Sílvio Lopes
Que tempos!
Vivemos num tempo que, definitivamente, insiste em esconder e se esconder... da Verdade. No Brasil, então, esse fenômeno sociológico/ linguístico extravasou os limites do que podemos chamar do bom senso. A propósito de Verdade e Mentira, lembremos do que disse Friedrich Wilhelm Nietzsche:
-"O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropoformismos, enfim uma soma de relações humanas que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metais, não mais como moedas".
A desconstrução da verdade é, quem sabe, o fenômeno linguístico que a extrema esquerda brasileira mais se empenhou em produzir em escala industrial. Aliás, essa, ao que consta, é a única utilidade da esquerda verde-amarela. Da sinagoga de satanás em que se tornou o Palácio do Planalto, labaredas de fogo diariamente atingem e incineram um após outro todo e qualquer pulsar da Verdade que ali ainda possa apresentar sinais de vida.
O tempo da Verdade, pelo visto, terminou, ou marcha célere para o cemitério das almas vivas. É o que vaticinava Umberto Eco, numa de suas obras sobre o novo século, o XXI.
As democracias ocidentais que se inspiraram e beberam da sabedoria da Grécia antiga, insistem, com certo estoicismo, na resistência. O inimigo atropela com suas bem articuladas e persuasivas perfídias, ainda assim afeitas a domar mentes incapazes e vazias, portanto, presas fáceis de uma verborragia falsa e demagógica. Assim caminha a humanidade...
Ah, a Verdade! Por onde andas? Por certo jamais pousou na mente insana desses ruidosos falsários esquerdistas. Eles, no fundo, jamais nutrirão qualquer simpatia, mesmo que aparente, por ela. Pelo simples fato de que a Verdade é a cortina que nos desvenda o esplendoroso mundo das liberdades individuais. De ir e vir, de pensar e expressar nossos pensamentos. Coisas essas, impensáveis na cabeça de qualquer tirano esquerdopata, por onde quer que esteja planejando a destruição da Criação divina.
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante.