• 14/12/2018
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JUSTIÇA ELEITORAL CUSTA r$ 5,5 BILHÕES/ANO

 

Leio na Folha de Londrina

 

A diplomação do presidente eleito, nesta segunda (10), encerrando o ciclo eleitoral de 2018, deveria marcar também a dissolução do órgão público que organizou a disputa, como acontece em todo o mundo que respeita o sacrifício do pagador de impostos. Não é o caso do Brasil, onde o órgão criado para organizar eleição ganhou caráter permanente e o nome de "Justiça Eleitoral". Essa invenção jabuticaba custa R $5,5 bilhões anuais e sustenta 35.371 servidores até em ano sem eleição.

 

Na Brasília carente de hospitais, a sede do TSE custou quase meio bilhão de reais, onde sete ministros trabalham às terças e quintas. À noite.

 

No ano sem eleição de 2019, os salários da Justiça Eleitoral custarão ao cidadão brasileiro mais de R$ 5 bilhões, 89,8% dos gastos totais.

 

Ministro do TSE tem o próprio gabinete no tribunal de origem ou na sua banca. Mas na sede do TSE tem outro, de 150 metros quadrados.


COMENTO


Observe o estranho prédio que ilustra este comentário. Sua originalidade consiste na ausência de ângulos retos, ausentes até mesmo das fachadas laterais. Suas duas extremidades são formadas pelo encontro das fachadas em ângulo agudo... Vistos pelo interior, ângulos desse tipo formam espaços inaproveitáveis e ambientalmente desagradáveis.
Seu custo, seus gabinetes de 150 metros quadrados, são tão simbólicos da visão de Estado que patrocinou a criação de Brasília por um arquiteto comunista, quanto pelo modo como a elite do poder de Estado no Brasil costuma ver a si mesma. Prédios assim, gabinetes desse padrão, quadros funcionais tão numerosos são simultaneamente sintoma e explicação para muitos de nossos problemas.


Essa mesma justiça eleitoral, consumidora de R$ 5,5 bilhão por ano sem eleição alegou não dispor de R$ 2,2 bilhões que – assim foi dito – teriam sido necessários para que as urnas eletrônicas imprimissem os votos nelas registrados. Esse simples procedimento sanearia as dúvidas que persistem sobre sua confiabilidade e permitiria a indispensável recontagem, sempre que necessária.