1. Os representantes de Dilma na comissão especial do Senado que analisa o impeachment adotaram a tática de quanto mais retardar a votação final melhor. Contam reverter votos de senadores ou fatos novos que possam desmoralizar o presidente Temer. Essa é uma tática suicida.
2. Temer governa como presidente efetivo olhando os dois anos e meio que tem à frente. Com isso, aprova leis, aplica políticas, introduz ações, reconstrói a máquina federal, os cargos em todos os escalões e empresas, redireciona a execução orçamentária...
3. Estabelece-se cada dia mais o consenso que a equipe econômico-financeira –liberal- de Temer é uma esperança das coisas mudarem. Mesmo setores de centro e centro-esquerda têm essa percepção. Nesse sentido, o governo Temer –por enquanto- não tem oposição "interna", seja política, seja social.
4. A oposição de fato se dedica a denunciar um suposto "golpe", se organiza e se mobiliza em função disso. Ou seja, a oposição de fato radicalizou à esquerda sua postura. Com isso, ela se torna antípoda às medidas e ações do governo Temer.
5. Ou de outra forma: a hipótese do retorno de Dilma – com a base que lhe dá sustentação no PT, PCdoB, CUT, MST, et caterva e suas palavras de ordem - cria a certeza que aquele hipotético retorno de Dilma significará uma implosão da situação atual: remudarão tudo. Ou seja, o poço das crises política, econômica, social será muito mais profundo que hoje. Será como a ação de uma perfuradora de poços de petróleo do pré-sal.
6. Esse é um quadro que apavora as empresas, os investidores internacionais, os desempregados, os governos estaduais e municipais, os governos que interagem com o Brasil, os empregados, os sindicatos fora da CUT/MST. Essa percepção crítica chega a cada dia mais e mais aos Senadores que votarão o impeachment em 2 meses ou pouco menos.
Pesquisa e Edição: JCM do Ex-Blog do Cesar Maia , 06.07.16