Percival Puggina
Ontem (18/11), com alegria, assisti a um vídeo de Olavo de Carvalho, aspecto saudável, falando desde sua casa nos EUA, no seio de sua família e festejado por seus cães. Guru de muita gente boa, chicote de intelectuais pomposos, algoz de invejosos, nocauteador de esquerdistas, Olavo é o responsável direto pela derrota da esquerda no território das redes sociais e influenciou fortemente o resultado eleitoral de 2018.
Milhares de brasileiros de todas as idades aprendem com ele a amar a filosofia. Exigidos pelo momento histórico, vão à política e à produção textual, tornam-se youtubers, formadores de opinião, cronistas, editores, professores de seus próprios cursos. Discípulos dele têm legiões de seguidores.
Seu retorno aumenta minha esperança quando vejo renascer o movimento conservador no Brasil. A volta dos encontros presenciais, que se multiplicam pelo país, mostra o conservadorismo olhando para o próprio futuro na história. É preciso reconquistar o Brasil, reformatar a cultura e a inteligência nacional.
Amar Olavo é amar o bem que ele faz no atacado e reconhecer sua genialidade e seu pioneirismo numa época insana que, por deferência dele, tantas vezes contemplamos juntos.
Percival Puggina
Quando eu supunha estarem esgotadas as novidades científicas sobre a covid-19, eis que fora das páginas da Nature, da Science e da The Lancet, o Brasil faz a mais nova descoberta sobre o vírus.
Há dois anos convivemos com a meleca do álcool em gel e com o sufoco das máscaras. Tapetes desinfetantes, sapatilhas propé, medidores de temperatura entraram em nossa rotina. Amassamos sofás por conta do fique em casa e do não trabalhe. Milhões perderam emprego, que a economia a gente vê depois. Provocamos o retorno da inflação de preços. Ouvimos desaforos de jornalistas ignorantes que chamam vacina experimental e emergencial de “imunizante”.
Tudo para que, no final das contas, o Brasil, governadores, prefeitos e os grandes grupos de comunicação descubram que o maldito vírus não gosta de folia.
A descoberta é nossa! Ninguém tasque porque essa vimos primeiro. O maldito vírus, que bom sujeito não é, não tem samba no pé, não vai atrás do trio elétrico e não se esbalda no salão.
Sabendo disso, vamos abrir nossos aeroportos, hotéis, ruas e salões para turistas oriundos de países que nos fecharam suas portas. O brasileiro, “bonzinho” como dizia a comediante norte-americana Kate Lyra, não guarda mágoas e logo esquecerá as maldades contra ele praticadas.
Uma perguntinha de profundo interesse “científico” fica no ar. Para onde irá o vírus nesses dias de folguedos? Nem a Globo, nem os universitários souberam me responder. Faço este esclarecimento prévio para não ser denunciado por charlatanismo. Meu palpite é que o vírus, dado seu caráter não burlesco, vá fazer um retiro espiritual em ambiente que reconheça: todos com máscara, álcool em gel, distanciamento.
Certas coisas, no Brasil são tão ridículas e certas pessoas tão hipócritas, tão presunçosas a respeito de sua influência, que não há como levar a sério o que dizem ou fazem. Eu não levo.
Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Percival Puggina
A amiga Zoé Martinez, cubana que vive no Brasil, em live desta terça-feira, informou que o previsível ocorreu. O aparelho policial do estado comunista adiantou-se aos militantes pela liberdade, nesta mobilização programada pelo grupo dissidente Archipelago, segundo me informei em Cubanet. Numa articulação de grupos milicianos e policiais, a máquina repressora reteve as pessoas em suas casas, impedindo-as de se concentrarem e se movimentarem. Muita gente presa, internet cortada, transporte indisponível.
Os cubanos que moram em São Paulo foram para frente do consulado de Cuba, realizar ali um evento local pela liberdade do povo da ilha. Quando chegaram, encontraram a área ocupada por militantes do MTST e outros grupos de esquerda, que os recebem com a “cortesia” de paus e pedras que caracteriza a esquerda fascista.
Perceba, leitor, em Cuba, a manifestação popular por liberdade virou uma demonstração do poder repressivo do Partido Comunista de Cuba em seu papel constitucional de “força máxima dirigente da sociedade e do estado”. Aqui no Brasil, brasileiros protegem a representação diplomática de Cuba e se manifestam contra os que clamam pela liberdade daquele povo após 62 anos de miséria e servidão.
Contou Zoé em sua live, que quando os cubanos de verdade perguntavam aos brasileiros que ocupavam o espaço onde iriam se manifestar por que não iam eles mesmos para Cuba já que achavam tão bom o regime de lá, estes respondiam que iriam fazer uma Cuba aqui no Brasil.
Olha o projeto desses sem noção...
Percival Puggina
Em certas circunstâncias, o desencarceramento de presos políticos visa a difundir uma falsa política de tolerância. Cuba fornece periódicos exemplos. Sempre que um Papa visita a Ilha, a ditadura comunista liberta um lote de presos (lembre-se de que lá as penas mais comuns por atos contra o regime oscilam entre 20 e 30 anos).
Foi assim em 1998. Antes de João Paulo II chegar, Fidel libertou 300 detidos, dentre os quais 101 eram presos políticos. Foi assim em 2012. Na visita de Bento XVI, cerca de três mil pessoas receberam indulto. Foi assim em 2015. Quando Francisco andou por lá, Raúl Castro indultou 3,5 mil, mas anunciou que nenhum condenado por “crimes contra a segurança do Estado” seria posto em liberdade. Durante o governo Obama, no contexto das negociações para restabelecer relações diplomáticas, o regime soltou mais um lote de 53 presos políticos.
Acompanhando como faço habitualmente as ocorrências naquele país, que vejo como uma sala de aula para o Brasil, sempre me perguntei: “Se podiam soltar aquelas pessoas, por que as mantinham presas?”. A pergunta é racional e a única resposta possível fere toda consciência bem formada: prenderam-nas porque as podiam prender; soltaram-nas porque as podiam soltar. E a injustiça, posta em tal relevo, fere a humanidade.
Entendi a soltura do deputado federal Daniel Silveira na perspectiva do mesmo voluntarismo. Porém, nas circunstâncias descritas, é preferível ao preso político ser objeto da generosidade do Estado em Cuba do que no Brasil. O parlamentar brasileiro foi para casa como uma não pessoa, um não cidadão, um não deputado com mandato, mas quem se importa? Aplicaram-lhe uma focinheira. Nem mesmo sinais ele pode fazer.
Seus pares que homologaram sua prisão, o Procurador Geral da República, os ministros do STF que fizeram a mesma coisa, talvez não percebam, mas transformaram um deputado de apenas 32 mil votos numa liderança de porte nacional. Todo excesso é uma forma de overdose e faz mal.
Percival Puggina
Entre os dias 13 e 15 deste mês estarei em Florianópolis, participando do 2º Congresso Conservador, promovido pelo Vem Pra Direita Floripa, com o tema Liberdade e Democracia.
É um dado da realidade: se queremos que o conservadorismo seja uma força que reoriente a política e o Estado brasileiro segundo Verdades que libertem, Princípios que, de fato, não nos envergonhem e Valores que efetivamente valham, então precisamos nos encontrar.
Congressos de conservadores cumprem esse papel. Eles promovem o conhecimento e o reconhecimento, formam consensos, criam unidade, geram o dinamismo necessário ao movimento. E o movimento é essencial à política em qualquer de suas múltiplas dimensões.
Às 16 horas do dia 14 participarei do painel Nova Ordem Mundial e Guerra Cultural, na companhia de Ernesto Araújo e Alessandro Loiola.
Colha informações, aqui: https://www.even3.com.br/2congressoconservador/ .
Eventos como este são ainda mais importantes quando em nosso país as instituições falam muito em democracia, sem corrigir os terríveis defeitos da nossa, e muito pouco em liberdade, aliás, agem intensamente contra ela.
Carta de um amigo cubano
Nota do Editor: Esta carta já reflete o mal do totalitarismo comunista em Cuba pelo simples fato de eu não poder, aqui no Brasil, registrar o nome do autor porque, se o fizer, ele arcará com as consequências.
Amigos, faltam apenas 10 dias para a Marcha Cívica pela Mudança que será realizada em diferentes cidades de Cuba na segunda-feira, 15 de novembro de 2021. A manifestação contará com grande apoio internacional, incluindo a celebração da Marcha em diferentes cidades ao redor do mundo, onde os cubanos caminharão em apoio ao povo da ilha.
Há muitos dias, a ditadura está fazendo o possível para evitar a Marcha Cívica, pois, como sabemos, teme participação muito maior do que a do 11J (11 de julho).
Estão assustados, e muito. A exemplo do que fizeram antes, negaram-se a autorizar a Marcha conforme solicitado pelos organizadores, apesar de esse tipo de expressão pacífica estar incluído na nova Constituição.
Em 11J, as violações dos direitos humanos elevaram o número de políticos presos. No presente momento, são 683 sofrendo maus tratos nas prisões, incluindo tortura de homens, mulheres e até mesmo menores. O Estado ameaça os organizadores de prisão e deportações, e de apelar, mais uma vez, à violência face os manifestantes reativando os paramilitares Grupos de Resposta Rápida nos centros de trabalho, nos centros de estudantes e nos CDRs (Comitês de Defesa da Revolução).
Coincidindo com a data, e cobrindo todo o período de 15 a 21 de novembro, lançaram grandes celebrações festivas, desportivas e culturais aproveitando a celebração dos 502 anos da cidade de Havana, bem como estenderam para toda a semana, o Dia da Defesa... Se necessário o Estado tem outras opções para intervir mediante infiltrados dentro da marcha, por meio da polícia, dos militares e até mesmo de tropas de choque para agressão agressão direta contra o povo.
O governo de Cuba deve lembrar que sua alardeada propaganda de que “representa o povo cubano” se enfraqueceu. O ocorrido no dia 11J provocou rejeição de muitos governos do mundo, principalmente da América, da Europa e de importantes Organizações Internacionais de Direitos Humanos. Todos estão observando atentamente o que acontecerá em 15 de novembro em Cuba.
Apesar da repressão, a Marcha Cívica será um sucesso. O povo cubano cansou de enfrentar tanta repressão, miséria e fome. Está está sem democracia há 63 anos!
Passo a passo, alcançaremos a democracia em Cuba.
Cuba Sí, Dictadura NO
Pátria y Vida
La patria pertenece a todos los cubanos
* Tradução do editor