SUPREMO VENEZUELANO TRANSFERE A MADURO O COMANDO DE TRÊS PARTIDOS OPOSITORES DO REGIME


Human Rights Watch


(Washington, DC) – O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), que é um apêndice do executivo, demonstrou sua total falta de independência ao designar partidários do governo como principais autoridades de três partidos políticos da oposição e do Conselho Nacional Eleitoral”, disse hoje a Human Rights Watch. Com essas ações, ele viola os direitos dos venezuelanos de ter eleições livres e justas e liberdade de associação.

Em 7 de julho de 2020, o TSJ suspendeu a liderança do partido de oposição Voluntad Popular, ao qual pertence o presidente da Assembléia Nacional, Juan Guaidó, e nomeou apoiadores do governo de Nicolás Maduro. O tribunal também decidiu que a nova diretiva poderia usar o nome e o logotipo da Vontade Popular nas próximas eleições parlamentares. Por meio de outras sentenças proferidas em junho, a Suprema Corte também endossou a usurpação de dois outros partidos da oposição, Acción Democrática e Primero Justicia, também designando apoiadores de Maduro em sua diretiva.

"Quando um judiciário que responde a Maduro corta as cabeças de partidos políticos que representam vozes dissidentes, ele viola os direitos de todos os venezuelanos e deixa claro que não há mais sequer uma fachada de processo democrático", disse José Miguel Vivanco, diretor do Américas da Human Rights Watch. "O direito dos venezuelanos de votar nos candidatos de sua escolha exige que haja eleições livres e justas, nas quais todos os partidos e candidatos tenham uma oportunidade razoável de apresentar suas ideias ao eleitorado". (...)

*  Em 09 de julho de 2020

**Leia a íntegra da matéria em https://www.hrw.org/es/news/2020/07/07/venezuela-sentencias-ponen-en-jaque-elecciones-libres-y-justas
 

  • 10 Julho 2020

ESTÁ ABERTO O PERÍODO DE INSCRIÇÃO PARA 4ª EDIÇÃO DO PRÊMIO DA ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS.


A atual edição inclui a categoria “Livro de crônicas”.


Estão abertas de 1 de julho a 21 de agosto as inscrições para a quarta edição do concurso literário da Academia Rio-Grandense de Letras (ARL), que este traz como novidade mais uma categoria, a de melhor livro de crônicas publicados em 2018 ou 2019, que será premiado com o Troféu Apolinário Porto Alegre.

As outras cinco categorias são melhor romance, melhor livro de narrativa curta (conto ou miniconto), melhor livro de poesia, melhor livro de literatura infantil e melhor tese ou dissertação sobre literatura gaúcha. Todas de autores sul-rio-grandenses e obras em primeira edição.

O PRÊMIO ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS, conferido anualmente, tem como objetivo destacar autores gaúchos que tenham obra consistente e de qualidade no cenário nacional, assim como promover a crítica literária sobre a literatura gaúcha.

O vencedor do prêmio de melhor livro de narrativa ficcional curta (conto ou miniconto) publicado em 2019, em primeira edição, receberá o Troféu Simões Lopes Neto. E o de melhor romance publicado em 2019, também em primeira edição, será premiado com o Troféu Alcides Maya. Será concedido o Troféu Carlos Urbim ao melhor livro de literatura infantil, independente de gênero, de autor sul-riograndense publicado em 2019, em primeira edição. O melhor livro de poesia publicado no ano de 2019, em primeira edição, receberá o Troféu Alceu Wamosy. E para a melhor tese ou dissertação sobre literatura gaúcha em nível de mestrado ou de doutorado, que tenha como tema a obra de um autor sul-rio-grandense ou um texto literário escrito por autor do Estado (que tenha sido defendida nos anos de 2018 e 2019 em qualquer instituição de ensino superior do país), será entregue o Troféu Dyonélio Machado.

Na data da entrega dos prêmios, a ARL concederá o Troféu Academia Rio-Grandense de Letras - Escritor do Ano a um escritor ou escritora cuja obra seja reconhecida pela qualidade e amplitude, independente de gênero literário a que se dedique. Nas edições passadas foram homenageados Maria Carpi, Luis Fernando Verissimo e Armindo Trevisan.

O regulamento completo do Prêmio pode ser acessado no site da ARL: http://arl.org.br/content/index.php?link=noticias&page=regulamento-do-premio-academia-riograndense-de-letras-2020&id=306
 

  • 02 Julho 2020


O CASO LACOMBE É ESPELHO DA REALIDADE BRASILEIRA

Percival Puggina

Leio no site da IstoÉ:

Um ano após sua estreia, o programa ‘Aqui na Band‘ sofreu uma grande intervenção da direção da emissora e será totalmente reformulado. Além disso, os apresentadores Luís Ernesto Lacombe e Nathália Batista, e o diretor-geral Vildomar Batista, foram afastados. As informações foram divulgadas pelo Notícias da TV.

O site informa também que profissionais da produção devem ser demitidos ainda nesta quinta-feira (25). No horário do programa, serão exibidas reprises. Mariana Godoy, que foi contratada recentemente, e um novo apresentador devem assumir a atração na próxima ou na outra semana, já com o programa reformulado.

Ainda segundo o Notícias da TV, a intervenção se deve após uma briga interna da área de Entretenimento com o Jornalismo, por conta de pautas tendenciosas a favor do presidente Jair Bolsonaro, com direito a três importantes diretores da emissora terem travado uma guerra nos bastidores por conta de pautas conservadoras do ‘Aqui na Band’.

A crise ganhou um novo capítulo nesta semana, quando foi ao ar um debate envolvendo o blogueiro Allan dos Santos, que é investigado pela Polícia Federal por disseminação de fake news. (1)

 

COMENTO

 No programa que deu causa à demissão (2), com a participação de Allan dos Santos, Flavio Morgenstern, Alexandre Garcia e Marcus Vinicius Freitas, foi posto em debate o tema do conservadorismo. Pronto! Revolução na cozinha e revolta na cobertura. Quem pode suportar um programa em que participem tais pessoas, mormente com “pautas tendenciosas a favor do presidente Jair Bolsonaro”, falando em “onda conservadora”?

Há coisas que a grande mídia brasileira totalmente engajada no" politicamente correto" do falso progressismo não tolera. Uma delas é a opinião dos conservadores. Durante décadas trabalharam contra ela em todos os níveis por onde pudesse andar a comunicação social. Feito isso, passaram a implantar o seu ideário, que vai desde a confusão da sexualidade infantil com ideologia de gênero até a destruição gradual da liberdade individual. O problema de Bolsonaro com a imprensa tem pouco a ver com o fato de ser ele presidente da República, mas com ser ele a pessoa que tirou o conservadorismo do armário e ameaça um trabalho psicossocial cuidadoso minucioso e abrangente que levou décadas para apresentar resultado.

 

(1) https://istoe.com.br/programa-aqui-na-band-sofre-intervencao-e-apresentadores-sao-afastados/

(2) Íntegra do excelente programa aqui. https://www.youtube.com/watch?v=m9F8I-DMrdI

  

  • 27 Junho 2020

SERÁ QUE VAI TER GOLPE?

Fernão Lara Mesquita

Extraído do artigo publicado no Estadão, jornal do qual o autor é diretor, anteontem,16 de junho. A íntegra do artigo pode ser lida aqui: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,sera-que-vai-ter-golpe,70003334333

Todo mundo tem o direito de desejar o fechamento do Congresso, do Supremo e do que mais quiser e de expressar esse desejo. Só é proibido agir para isso com o uso de força, o que está totalmente fora do alcance do portador de cartazes em manifestações ou de quem bate palmas para eles. O STF agir contra essas pessoas, isso sim, está expressamente proibido por lei. Quando é o STF que viola a lei tem-se, de saída, uma afronta institucionalizada contra o estado de direito. Mas quando ele passa a agir sem provocação o estado de direito é literalmente aniquilado. Quando passa por cima das condições dentro das quais é lícito acionar contra alguém a arma mais forte do sistema nenhum outro direito do cidadão permanece em pé.

Há 15 meses o sr. Dias Toffoli, monocraticamente, instalou o vale-tudo ao censurar uma revista por expor seus podres. Subverteu, com isso, todas as condições dentro das quais a arma do STF pode ser acionada. E fez jurisprudência. Desde então cada ministro “ofendido” por um “pecador em palavras” está autorizado a agir para “fazer justiça” com as próprias mãos sucessivamente como polícia, como promotor e como juiz da própria causa. Não é preciso lei nem figura do Código Penal que defina a ofensa. Nem denúncia pelo Ministério Público, nem endereçamento ao tribunal definido pela lei, nem sorteio de juiz, nem indiciamento, nem defesa para os acusados.
De que outra ditadura têm medo, então, os nossos alarmados defensores do “estado democrático de direito”?

 Obs: Disse tudo!

  • 18 Junho 2020

MORO REJEITADO PELOS FARSANTES DO PRÓ-DEMOCRACIA

Percival Puggina

Leio no site O Antagonista

A torcida organizada da ORCRIM lulista tomou conta dos manifestos pela democracia e tenta impedir a adesão de Sergio Moro.
Ele falou sobre isso à Folha de S. Paulo:
“Há uma incompreensão do que foi a Operação Lava Jato, um caso judicial de investigação de corrupção. Há pessoas que ficam ressentidas porque alguns de seus ídolos políticos foram atingidos. Assim como atingiu o ex-presidente Lula, atingiu o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. As pessoas foram processadas pelo crime de corrupção, que não tem nada de democrático (…).

 

COMENTO

 Não há necessidade nem mesmo de ser bem informado. Basta não ser mal intencionado para saber que a tal mobilização por Democracia usa a palavra como um adereço, ou como uma tatuagem em braço volumoso de anabolizantes. Aquela moçada seria incapaz de escrever duas frases concatenadas sobre o que seja democracia.

 No entanto, há um enorme empenho da mídia militante em impulsionar às ruas os opositores do governo para sugerir uma equivalência dos antagonismos. No entanto, quem comprar por democrata aquela turma de black blocs quebrando vitrina, incendiando contêineres, entrada de metrô, perdeu o senso, como diria o poeta Olavo Bilac, e deve andar por aí ouvindo estrelas, se bem me faço entender.

 Pois foi nesse devaneio das estrelas da ORCRIM que entrou o ex-ministro Sérgio Moro, talvez aconselhado por seus amigos da Folha. Não sendo bem recebido, pelo que se lê na matéria, deve ter desistido.
 

  • 07 Junho 2020

CENTO E SEIS REGRAS “A FAVOR” DA LIBERDADE

Percival Puggina

 

 Tudo indica que o senador Alessandro Vieira (CIDADANIA/SE), conseguirá aprovar seu projeto de lei nº 2630, de 2020, instituindo a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

 É sabido que a esquerda não conseguiu manter, no terreno da Internet e suas redes sociais, a hegemonia que mantém e preserva no campo cultural. Portanto, controlar o território adversário é uma alternativa estratégica importante, notadamente ao se avizinhar uma campanha eleitoral. Os sintomas da aprovação do projeto são assustadores e reais.

• O avulso inicial da matéria, segundo o site do Senado Federal, é do dia 15 de maio.

• O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já avisou que levará a matéria à votação no dia 5 de junho.

• De regra quase geral, autores de projetos só se empenham pela sua inclusão em pauta quando têm certeza da aprovação.

• Com a vida em ritmo de Covid-19, um lapso de 20 dias entre apresentação do projeto e deliberação pelo plenário é evidência de que está tudo sob controle para que ele vire lei federal.

Embora o nome do projeto use três palavras “politicamente corretas” é sabido que elas costumam ser politicamente abusadas. E é exatamente isso que sugere o pacotaço de preceitos que passará a reger a Internet no Brasil. Você poderá ler seu texto inicial aqui. Se o fizer, terá de se haver com 12 páginas nas quais se engalfinham 31 artigos contendo 106 preceitos e 6 remissões. Mas saiba: é tudo pela liberdade, responsabilidade e transparência. É tudo para que você se sinta seguro como um bebê na sua cadeirinha deixando que gente grande decida o que você terá em suas mãos.

 

  • 31 Maio 2020