• Solano Portela
  • 14/05/2009
  • Compartilhe:

SOCIALISMO NA B?LIA? MITOS E VERDADES - www.midiasemmascara.org

Fico impressionado como tantos crist? embarcam na vis?pol?co-econ?a socialista. N?me espanta que ela leve de rold?grande parte da “intelectualidade” do mundo ocidental, bem como aquelas cabe? n?pensantes, que seguem a opini?majorit?a por pura necessidade de aceita? comunit?a. Afinal, o socialismo ?ma vis?bem humanista que enaltece a bondade nata das pessoas. Nada que nos surpreenda que ele seja abra?o por aqueles que n?gostam da realidade do Deus verdadeiro, revelado nas Escrituras, com seus princ?os de justi?e demandas de soberania plena. O que me assusta ? contorcionismo teol?o e exeg?co feito por alguns para achar na B?ia justificativa para sua cren?socialista (ou, qui? marxista), ignorando as evid?ias contr?as e os princ?os que contradizem essa corrente de pensar. Nesse sentido, recebi h?m tempo uma carta dizendo que temos o registro b?ico de que as terras alocadas ao Povo de Israel, quando este adentrou a palestina, foram repartidas igualmente. Todos teriam recebido por?s semelhantes. Isso seria uma prova do ide?o socialista nas Escrituras. Acontece que a afirma? simplesmente n?corresponde ?ealidade. As tribos se posicionaram em locais diferentes de acordo com a circunst?ia da conquista e conforme as alian? (algumas esp?s) que foram fazendo. Umas terras eram mais f?eis do que outras; umas mais planas e ar?is do que as da tribo vizinha; e assim por diante. As determina?s iniciais para a reparti? colocaram aquele povo em movimento, mas depois ele foi seguindo o curso da hist?, com as desigualdades caracter?icas de qualquer sociedade ou sistema, com o pecado presente no cora? das pessoas — se bem que sempre sendo confrontado com a Lei de Deus. Essa lei visava punir o faltoso, proteger o inocente, preservar certos direitos individuais, de propriedade e impedir que os carentes fossem abandonados na sua fraqueza. Assim, na teocracia estabelecida ?a? de Israel o c?o civil e penal foi colocado para garantir as liberdades individuais e para lidar com as manifesta?s do pecado. Nunca houve a vis?ing?a de que a “terra prometida” era um lugar sem pecado e sem a necessidade de controles. Um desses controles, admitimos, era a proibi? de grandes latif?os, com a revers?de transa?s comerciais processadas ao longo dos anos, ?ribo e aos propriet?os originais. Esse dispositivo, de limita? latifundi?a, ?m sistema interessante e, como todo o resto da legisla? civil e judicial de Israel, de extremo valor did?co para n?mas n?tem car?r normativo. Dever?os pensar como tais salvaguardas poderiam ser implantadas em nossa sociedade, estudando cuidadosamente o contexto de suas circunst?ias, pois emanaram de um Deus que ?odo sabedoria. Mas enquanto procuramos abstrair o princ?o, n?h?etermina? de aplicabilidade id?ica ou in totum ?ossa sociedade. N?devemos esquecer, tamb? que o direito de propriedade privada ?lenamente assegurado n?apenas na legisla? civil e judicial do estado judaico vetero-testament?o, mas na pr?a lei moral, com o oitavo mandamento (“n?furtar?), repetidamente reafirmado em todo o restante da B?ia, inclusive no Novo Testamento. N?existe, portanto, nada que se situe mais longe do sistema teocr?co de Israel do que o socialismo, comunismo ou marxismo. Querer ler isso nos registros hist?os do Povo de Deus ?aminhar em terreno pantanoso que tragar? argumenta? e o seu defensor — se praticar coerentemente o que prega. Reconhecendo isso, alguns proponentes mais insistentes passam a defender que a vis?socialista ?lgo t?co do Novo Testamento, apelando ao registro de Atos 2.42-47 — ?omunidade de bens. Mas a exegese correta do relato, ?uz do contexto textual e hist?o, n?fornece qualquer base para um modelo comunista de governo aplic?l ?na?s da terra. Primeiro, temos aqui um registro hist?o-descritivo de um micro-cosmo social existente entre crist?, n?uma defini? prescritiva aos governos e governantes (um texto prescritivo ?por exemplo, a passagem claramente anti-socialista de 2 Ts 3.10 — “se algu?n?quer trabalhar, tamb?n?coma”). Segundo, temos um contexto hist?o no qual a igreja se encontrava acuada e sob persegui?, na perene tentativa sat?ca de destrui? dela. Terceiro, temos o car?r volunt?o da iniciativa da comunh?dos bens, e n?estatalmente determinativo; isso ?ubstanciado, em adi?, pelo pr?o Pedro nas palavras proferidas a Ananias e Safira. Precisamos, como crist?, reconhecer que essa moda de subscri? ?artilha socialista, que perdura h??as d?das, ?arente de sustenta? teol?a e capenga em uma premissa que ?otalmente anti-b?ica: a bondade natural do homem. Qualquer sistema de governo, seja qual for o seu r?o, que reconhe?certas b?? advindas da gra?comum divina — como o direito ?iberdade, ?niciativa individual, ?ropriedade privada — e que tenha em sua estrutura salvaguardas e controles que lidem com o pecado e a viol?ia, tem mais possibilidades de refletir princ?os de justi?divina e prover com que as riquezas do pa?sejam revertidas em benef?o dos cidad? que o comp? diminuindo assim a perspectiva de fome, car?ias e viol?ias. O governo eficaz respeita a propriedade, controla e pune malfeitores (n?o empreendedor e o cidad?ordeiro comum); essa ? fun? primordial dele, conforme Rm 13. Depois disso, ele reconhece e galardoa os cidad? de bem, principalmente certificando-se n?de que todos sejam iguais, mas de que todos possuam iguais oportunidades de desenvolverem suas individualidades e talentos espec?cos.