• Alex Pipkin, PhD
  • 23/01/2025
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O valor supremo: liberdade

Alex Pipkin,PhD
 

         Sábado, dia 18 de janeiro de 2025. Porto Alegre aparenta o Senegal. Calor escaldante, deixando-nos “melados”. Sentei-me, confortavelmente, para assistir o filme “Número 24”. Ao meu lado, um copo de refrigerante frisante e gelado… Nos primeiros dez minutos de película, já sentia grande intimidade pela narrativa. Como poderia ser distinto? O filme retrata a resistência norueguesa durante a ocupação nazista na Segunda Guerra e, por óbvio, o valor da “achincalhada” liberdade. Por aqui e acolá.

Rapidamente estabeleci uma conexão emocional com o enredo. São os vínculos de minha herança judia. Pari passu, como em um processo platônico, pensei com meus botões, sobre o valor da liberdade nos sombrios tempos vermelho, verde-amarelos. Evidente que as temáticas são “coisas diferentes” de um mesmo todo: o sectarismo ideológico político e/ou religioso, doentio e assassino, em busca de poder, suas implicações com a liberdade e suas respectivas escolhas morais.

Onde a desumanidade é capaz de chegar? Qual o preço da liberdade que uma sociedade “sadia” está disposta à pagar? “Número 24” mostra com uma clareza sem igual, a luta contra a verdadeira opressão e a desumanidade, e o valor basilar da busca, da perda e da manutenção dos valores democráticos liberais.

Não se aprendeu nada ou quase nada com o passado sangrento, e/ou se perderam, definitivamente, os propósitos morais individuais e coletivos, e/ou realmente de nada vale a razão e a inteligência humana? O filme me fez, instantaneamente, refletir sobre a extrema importância do passado, suas consequências e ensinamentos, que atualmente e de forma nefasta, são amplamente negligenciados. A coragem de noruegueses submetidos ao nazismo, retrata à luta contra a opressão e o real valor da liberdade, especialmente quando essa é jogada com sangue, na lixeira da desumanidade. “Número 24” é um tributo à resistência!

Pois é. 2025 e o antissemitismo anda livre, leve e solto e, como se não bastasse, promovido por sectários da tribo vermelha petista. Onde estamos? No Brasil “progressista” atual! Escárnio! Nessa mesma republiqueta das bananas e do arrozal, nada que seja diferente da mentira escrachada petista, disfarçada de verdade, sob o véu da democracia, da luta contra a opressão e do Estado democrático de direito, pode ser sequer pensado, que dirá pronunciado. O risco iminente de ser perseguido, processado e preso é avassalador. O genuíno discurso de ódio, muito embora eles aleguem sua nobre batalha celestial contra as “fake news”, é oficial do desgoverno petista.

Quem mais não enxerga que esse desgoverno é a maior “fake news” já vista na história desse país? Quem mais já não percebe que esses corruptos e incompetentes, são os maiores promotores de “fake news”, ou como gostam, de desinformação? Em nome da suposta defesa da democracia e do Estado de Direito, a turma do consórcio do mal, acusa e tira a liberdade de indivíduos, sem o devido processo legal. Esse é o real (Des)Estado democrático de direito vermelho, verde-amarelo!

Eles cometem ilegalidades triviais, quase que diariamente, rasgando à Constituição, e tudo isso em nome da novilíngua “democracia”. Semideuses, políticos disfarçados de juízes, trajados com toga preta, distintamente da tinta impressa na Carta Magna, interpretam, fazendo política partidária, e abertamente impõem “exceções”, a fim de prejudicar os inimigos do reino rubro petista.

Em defesa do Estado democrático de direito, eles ceifam a liberdade de “velhinhas terroristas”, mas soltam bandidos assassinos e seus amigos corruptos de colarinho branco. Claro, no avesso, a cor de sangue das manchas é a mesma do partido. Essa turma desalmada do amor, utiliza-se da velha e trivial estratégia da imposição do medo - e de ameaças - para constranger e barrar o livre pensamento e à liberdade de expressão. A intimidação é o nome do jogo sujo vermelho. Vêm-me à mente uma lapidar frase de John Stuart Mill: “Nunca podemos ter certeza de que a opinião que tentamos sufocar é falsa; e se tivéssemos, sufocá-la continuaria sendo um mal”. Bingo.

Como “ainda estamos aqui”, recomendo que assistam o filme “Número 24”. Talvez possam experimentar sensações semelhantes às minhas. E despertar. A falta de liberdades, mais cedo ou mais tarde, bate a porta de todos. Para compreendê-la, fica mais singelo senti-la, em especial, quando realmente se a perde!

“Número 24” atua como uma obra-prima para a reflexão sobre a genuína luta contra os verdadeiros homens e mulheres do mal, anti-liberdades, e um tributo àquilo que devemos fazer: lutar e resistir!