OS TOPA-TUDO SEM DINHEIRO - Enviado pela autora
Enquanto diminui o PIB e o consumo norte-americanos, e pa?s de economia forte entram em recess? o presidente Luiz In?o e sua poss?l sucessora para 2010, Dilma Rousseff (Casa Civil), insistem no fato de que o Brasil n?ser??afetado pela crise mundial, que nossas institui?s s?fortes, que aqui enfrentamos apenas uma “marolinha”, uma “gripezinha”.
No af?e contornar a quest?econ?a com a po? m?ca da pol?ca, o governo lan??ma campanha visando estimular o consumo para tentar manter a produ?. Para tanto, a propaganda governamental ter?m slogan que afaga o ego nacional com pinceladas de auto-estima: “O mundo confia no Brasil e o Brasil confia nos Brasileiros”. A ordem ?onsumir e o governo promete que o cr?to continuar??l e abundante, mas n?s?mencionados os altos juros e os impostos escorchantes.
Do alto de prest?o o presidente da Rep?ca recomenda que seus filhos amados n?deixem de comprar “sua casinha, seu carrinho, seu primeiro suti? Luiz In?o se coloca outra vez como animador de audit? e brada aos quatro ventos do palanque eletr?o da TV: “Quem quer dinheiro?”
Sem medo e felizes, os topa-tudo sem dinheiro acorrem ?lojas em busca de um esplendoroso Natal. N?interessa a inadimpl?ia. N?importa se depois chegar?aneiro com impostos e aumentos, inclusive, da escola dos filhos. A ordem do dia ?astar, comprar o m?mo de suti?que se puder.
H?e se convir, entretanto, que a ret?a de Luiz In?o, suas arengas que procuram atritar ricos e pobres, negros e brancos, suas met?ras futebol?icas, sua imagem cuidadosamente trabalhada no modelo pobre oper?o, seus ataques ??ua p?ia, seu cont?o festival de besteiras chamadas eufemisticamente de gafes, nada disso, enfim, ?spont?o ou aleat?, mas faz parte da propaganda que sempre intensificou o culto da personalidade. Um culto diga-se a bem da verdade, que vem ao encontro da mentalidade de um povo sequioso por um salvador da p?ia e que por forma? hist?a gosta de ser tutelado pelo pai Estado. Mais ainda, o sinal verde para a gastan?est?e acordo com a ?ole do brasileiro que, de modo majorit?o, nunca foi muito de planejar suas finan?, mesmo porque, parece sentir prazer em gastar mais do que pode, de se endividar, na medida em nosso pa?os endividados t?vantagens muito maiores em suas negocia?s do que aqueles que corretamente pagam em dia. Certamente, por contas dessas caracter?icas, um homem que fazia compras na Rua 25 de Mar?respondeu ao jornalista que lhe perguntava sobre a crise: “crise, que crise?”.
Dir?alguns que o governo est?o caminho certo porque tamb?os Estados Unidos apontam para o aumento de cr?to, incentivo ao consumo e ao emprego, diminui? de impostos. Existem, por? algumas abissais diferen? entre o governo norte-americano e o nosso. Para come?, aquele n??erdul?o. E enquanto nos Estados Unidos se paga 8% de juros ao ano no cart?de cr?to, nosso cheque especial alcan?170% de juros anuais. No mais, se o governo pensa em abaixar impostos, logo esse governo sedento por arrecada?s cada vez maiores, no momento a id? n?passa uma boa inten? ou de um fact? bem pol?co. Melhor ficar como S?Tom? ver para crer.
Atente-se tamb?para o fato de as informa?s dos jornais n?s?t?r?s quanto as “boas not?as” que aparecem nas TVs ou nas palavras do presidente e de seus auxiliares. Em cadernos de economia dos principais jornais do pa?se pode ler, entre v?as outras an?ses e not?as, que nossa balan?comercial em n?os de novembro j?eflete a desacelera? do ritmo do com?io mundial, principalmente no que diz respeito ?exporta?s que ca?m 21%. Acrescente-se que de julho ?rimeira quinzena de novembro os pre? das principais mat?as-primas desabaram, em m?a, 42%, em d?, segundo o ?ice CRB Reuters/Jefferies, sendo que as mat?as-primas respondem por 65% das exporta?s. Al?do mais, a recess?nos pa?s mais ricos est?rovocando o cancelamento das exportadoras brasileiras. Esses fatores limitam o interesse por novos investimentos e afeta as contas externas.
A desacelera? da economia mundial ainda n?foi sentida plenamente no Brasil e o povo continuar? gastar e a perguntar: “Que crise? O governo aposta nas bolsas-esmola e no aumento do sal?o m?mo, mas a classe m?a j?ome?a sentir o baque. A inadimpl?ia aumentou, o comprometimento da renda subiu de 34% em setembro a 36% em outubro e com isto o calote.
Sem medo de ser feliz Luiz In?o vai surfando na “marolinha”, enquanto montadoras e empresas come? a dar f?as coletivas e demitir. Ind?ia, agricultura, com?io, constru? civil e at? governo sabem que em 2009 n?haver?penas uma “gripezinha”. Portanto, ?reciso certa cautela nossa, os topa-tudo sem dinheiro, na hora de comprar suti? Afinal, tudo indica que acabou o tempo em que se comprava nessa vida e se terminava de pagar em outras encarna?s.
* Soci?a.