• Alex Pipkin, PhD
  • 16/09/2024
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Os progressistas do atraso


Alex Pipin, PhD

Estou a “um passo” dos 60.

Lembro que na minha juventude, ser de esquerda, era considerado ser um cara idealista, inteligente, descolado e rebelde - com causa. Conservadores eram caretas e retrógados. Os feios. Esquerdistas eram os de mente aberta.
Ser de esquerda era ser “justo” contra a exploração e à opressão imposta pelos poderosos do sistema - capitalista.

Era um idealista quem enxergava a necessidade de se lutar pela “justiça social” e pela - impossível - igualdade. Pregava-se, idealmente, as liberdades individuais e o respeito à dignidade das pessoas.

Havia, penso eu, uma mistura de idealismo, de rebeldia, de sentimentos genuínos, e uma dose de ingenuidade quanto à vida como ela é. É verdade que eles se achavam melhores do que os “não esquerdistas”, mas não existia o presente ódio e divisionismo quanto aos hoje “inimigos do outro lado”.

O mundo e a vida, transformaram-se. Claro que a vida ensina, e cobra. Justamente por isso é que existem vários exemplos de migração de “esquerdistas iludidos” para à direita. Direita e esquerda não são termos adequados; utilizo-os para simplificar. No entanto, você que me lê, já presenciou o contrário? Provavelmente, não. Raramente.

Sentimentos “esquerdistas” eram, imagino, legítimos. O tempo verbal é autoexplicativo. Atualmente, a essência da “preocupação com os outros”, transparentemente, desapareceu.

Não acredito que deixará de existir o triste e contraproducente tribalismo ideológico, daqueles que se consideram moralmente superiores, e que ainda se agarram, com unhas e dentes, nas utopias marxistas, desejando a coletivização total de nossas vidas.

Hoje, essa esquerda que aí se encontra, luta mesmo por um único objetivo. Custe o que custar, pelo seu projeto de poder. Desafortunadamente, grande parte da juventude, continua sendo doutrinada por marxistas de carteirinha, verdadeiros idiotas úteis de uma deselite pilantra, que só pensa nos seus próprios umbigos e em seus interesses espúrios, individuais e/ou tribais.

Não importa que eles não tenham, comprovadamente, competência para governar e fazer acontecer, que eles corrompam e roubem, que eles defendam terroristas, que se alinhem a sanguinários religiosos do Irã, e/ou ditadores ideológicos, como Maduro, na Venezuela, que eles tirem o dinheiro do suado “trabalho dos trabalhadores”, via tributação escorchante de tudo e de todos, que eles defendam à censura e o autoritarismo, que advoguem pela bandidagem (vítimas da sociedade) e pela impunidade, enfim, que eles façam o que, ao cabo, sempre fazem: hipotequem o futuro de nossas gerações.

Da boca para fora eles, retoricamente, querem derrubar o capitalismo - à economia de mercado, que desconhecem o que factualmente significa e produz. Por óbvio, fora o capitalismo, viva o decrescimento - para os outros! Eles pretendem continuar gozando dos privilégios e das benesses que só o capitalismo de verdade é capaz de engendrar e entregar.

Sinteticamente, eles desejam eliminar a galinha que produz os ovos que alimentam a todos. Querem que aqueles que produzem deem àqueles que não produzem. Desejam abolir e expropriar a propriedade privada.

Que tristeza! Os mancebos idealistas são cegos que veem, mas não enxergam. Não importam os males reais que eles praticam, e que todos conhecem e enxergam.

O tribalismo coletivista é risível, sentimental, porém, destruidor! Os coletivistas são populistas incompetentes, que não sabem administrar, governar, e prover, de fato, um desenvolvimento sustentável e o bem comum.

O que essa deselite “progressista do atraso” deseja, é uma igualdade - repito, impossível - de todos, na pobreza. Evidente, exceto para ela própria. São os benevolentes, apologistas do socialmente iguais, com o trabalho e o dinheiro dos outros.

O grande Roberto Campos afirmou que “o mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes”.

Alguma dúvida de que os “progressistas do atraso” não sabem governar e fazer - exceto corromper - o que deve ser feito?