Percival Puggina
Percival Puggina
A importância da próxima eleição para o futuro dos brasileiros não deixa dúvida. O vigor da atual polarização evidencia estarmos todos conscientes disso.
Pensando a respeito, resolvi listar tudo que, para mim, está em jogo nas urnas do próximo domingo. A lista ficou assim, em seus elementos mais relevantes:
Quando fiz essa lista, percebi que cada um desses itens e todos eles são objeto de combate por parte de Lula e seus apoiadores. São razões mais do que suficientes para recusar meus votos à esquerda brasileira. principalmente num momento em que todo o Ocidente se debate com os mesmos males. Há que resistir.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Percival Puggina
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Sábado, dia 6 de outubro, vivi um dia excepcionalmente feliz. Em companhia do amigo Coronel Jorge Schwerz (do Canal Ao Bom Combate) e sua esposa, fui a Camaquã participar do Congresso do Movimento Brasil Conservador do RS.
Dois anos de “terrorismo e pandemia” paralisaram essa atividade em seus primeiros movimentos, ainda em 2019. Agora, quando a normalidade parece voltar à vida, conservadores retomam seus encontros regionais e municipais com o intuito de identificar o adversário, arregimentar, motivar, preparar quadros, estabelecer metas e estratégias para que seus princípios e valores se constituam em força política reconhecível como tal.
Ao longo destes últimos anos, tenho repetido insistentemente que todo o fogo descarregado sobre o governo do presidente Bolsonaro tem o conservadorismo como alvo real. Nós conservadores queremos exatamente o que eles querem ver destruído, desconstituído, fora da pauta das alternativas. Trata-se, então, de um enfrentamento travado no plano das ideias, da cultura e da política. No Brasil, diante do que vemos acontecer, a empreitada conservadora é uma obra de salvação nacional.
Por isso, foi muito prazeroso falar ao público que lotou, com interesse e entusiasmo o amplo auditório e dependências do Centro Empresarial Humanize, num evento notável. Pretendia retornar a Porto Alegre após minha participação no início da manhã, mas fiquei até o final da tarde porque logo percebi uma boa oportunidade para conhecer, reencontrar e, principalmente, aprender com figuras destacadas do nosso conservadorismo. Ali estavam, movidos pelo mesmo ideal, intelectuais, políticas, comunicadores e lideranças como, entre outros, José Carlos Sepúlveda, Ernesto Araújo, Paulo Henrique Araújo, João Pedro Petek, deputado Luciano Zucco, deputado Eric Lins, vereadora Fernanda Barth, Felipe Pedri, Paula Cassol, Bruno Dornelles, Carina Belomé, Gustavo Vitorino e os três maravilhosos talentos (o Paulo, o Augusto e o Bismark) do grupo Hipócritas.
No início da manhã, também assistimos, falando de Brasília, o deputado Eduardo Bolsonaro e enquanto eu retornávamos a Porto Alegre, ainda se apresentavam àquele privilegiado e entusiasmado grupo, remotamente, os irmãos Weintraub, Valéria Sher e Anderson Sander.
Na coordenação geral do congresso do MBC/RS, a promissora liderança do jovem Maurício Costa, que, com numeroso e acolhedor grupo de parceiros da causa, fez acontecer o evento.
Foi semeadura em terreno fértil, necessária para colher uma restauração de princípios e valores em ausência dos quais o Brasil ficou irreconhecível e a própria obra civilizadora passa a exigir realinhamento e reconstrução.
Que em ritmo acelerado, sob as bênçãos de Deus, o mesmo se reproduza centenas, milhares de vezes em nosso país.
Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Percival Puggina
A Copa foi bom negócio? Sob qual ponto de vista? Cá, de onde a vejo, como cidadão, não me parece que a resposta seja afirmativa. É obvio que não opino e não devo opinar sobre ela na condição de torcedor, que sou, porque considero essa posição imprópria como ponto de observação para analisar empreendimento tão vultoso e oneroso. Como torcedor, talvez fosse arrastado para a lógica de Ronaldo, segundo quem "não se faz Copa do Mundo com hospital". Nem posso assumir como meus os pontos de vista da FIFA, dos jogadores, dos patrocinadores, ou seja, da rentável cadeia produtiva do espetáculo futebolístico. Vista por eles, a Copa é algo tão extraordinário quanto deveria ser porque, afinal, trata-se de empreendimento padrão FIFA.
Mas não é esse o modo correto, como cidadão brasileiro, de avaliar o evento. No próximo dia 14 - no day after - alguém já terá erguido o caneco e os visitantes terão ido embora. Nos gramados, mescladas com suor e sangue, terão secado todas as lágrimas de alegria e de tristeza. Nesse dia, estarei olhando meu país e me lembrando das cidades que o príncipe Potemkin construiu para despertar o interesse de Catarina II pela região da Crimeia, onde ele queria implantar um projeto de colonização. Consta que a rainha o acompanhou nessa longa viagem por motivos que não eram propriamente de Estado. E consta que eram todas de fachada as cidades salpicadas pelo príncipe ao longo do caminho por onde os dois arrulhantes pombinhos haveriam de passar. Eram para inglês ver, como dizemos por aqui. Será inevitável pensar assim depois de ter visto nossas capitais tão bem guarnecidas, nosso noticiário policial tão sossegado, nosso trânsito tão fluido nos dias de jogos. E é nisso que penso hoje ao observar multidões carregando nos rostos as cores da pátria. Como não se vê em Sete de Setembro algum.
Estaremos, meados de julho, em situação melhor do que estávamos em meados de junho? Não parece crível, depois de tanto empréstimo tomado e de tanto gasto feito para "inglês ver". Levarão em conta, as avaliações oficiais, as consequências no PIB nacional das horas e dos dias não trabalhados em todo o país? Pois é.
Para que não digam que só vi problemas, a Copa deixa um legado político significativo. A turma do "Não vai ter copa", aqueles aprendizes de terrorista, arrogantes, perniciosos, que se mediam pelos estragos que faziam, doravante terão que conviver com a irrecusável constatação de sua insignificância e da rejeição que o mundo civilizado nacional lhes explicitou. Também esses brutamontes, grotescos e supérfluos, foram só para inglês ver.
Zero Hora, 06 de julho de 2014.
Globo-on
Percival Puggina
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ZERO HORA