Mexeu com Lula, mexeu com eles...

GRUPO DE INTELECTUAIS CRIA COMITÊ PARA DENUNCIAR PERSEGUIÇÕES JUDICIAIS A LULA

(Tribuna da Internet, com conteúdo de Thais Bilenky, Folha)

 

O diplomata Paulo Sergio Pinheiro, o escritor Fernando Morais e o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, entre outros apoiadores, anunciaram a criação de um observatório para acompanhar os processos contra Luiz Inacio Lula da Silva.

O objetivo é acompanhar o que chamaram de “deslegitimação” de sua figura como ex-presidente da República e “líder de expressão global”.

Em encontro na noite desta segunda-feira (31), na casa de Morais, em São Paulo, com quase 90 pessoas, na presença de Lula, eles criticaram ações “espetaculosas” da Operação Lava Jato.

FORMA DE TRATAMENTO – “Há enorme preocupação com a forma de tratamento que Lula tem recebido”, afirmou Pinheiro, citando o vazamento de escutas em conversas telefônicas não autorizadas e a coerção “espetaculosa”.

“Queremos estar alertas ao que possa vir a acontecer”, completou ao responder se vê possibilidade de ele ser preso.

Morais disse que a “perseguição política” a Lula se insere em um “golpe do século 21” que só se completará com a sua inabilitação política para a disputa presidencial de 2018.

“Não é necessário prendê-lo. Basta que ele se torne ficha suja”, interpretou o escritor.
 

  • 01 Novembro 2016

 

NAS ESCOLAS TOMADAS NO PR, UMA GUERRA POLÍTICA
Pablo Pereira, Enviado especial do Estadão

 

(Publicado originalmente no Estadão, 29/10/2016

 

CURITIBA - O clima de radicalização política entre grupos favoráveis à ocupação de escolas por estudantes secundaristas do Paraná e militantes do Movimento Brasil Livre (MBL), contrário à tomada dos colégios, se agravou durante a semana passada em Curitiba. Os dois lados passaram a disputar espaço “no braço”.

Para o professor Hermes Silva Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o acirramento das tensões políticas na área da Educação “é um reflexo do processo político polarizado que vivemos no País”. Segundo o sindicalista, “no Paraná isso está se agravando diante da tentativa de setores do governo de dar voz a grupos como o Desocupa Paraná, que quer criminalizar o movimento dos secundaristas”.

Para o MBL, que organiza o “Desocupa”, a conversa é outra. Nas mobilizações via Facebook e nas manifestações diante das escolas tomadas, integrantes gritam que o APP-Sindicato estaria “usando alunos como massa de manobra” para a sustentação da greve de professores, que começou no último dia 17 no Estado.

Nos cercos aos colégios, o ex-candidato a vereador pelo PSC Eder Borges, que obteve cerca de 4 mil votos, mas não se elegeu na última eleição, acusou os sindicalistas de promoverem as ocupações como apoio à greve. Os professores reivindicam reposição salarial e a retirada pelo governo do desconto e falta pelo dia 29 de abril, quando fizeram um protesto para marcar a data do confronto com a Polícia Militar que deixou dezenas de feridos, em 2015.
‘Baderneiros’. Nesta semana, o Desocupa Paraná mirou principalmente as escolas mais centrais da capital, depois de terem se reunido com representantes do governo no final de semana para reclamar de “morosidade” do Palácio Iguaçu no caso.

Com pais contrários às ocupações convocados via rede social, o MBL percorreu os colégios com manifestantes gritando palavras de ordem contra o APP-Sindicato e acusando os estudantes de “baderneiros” e “comunistas”. Eles ainda defendiam a volta imediata às aulas. Um dos principais alvos do grupo foi o Colégio Estadual Pedro Macedo, no bairro Portão.

Tensão. Os nervos ficavam à flor da pele quando esses grupos passaram a “tocar o terror” durante a noite nas ocupações. A cada cerco, alunos e integrantes das invasões que dormiam nos colégios corriam para convocar, via WhatsApp, o apoio de pais, professores e de militantes de partidos de esquerda, além dos voluntários universitários e ativistas de diversas correntes políticas - entre eles, os anarquistas e outros grupos libertários -, que se dizem solidários ao protesto.

“Agora eles estão ameaçando os meninos lá na frente do Pedro Macedo e do (Colégio Estadual) Lysímaco”, dizia um rapaz que se identificou como universitário e alertava colegas no pátio do Colégio Estadual do Paraná, o QG do movimento, já na chuvosa noite de segunda-feira.

À tarde, a notícia da morte do estudante Lucas Mota, de 16 anos, esfaqueado no interior da Escola Estadual Santa Felicidade, na zona norte da capital, chocara professores e lideranças dos estudantes e elevara a tensão e o medo dos confrontos e da convivência dos estudantes nas escolas fechadas.

A polícia disse que o crime, pelo qual foi detido um colega de Lucas, de 17 anos, não teria relação com o movimento dos secundaristas. Mas a afirmação do delegado Fabio Amaro, da Delegacia de Homicídios, de que a briga teria sido motivada por uso de drogas no interior da escola terminou por colocar ainda mais lenha na fogueira. Um professor, que estava no local acalmando os alunos, considerou “absurdo” o cerco às escolas. “A mobilização é um avanço dos estudantes do Paraná”, disse.

Na correria, o grupo de apoio às invasões se deslocou para o Colégio Lysímaco. Dois dias depois, o mesmo local voltaria a ser alvo do MBL. Lá, estudantes se preparavam para tentar resistir a uma eventual tentativa de entrada dos contrários.

Confronto. O clima de confronto vinha se agravando desde o começo da semana também na periferia. Uma tentativa de retirada forçada de alunos da Escola Guido Arzua, no bairro Sítio Cercado, zona sul da capital, já anunciava a mudança no comportamento dos pais que querem a volta das aulas, pressionados pela proximidade do Enem. Convocados por carro de som que circulou na vila no domingo, eles foram à escola dispostos a abrir o colégio na marra. O portão foi arrombado e eles chegaram a dominar o pátio da escola por algumas horas, mas decidiram sair na madrugada, após a intervenção do Ministério Público e de representantes do Conselho Tutelar. No dia seguinte, grupos de universitários adultos foram enviados pelo “comando da paralisação” para ajudar na segurança da escola ocupada. “A gente vem aqui ajudar os secundaristas contra essas tentativas desocupação”, disse, na quarta-feira, uma estudante de Filosofia integrante da comissão de voluntários, sempre pronta para correr, a fim de reforçar a segurança do movimento. 

Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
 

  • 29 Outubro 2016

 

RENAN PEDE DESCULPAS À MINISTRA CÁRMEN LÚCIA POR TELEFONE

 

Informa o Diário do Poder

O presidente do Senado, Renan Calheiros, resolveu se desculpar com Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, pelas críticas contra o Judiciário. Ontem (27), pelo telefone, Renan afirmou admirar o trabalho da ministra e que suas declarações precisam ser vistas como uma defesa do Legislativo, assim como Cármen Lúcia fez ao defender o Judiciário.

Nesta manhã, os presidentes dos três poderes se encontram para discutir segurança pública. A reunião foi organizada pelo presidente da República, Michel Temer.

Polêmica
Renan Calheiros criticou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, por autorizar a Operação Métis, que resultou na prisão de quatro policiais legislativos, no Senado. O motivo seria ‘embaraços’ à Lava Jato.

O presidente do Senado chamou o juiz de ‘juizeco’ ao avaliar que ele precisava de autorização do Supremo para realizar a ação. Na ocasião, Renan também chamou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de ‘chefete de polícia’.


Comento

Penso que se, por um lado, o ministro Teori ao encerrar e chamar a si a operação desencadeada contra a Polícia Legislativa, acabou reforçando o entendimento de Renan e do Congresso Nacional sobre e vento, por outro, não credenciou o presidente do Senado para uma situação mais confortável no julgamento do próximo dia 3/11.


Renan Calheiros é alvo em 11 inquéritos e a qualquer momento pode ser convertido em réu. No entanto, a Rede requereu, como partido político, que a linha sucessória não possa ser ocupado por quem seja réu. Decisão do Supremo constitucionalizando o preceito significa o afastamento automático de Renan Calheiros da presidência do Senado tão logo um desses inquéritos seja acolhido no STF.

 

  • 28 Outubro 2016

 

PF revelou desvio de R$ 180 milhões do programa do governo

 

CPI DA LEI ROUANET OUVE NESTA TERÇA DELEGADO DA OPERAÇÃO BOCA LIVRE

 

Elijonas Maia, em Diário do Poder
 

A CPI que investiga fraudes na Lei Rouanet se reúne às 14h30 desta terça-feira (25) para ouvir o delegado da Polícia Federal Rodrigo de Campos Costa, responsável pela Operação Boca Livre, que revelou desvio de R$ 180 milhões nos recursos federais. O delegado é da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da PF em São Paulo.


Ao lado de Costa, também vai compor a comissão a delegada da PF Melissa Maximino Pastor. Os dois vão comentar as investigações da Boca Livre e a organização criminosa que se instalou no Ministério da Cultura.


Segundo as investigações da Operação Boca Livre, um grupo criminoso atuou por quase 20 anos no MinC e conseguiu aprovação de R$ 180 milhões em projetos fraudulentos. Boca Livre é uma expressão que significa festa onde se come e bebe às custas de outras pessoas.


A Polícia Federal concluiu que diversos projetos de teatro itinerante voltados para crianças e adolescentes carentes deixaram de ser executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas. Os suspeitos usaram o dinheiro público para fazer shows com artistas famosos em festas privadas para grande empresas, livros institucionais e até a festa de casamento de um dos investigados na Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. A festa de casamento era de Carolina Monteiro e Felipe Amorim e teve a presença de um cantor sertanejo.

 

  • 25 Outubro 2016

ASSIM É QUE SE FAZ.

(Matéria de http://xvcuritiba.com.br/)

O Colégio Estadual Túlio de França, em União da Vitória, região Sul do Paraná, está de portas abertas para os estudantes. Mas, é para entrar e estudar. Nada de invasão.

Preocupados com o ano letivo e com a preparação para provas importantes que estão prestes a acontecer (vestibular e Enem), alunos e pais se uniram para evitar que poucos interessados em fazer baderna prejudicassem muitos que querem ter acesso à Educação. E mais: por ordem judicial, quem tentar invadir o colégio será multado.

Na porta de entrada da escola, uma faixa estampa a frase: "Aluno que é responsável não invade o colégio para obter direito. Estuda para conquistá-lo."
 

  • 21 Outubro 2016

 

CARMEM LÚCIA ASSEGURA AGILIDADE NO STF PARA AÇÕES PENAIS DA LAVA JATO

 

Segundo a ministra, isso será possível pela distribuição das denúncias da Lava Jato em diversos inquéritos, diferente da Ação Penal 470 (mensalão), estava unificada em um processo. “Provavelmente a agilidade vai se muito maior do que aquela experiência. Igual não vai ser, até porque o julgamento do Supremo exige instrução, busca da verdade e solução sem possibilidade que há em relação a recursos”, destacou.


A ministra destacou a celeridade da Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, sob a liderança de Sérgio Moro, e disse que isso é fruto da gravidade do que está sendo julgado e do fato de um juiz e procuradores estarem exclusivamente dedicados ao tema, diferentemente do que acontece com outros processos no País.


Ela relativizou as críticas que a operação vem recebendo quanto a uma eventual espetacularização da força-tarefa que investiga os casos de corrupção envolvendo a Petrobras. “Sempre é preciso mostrar. Isso não significa que precisa exibir desta ou daquela forma, o que não pode é deixar de ser mostrado, nunca”, declarou.


Cármen Lúcia afirmou que o que legitima a Lava Jato não é a forma de exibir as denúncias e os fatos investigados. “O que legitima é o que está sendo mostrado, que é descobrir alguma coisa que não pode ser aceita, como casos gravíssimos de corrupção.”


Conteúdo Diário do Poder, Agência Estadão, texto Cristalvox)

 

  • 20 Outubro 2016