• Antônio Augusto Mayer dos Santos
  • 28/01/2020
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PERFIS DECEPCIONANTES

 


  A mediocridade, o servilismo e a inaptidão de determinados agentes públicos e políticos obstruem o correto funcionamento de instituições, oneram severamente o Poder Público e massacram o cotidiano de milhões de brasileiros. A cada semana que passa, renovamos nossas decepções por homens e mulheres remunerados a partir dos esforços da iniciativa privada que fazem da pequenez a marca de suas carreiras e mandatos.

  Diariamente, sem dar trégua, sem tirar férias ou fazer feriados, os meios de comunicação escancaram a torpeza dessas pessoas junto às instituições que integram. A incapacidade de servir com retidão e patriotismo num parlamento, tribunal e numa repartição pública está dentro de cada uma delas, muitas das quais reincidentes no agir contra o país, contra a sociedade e o interesse público. Suas atitudes reprováveis, a par de mesquinhas, são ao Estado Democrático de Direito.

  Rasos, complacentes à estagnação, à violência e à mesmice, desprezando as gerações presentes e as futuras, não demonstram o menor desejo de ajudar o Brasil. Investidos nos seus personagens de poder, atuam contra a Pátria que os remunera. Um país gigantesco, capaz de crescer e expandir, à mercê de mesquinhos que impedem isso. Essas pessoas são destituídas de amor pelo Brasil.

  Isso, contudo, não é uma característica de agora. É coisa velha. Mas é possível atenuar esses perfis decepcionantes. Para obter êxito, dita tarefa, a par de coletiva, exige muita atitude e abnegada vigilância. Votar melhor é essencial. Lotar audiências e sabatinas públicas, inclusive aquelas para o preenchimento das vagas em tribunais superiores pode ser decisivo. Enxotar falsos paradigmas também funciona.

*O autor é Advogado, Professor de Direito Eleitoral e Escritor.