SEMANA DE COMUNISMO NO CURSO DE LETRAS DA UFRGS
Percival Puggina


 É uma promoção do Centro de Estudantes. Não é pautada pela Universidade, mas pelos próprios alunos. No entanto, serve como amostra do que vem por aí quando essa rapaziada chegar às salas de aula, para ensinar o idioma aos alunos do ensino fundamental e médio.

Essa programação da Semana Acadêmica significa, por outro lado, que o trabalho dos mestres desses jovens produziu o resultado que eles desejavam. Criaram militantes para suas causas. E, ao conseguirem isso, concretizaram sua missão essencial (como destaca a Moção de Repúdio do Sinpro/RS que comentei aqui).

Não surpreende o mau uso das palavras, nem os erros de português. Os alunos escolhidos pelos colegas para comandar o Centro de Estudantes de Letras mostram, claramente, que as letras têm, para eles, uma utilidade bem diferente daquela que prezamos ao encaminhar um filho para a escola.

A Nação paga muito, em tributos, para custear as universidades públicas. E elas produzem isso aí. Não surpreende que nenhuma esteja entre as 200 melhores do mundo.
 

  • 22 Maio 2015

A IMPORTÂNCIA DA BELEZA (um vídeo de Roger Scruton, edição da BBC)

Reproduzo as palavras de Leonardo Faccioni sobre este vídeo:

"Desde que o descobri, anos atrás, jamais passei mais de seis meses sem reiterar aqui sua recomendação. Caso algum amigo porventura desconheça o ensaio de Roger Scruton presente no documentário abaixo, que não deixe escapar a oportunidade de encontrar consolação. É néctar de verdades sublimes em um mundo impregnado da mentira.
Do todo, gosto de sublinhar as partes atinentes à arquitetura. É, afinal, a arte que delineia nosso quotidiano. Em um país que quase sempre desprezou sua história e não tardou a deitá-la por terra, é ela, a arquitetura, a marcar na paisagem urbana de praticamente todos os nossos centros (e mesmo nos municípios mais pacatos) a precariedade do entendimento que este tempo sustenta sobre o valor da experiência humana.
"

Faça um bem para si, e assista este vídeo, legendado, aqui: 

https://vimeo.com/73344145

  • 21 Maio 2015

Este texto e outros que postarei nais adiante são do blog  https://aprendicomoenem.wordpress.com/ dedicado a mostrar a ideologização explícita do ENEM.

MAMA ÁFRICA, A MINHA MÃÃÃE...

O conjunto de questões que eu classifico de “mama África” enfatiza a difusão do vitimismo dos negros em decorrência da escravidão de africanos no Brasil. Os objetivos são : 1. incultir culpa na presente geração, por atos cometidos no século retrasado e considerado aceitáveis à época; 2. suscitar o ódio racial entre negros e não-negros ; 3. incitar as reivindicações de reparações da parte de qualquer pessoa que tenha a cara de pau de se apresentar como vítima direta desse fato histórico.

De quebra o africanismo, tal como o indigenismo, ainda prepara o imaginário do estudante para apoiar a política de demarcação de terras quilombolas que é feita “segundo critérios de auto-atribuição”, cujo procedimento de identificação e delimitação do terreno quilombola considera “como tácita” a concordância dos órgãos e entidades que não se manifestarem no prazo de 30 dias sobre o conteúdo do relatório técnico (conforme decreto no 4.887, de 20 de novembro de 2003).

A modorrenta pergunta 32 do caderno azul da prova de humanas do ENEM 2011 ilustra bem o interesse estatal nos objetivos supracitados.

Mama Africa

O texto da questão informa que foi iniciativa do governo a introdução da obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira… [que] incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, … além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”.

De acordo com a resposta correta determinada pela comissão elaboradora do exame, isso “representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque… impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnicoracial do país.” Como se essa pluralidade não saltasse aos olhos de cada brasileiro que sai às ruas ou liga a TV.

As abordagens indigenistas e africanistas servem no fundo aos mesmos propósitos e respondem por quase 6% do total de questões das provas de linguagens e humanas das edições de 2009 a 2014 do ENEM. Você que é estudante e está se preparando para a edição de 2015 pode esperar para se deparar como esse tipo de viés, pois no período mencionado não houve uma única edição em que ao menos uma dessas abordagens estivesse ausente. E os melhores antídotos para as mentiras contadas pelos seus professores e livros de história do Brasil sobre esses assuntos são os capítulos 1 e 2 do Guia politicamente incorreto da história do Brasil, de Leandro Narloch.

  • 19 Maio 2015

ALVARO DIAS E LUIZ FACHIN
Percival Puggina


 O senador Álvaro Dias faz oposição ao PT. O candidato a ministro do STF Luiz Fachin tem história como ativista de esquerda. Lula, até ele, em 2005, rejeitou a indicação de Fachin por ter ideias excessivamente esquerdistas e estar excessivamente ligado aos movimentos sociais ("É basista demais", disse Lula). O senador é do Paraná e o candidato é um gaúcho que atua como advogado no Paraná. Álvaro Dias e Luiz Fachin são amigos. Os paranaenses transformaram a designação de Fachin em questão de Estado. Álvaro Dias defende vigorosamente a aprovação do nome de Fachin. O candidato, interrogado na sabatina sobre as ideias que expressou em textos acadêmicos, disse que nesse ambiente valia-se da ética de convicção, mas no STF será regido pela ética de responsabilidade, atendo-se à letra da Constituição.

 Pois é exatamente esse o problema! Faltam dedos nas mãos para contar as vezes em que o STF, mesmo sem Fachin, deixou a Constituição embaixo do pé da mesa, com a maioria dos ministros deliberando em conformidade com suas convicções pessoais. O STF é formado por 11 membros. Decide por seis a cinco. Em matéria constitucional, há circunstâncias em que o voto ministro que desempata vale mais do que 257 deputados e 41 senadores juntos (ou seja, metade mais um dos membros das duas casas do Congresso).

Por isso, o senador paranaense não encontra sequer a válvula de escape por onde vazou Fachin, quando confrontado com suas próprias opiniões. Álvaro Dias falhou em relação às próprias convicções e falhou em relação à sua responsabilidade. Ele diverge das ideias de Fachin e não adotou posição compatível com as responsabilidades de seu cargo. A escolha de um ministro do STF não é uma questão de amizade. Não é um convite para churrasco, nem para padrinho de casamento da filha. Trata-se de um voto no Supremo. Ali estão as 11 opiniões mais decisivas das instituições nacionais.
 

  • 17 Maio 2015

FELIZ A PÁTRIA QUE GEROU TAIS FILHOS!
Percival Puggina

Desde o dia 24 de abril, um grupo jovens caminha ao longo dos 1,1 mil km que separam Brasília da cidade de São Paulo, de onde partiram. Junto com a bandeira do Brasil, levam faixas e cartazes pedindo o impeachment da presidente. Proclamam "Fora Dilma!" e "Fora PT!".

A marcha, de 33 dias, segue pelo acostamento das rodovias e vai sendo aclamada pelos que passam e pelos moradores das cidades por onde transitam. Os caminhantes têm pés de romeiros, corações de guerreiros e amor à pátria. Anima-os um amor verdadeiro ao Brasil, amor virtuoso, que se submete ao sacrifício da intempérie, que vence o cansaço, que desconhece desânimo e que não olha para trás. Aqui ou ali, os exércitos de Stédile ladram enquanto sua caravana passa, na chuva e no sol, por vezes noite adentro.

A marcha cresce, em grandeza e significado, a cada repórter que não reporta, cada fotógrafo que não clica ou noticiário que não noticia. Os grandes gestos se tornam ainda maiores quando ocultados por quem os deveria divulgar. Entende-se. Há neles uma grandeza que oprime e constrange os acomodados e os acumpliciados.

Queridos leitores destas linhas. Feliz a Pátria que gerou tais filhos! Que lição esplêndida, a juventude brasileira vem proporcionando à Nação nos últimos meses! Foram eles, os jovens, rapazes e moças, que levaram milhões às ruas nas grandes demonstrações de março e abril. Nenhum era nascido quando o PT surgiu. A maioria sequer se equilibrava em skate quando Lula foi eleito. Mas descobriram, em poucos anos, algo que a imensa maioria da população levou três décadas para ficar sabendo. E trataram de agir. Hoje, marcham pelo Brasil. Ensinam civismo aos Congressistas. Representam-nos ante os que nos deveriam representar. Falam pelos que calam, embora devessem falar. Cobram das instituições o cumprimento de seu dever.

Pare um momento, leitor, e faça uma oração por eles. Agradeça a Deus pedindo que o Senhor guie seus passos. E divulgue o que estão fazendo. Quem puder, esteja com eles em Brasília no dia 27. O Brasil precisa saber que, malgrado a omissão dos omissos, apesar da penumbra que encobre em mistérios e silêncios os bastidores das instituições, há neste país rapazes e moças que iluminam o futuro com suas presenças.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.
 

  • 16 Maio 2015

HONORÁVEIS TERRORISTAS

 

Foi de um leitor que me veio notícia da existência deste trabalho, em forma de slide, fartamente ilustrado e documentado. Suas primeiras palavras são:

 

"Prevalece hoje no País uma versão ideologizada dos acontecimentos da vida republicana brasileira entre 1961 (início do processo de radicalização das esquerdas) e 1985, difundida pela esquerda radical que tentou a tomada do poder nas décadas de 60 e 70, para implantar no país uma Ditadura Comunista. É preciso se opor à versão distorcida dos fatos, em que guerrilheiros e terroristas de ontem pretendem exibir-se hoje travestidos de defensores da democracia". 

Vale a pena acessar:

 

http://pt.slideshare.net/palmasite/honorveis-terroristas

 

  • 14 Maio 2015