram, no dia 24 de setembro, as inscrições para o Prêmio Academia Rio-Grandense de Letras.

 

As três categorias são Melhor Livro de Poesia, Melhor Livro de Literatura Infantil e Melhor Tese ou Dissertação sobre Literatura Gaúcha. O Prêmio, conferido anualmente, tem como objetivo destacar autores gaúchos que tenham obra consistente e de qualidade no cenário nacional, assim como promover a crítica literária sobre a literatura gaúcha.

 

Será concedido o Troféu Carlos Urbim ao melhor livro de literatura para a infância, independente de gênero, de autor sul-riograndense publicado nos anos de 2016 e 2017, em primeira edição. O melhor livro de poesia publicado no ano de 2017, em primeira edição, receberá o Troféu Alceu Wamosy. E para a melhor tese ou dissertação sobre literatura gaúcha em nível de mestrado ou de doutorado, que tenha como tema a obra de um autor sul-rio-grandense ou um texto literário escrito por autor do Estado (que tenha sido defendida nos anos de 2016 e 2017 em qualquer instituição de ensino superior), será entregue o Troféu Dyonélio Machado.

 

Os troféus serão confeccionados pelo artista visual Lucas Strey, entregues em cerimônia prevista para dezembro.

 

A seguir, a lista de inscritos, em ordem alfabética dentro de cada categoria:

TROFÉU ALCEU WAMOSY [CATEGORIA DE LIVRO DE POEMAS]

A casa das mil janelas – Jeverton Lima
A vida das sobras – Carlos Eduardo Caramez
Ave, água – Cleonice Bourscheid
Baseado em pessoas reais – Sabrina Dalbelo
Cais do alheio – Deisei Beier
Carrossel do mundo – Evanise Gonçalves Bossle
Casa de papel – Gláucia de Souza
Fragmentos – Marinês Bonacina
Homenagem à nuvem – Lucas Krüger
Inquietudes – Leandro Angonese
Iva da Silva: poemas – Iva da Silva
João & Maria: dúplice coroa de sonetos fúnebres – Leonardo Antunes
Livro das Madalenas – Lúcia Bins Ely
Mas é possível que haja outros – Rafael Iotti
Mel e fel: poemas outonais – Nélsinês Urnau
Mugido – Marília Floôr Kosby
Nas cidades os sonhos não têm asas – Igor Luchese
No mar não tem porto seguro – Bernardete Saidelles
O homem provisório – Cássio Pantaleoni
Poemas quase esquecidos – Marcos Fernandez Oliveira Cunha
Prêt-à-porter – Ricardo Silvestrin
Rocketman – Rique Ferrári
Romântico visceral sob o céu fragmentário – Andrei Ribas
Tesouro secundário – Celso Gutfreind
Texturas & memórias – Nilva Ferraro


TROFÉU CARLOS URBIM [CATEGORIA DE LIVRO INFANTIL]

A formiguinha valente – Vera Salbego
Albertina, a vaca estradeira – Christina Dias
Alfabeto poético dos nomes – Pablo Morenno
Angol no sítio – Ruth Hellmann
Barba Sucon – Ires Parisotto Caldieraro
Bravura de passarinho – Lígia Messina
De menino ou de menina? – Cacá Melo
Duda de Yorkshore de volta ao reino – Marisa B. Krás Borges
Irmão? Que confusão! – Cacá Melo
Lendas entre laçadas – Lisete Johnson
Manual de interação monstruosa – Christina Dias e Milene Barazetti
O Compadre Graxaim e a Batalha dos Cafundós – Marco Aurélio Barbiero
O menino e o sonho – Luciana Bridi
O mundo de Nini, a menina das flores – Vera Mari Damian
O rei descalço – Pablo Morenno
O serelepe e o paradão – Amauri Antonio Confortin
Picolé Lelé – Angela Dal Pos
Piloto, o cão bombeiro, e Zeca, o gato enfermeiro – Lígia Messina
Sangue real – Christian David
Soja: um grãozinho importante – Roberta Bassani Federizzi, Mercedes Concórdia Carrão-Panizzi e Francisco Martins
Toc! Toc! Quem é? – Patrícia Langlois
Tons de Children – Mayra Salete Leie
Versos de nem-te-ligo – Maria Helena Dancan Frantz


TROFÉU DYONÉLIO MACHADO [CATEGORIA DE TESE OU DISSERTAÇÃO ACADÊMICA]

 

A variação entre os pronomes de primeira pessoa do plural “nós” e “a gente” numa amostra da literatura infanto-juvenil gaúcha – Ana Paula Moraes dos Passos de Oliveira
Mapeamento e análise do cenário editorial e literário da Serra Gaúcha (2000-2016) – Aline Brustulin Cecchin
O céu riscado na pele: uma poética do deslocamento – Andréia Alves Pires 

  • 12 Outubro 2018

O PSDB NA ENCRUZILHADA

Percival Puggina

Leio no Diário do Poder

O PSDB desperdiçou mais da metade da propaganda eleitoral de Geraldo Alckmin, de 31 de agosto a 4 de outubro, contra adversários: 21,9% foram de ataques a Jair Bolsonaro, 465 inserções no total, que apesar disso não parou de crescer, e 4,7% criticaram Haddad, reduzindo-o a “linha auxiliar” do PT. Alckmin gastou somente 1,2% da propaganda para tratar de Desemprego e 3,5% para Saúde, segundo Relatório de Inserções da FW Spot, empresa em “checking de mídia”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Críticas ao PT de Haddad, rival histórico do PSDB, consumiram apenas 99 dos 2.123 programas de TV exibidos na campanha. Alckmin bateu em Bolsonaro usando 1.277 inserções na TV, mas a estratégia parecia feita à medida para ajudar Haddad a ir ao 2º turno.

O PSDB fez 623 propagandas atacando Bolsonaro e Haddad (29,3% do total) e apenas 80 (3,8%) levantando a bola do próprio candidato. Tema fundamental, Economia mereceu só 0,6% da campanha eleitoral de Alckmin na TV. Segurança/criminalidade, raquíticos 5,6% do total.

Comento

O candidato tucano à presidência fez 5,09 milhões de votos e isso é menos da metade dos 12,230 milhões que obteve como candidato a governador de São Paulo, há apenas quatro anos. O PSDB perdeu 20 deputados federais. Oito partidos alcançaram representação maior do que o outrora poderoso PSDB...

Erros acontecem. No entanto, os erros da campanha, equivocados quanto aos meios, refletem erros mais prolongados, anteriores, cometidos ao longo do tempo em que o PSDB, no governo e na oposição, consentiu, por ação e omissão, que as pautas de Bolsonaro adquirissem maior urgência e o credenciassem à disputa presidencial. Atacando o deputado, Alckmin se descolou para sempre de temas que hoje dominam a opinião pública.

O PSDB está numa encruzilhada. Ou se assume como mais um satélite do PT, ou esquece os arcaicos fiéis a FHC e busca seu espaço para enfrentar o flagelo petista com o qual, durante um quarto de século, brincou de “faz de conta” e iludiu a opinião pública. Com essa prática, retardou relevantes decisões nacionais que agora batem à porta das urgências e das emergências sociais, políticas e econômicas. O despertador está tocando para o PSDB.

Fonte: https://diariodopoder.com.br/mapa-da-derrota-comprova-os-erros-de-alckmin-2/
 

  • 09 Outubro 2018