• Percival Puggina
  • 29/03/2009
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RELATIVISMO MORAL E ABORTO

N?por acaso, Paul Johnson abre seu extraordin?o “Tempos Modernos” com um cap?lo sobre o relativismo moral. Trata-se de tema central do s?lo. Johnson adota como ponto de partida para suas reflex?a meticulosidade que marcou o trabalho de Einstein na Teoria da Relatividade. Como se sabe, a comprova? foi alcan?a com medi?s astron?as feitas durante o eclipse de 29/05/1919. Naquela noite, enquanto a F?ca era erguida a novos degraus, muitos fil?os deslizavam pelo corrim? extraindo do fato mais do que ele podia fornecer. Se tempo e espa?s?relativos – alardearam – n?h?ais verdades nem certezas; n?h?ais certo nem errado. Era o clarim de alvorada para o relativismo moral. E era o avesso de tudo pelo que Einstein se empenhara. Sua contrariedade diante da apropria? ind?ta da relatividade pelo relativismo foi tanta, registra Paul Johnson, que o grande homem da ci?ia arquejou: soubesse disso teria preferido ser relojoeiro! Uma coisa ?econhecer a incerteza que caracteriza certas ?as e etapas do conhecimento. Outra ?rmar barraca nos por?da d?a sobre tudo e todos. No entanto, a moral relativista alonga os c?os, requebra os quadris e se faz sedutora pela completa liberalidade que disponibiliza. Eu acho, tu achas, ele acha e ningu?tem nada com isso, t?abendo mano? E a mente, por esse caminho, vai virando uma pipoqueira de d?as confort?is. Se tudo ?ncerto e relativo n?h?alores permanentes, limites determin?is nem proibi?s admiss?is. Fam?a j?ra, postes fazem xixi nos cachorros e alunos espancam professores. V?ue seja, estou exagerando um nadinha porque os relativistas t?l?uas convic?s. Poucas, mas t? Uma delas, por exemplo, afirma que os totalitarismos se fundam sobre certezas que n?admitem contesta?. Est?corretos. ?fato hist?o. Mas ent?nem tudo ??incerto? Existem algumas certezas? Tipo assim: o Inter venceu o Gre-Nal? Os totalitarismos s?uma grande droga? Assino embaixo. Testemos outro acordo: o fato de que s?aborto consegue ceifar mais vidas humanas do que o comunismo entra, tamb? nessa galeria dos nossos consensos? Suspeito que n? Os militantes do ceticismo olham para um feto com 10 semanas de gesta? – cabe? tronco, membros, cora?zinho pulsante, pezinhos de um cent?tro – e sugerem tratar-se de “coisa”. Coisa expurg?l, como muco nasal, ou extra?l, como c?ulo biliar. Percebeu o paradoxo, leitor? Esse duvidar a tal ponto dos pr?os olhos ou ?m problema oftalmol?o (uma catarata da Raz?, ou ? m?mo em mat?a de f?F?a pr?a d?a, a despeito de toda evid?ia. Os relativistas escamoteiam o fato de que suas incertezas tamb?determinam uma “moralidade”. E ?ma “moralidade” pimpona, cheia de si, do topo de cujos saltos altos exerce sua milit?ia materialista, antite?a e anticat?a. Aten?, por? Nada h?e novo ou moderninho nesse combate ?oral contida nos Dez Mandamentos e no Direito Natural. O estado ateu, o apartheid que transforma em subcidad? os que t?f?o direito sem refer?ias morais e o materialismo como religi?s?as unhas e os dentes de sistemas que patrocinaram e patrocinam os grandes horrores dos ?mos cem anos. ?tudo coisa j?estada. E reprovada. Seu alvo s?as virtudes e os valores inerentes ?radi? judaico-crist?arrimo dos princ?os da dignidade da pessoa humana, do bem comum, da solidariedade, do zelo priorit?o pelos mais carentes e de todos os grandes fundamentos da Justi? ZERO HORA, 29/03/2009