• Percival Puggina
  • 07/02/2009
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QUANDO A VERSÏ TROPE? NOS FATOS

O Caso Battisti trouxe ?ona, mais uma vez, o epis? dos boxeadores cubanos empacotados no Brasil e despachados para Fidel. Ressurge a estapaf?a vers?oficial, t?ris?l quanto depoimento de indiciado em CPI. Julgo que vale a pena recuperar os dados desse lament?l epis? porque a vers?oficial continua trope?do nos fatos. ?verdade, conforme afirma o governo, que o Brasil concedeu ref? a outros cubanos, como o jogador de handebol Rafael Capote e o ciclista Michel Garc? e que isso n?repercutiu na imprensa. No entanto, comparar esses dois casos com os de Rigondeaux e Lara, para usar palavras de jornalista do Hamas, ?ma despropor?. Os dois boxeadores eram astros de primeira grandeza e o interesse da m?a ?roporcional ?mport?ia dos personagens. Mesmo assim, os outros ref?s concedidos foram noticiados, sim, com o pequeno destaque que mereciam. Rigondeaux e Lara foram detidos quando torravam dinheiro com mulheres, bebidas e comilan? numa praia de Araruama. Um pouco antes da pris? haviam sido localizados pelo rep?r Gustavo Goulart (Globo, 09/08/07), que apenas os observou sem fazer contato com eles. Relatou o jornalista que ambos ocupavam duas su?s de uma pousada onde tamb?estavam um cicerone carioca, um alem?e um espanhol. Muita farra, comida e, segundo as autoridades brasileiras declarariam pouco depois de os haverem detido por falta de passaportes, um incontido desejo de voltar imediatamente para Cuba... Ora, convenhamos! Eles n?procuraram a pol?a. A pol?a os encontrou. N?foram mostrados ?mprensa. Ao contr?o, ficaram em isolamento. O empres?o Ahmet ?er, que os recrutou, informou aos rep?res que estava no aguardo da libera? da papelada deles na Alemanha. Mostrou-se irritado com a pris? Presos pela PM carioca, foram levados para a Pol?a Federal de Niter?O site da Associa? dos Delegados da Pol?a Federal, registra que: “... policiais da Senasp (Secretaria Nacional de Seguran?P?ca) haviam informado que buscavam os dois s?ra saber se estavam bem, j?ue o status deles era de ‘desaparecidos’”. Espontaneamente pediram para voltar para Cuba? Ora, convenhamos! O Observat? da Imprensa, ?poca, promoveu uma mesa redonda com jornalistas que acompanharam o caso. Dessa mesa participou o desembargador aposentado W?er Maierovitch, que esclareceu aspectos jur?cos relacionados ?uest? Quando um estrangeiro ?panhado sem documentos, tendo entrado legalmente, mas permanecendo al?do prazo fixado, a lei brasileira lhe concede oito dias para sair. No caso dos dois boxeadores, a embaixada cubana foi rapidamente notificada e um avi?venezuelano veio busc?os. Tudo a toque de caixa, que El Comandante n?estava para brincadeiras. Voc?leitor, leu alguma entrevista dos atletas ?mprensa brasileira, enquanto estavam no Brasil? Uma frasezinha sequer? Nada. S?clara?s oficiais, dando conta de que estavam ansiosos por voltar para casa e arrependidos do que haviam feito. Era tamanho o remorso que poucos meses depois Erislandy Lara voltou a fugir. Entrevistado na Alemanha, declarou que seu infeliz colega estava “vivendo de bicos” em Cuba, proibido de lutar... Ahmet ?er, o mesmo empres?o que patrocinou a fuga anterior, se recusou a maiores esclarecimentos porque “o governo cubano fazia muita press? (Estad? 13/06/08). Ah! Lara quando voltou a escapar, n?bancou mais o bobo. Foi para o M?co. Os bobos estamos todos aqui, ao menos na opini?dos que nos contam hist?s e constroem vers?que se estatelam contra os fatos. E a verdade quebra o nariz.