Alex Pipkin, PhD
Eu costumo dizer que os homens - e as mulheres - não são perfeitos?, e tampouco serão, a imperfeição faz parte da natureza humana.
Claro que há mulheres que espelham a perfeição, mas o mundo nunca será o reino celestial que muitos dogmatizam.
?Aliás, sempre que homens de Estado, intelectuais, “especialistas” e, evidente, jovens idealistas e inexperientes pregaram as utopias revolucionárias do paraíso na terra, os resultados foram nefastos: a guerra, o sangue, as mortes, a miséria e a pobreza, e a perda das liberdades individuais.
A quimera da felicidade irrestrita do coletivo, inquestionavelmente resulta na eliminação da agência individual, ou seja, na perda do livre arbítrio do indivíduo, algo por demais precioso.
Essa conhecida turma dos devaneios da plenitude coletiva, quase sempre está acastelada em suas torres de marfim, e/ou possui a massa do sangue contaminada - raivosa - pela bílis da inveja e do rancor, não tendo “tempo e incentivos” para realizar como a vida cotidiana, em todos os seus campos, acontece factualmente.
?O grande Dostoievski argumentou que as utopias eram, por definição, incompatíveis com a natureza humana, e distintamente do que queriam e/ou imaginavam os “bondosos” utópicos, achava que as pessoas preferem ser livres em um mundo imperfeito do que não livres em um mundo perfeito.
Sim, o ótimo é inimigo do bom, e a lógica da realidade nos impede de acreditar no inverossímil.
No Brasil de hoje, no entanto, parte da população crê no inacreditável, e muitos estão contaminados, tristemente, pela Síndrome de Estocolmo.
Alguns nativos da terra do pau brasil veneram o estilo “rouba mas faz”, numa espécie de Robin Hood latino-americano. Não é para menos, com uma mídia partidária distorcendo a realidade sete dias por semana, durante as vinte e quatro horas do dia, não surpreende que muitos incautos sejam presas fáceis.
Penso que o presidente Bolsonaro, eleito democraticamente por milhões de brasileiros, não seja um “estadista”, na verdade, ele está muito longe do ideal. Mas quem é perfeito?
A despeito de sua metralhadora matraqueira, sua eleição constituiu-se num divisor de águas para o país, indo de encontro à utopia coletivizante que se instalou em praticamente todas as instituições nacionais. Essa gestação vem de longa data.
O presidente, desde seu primeiro dia de governo, tem sido atacado e boicotado por todos os lados, como nunca antes se viu nesse país, o que inegavelmente prejudicou sua gestão. Basta analisar o currículo dos semideuses de grande parte da “Suprema Corte”.
Eu mesmo nutri inimizades com gente que, a meu juízo, de forma míope, só enxergava os defeitos do presidente, criticando-o ininterruptamente, porém, jogando para debaixo do tapete os avanços obtidos por sua equipe de governo.
Sim, eu também fiz minhas críticas, mas alcançou-se a reforma da previdência, sanearam-se as estatais, iniciaram-se as privatizações, concluíram-se obras públicas começadas e não terminadas, acabou-se de alguma forma com a farra com o dinheiro público, e se deu fim a corrupção institucionalizada.
E aí veio a pandemia do coronavírus, quando a turma da bondade suprema, da utópica visão do “100% vidas”, decretou a virtude do “fecha tudo, é para o seu bem” e a economia a gente vê depois…
Por meio de um malabarismo jurídico vexatório e imoral, o ministro marxista-leninista do STF, Fachin, partidário dos ideias utópicos da perfeição na terra, “descondenou” o mediante Luís Inácio da Silva.
Pois o demiurgo de Garanhuns e seus comparsas, abertamente, afirmam que desejam implantar o “igualitário” socialismo por nossas bandas.
Uma vez que não há como conciliar igualdade com liberdade, sem dúvida, chegaríamos na ditadura do proletariado (das elites podres, objetivamente), com a eliminação das liberdades individuais (por exemplo, regulação da mídia), e a volta da farra incompetente e irresponsável com o dinheiro público (extinção do teto de gastos e criação de programas sociais irreais), sem falar daquilo que essa trupe adora e sabe fazer bem: corrupção.
Logo ali adiante terá que se decidir: pela realidade possível de um governo imperfeito, que apesar dos pesares - e quem desconhece? - tem suas iniciativas focadas nos interesses populares, vide redução de impostos, ou no engodo da utopia da igualdade, da felicidade total no paraíso terreno, da suposta perfeição, mas que, de fato, sempre acaba em falta de liberdades, em mortes, em sangue, em miséria, em pobreza e em fome. É só mirar ao redor.
Para quem busca respostas pragmáticas, embasadas na realidade, ao invés de fantasias, de utopias e de sonhos irrealizáveis, a decisão é singela.