• Percival Puggina
  • 29/10/2018
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O NOSSO BRASIL VOLTOU!

 

 Momento histórico que ficará marcado para sempre no HD do meu coração. Eram 19 horas de ontem, 28 de outubro, quando a tela da TV mostrou o resultado da pesquisa de boca de urna. Com uma diferença de 10 pontos percentuais, a nação escolhera Jair Bolsonaro para presidir a República a partir de 1º de janeiro. Dei um grito que assustou minha mulher. Afinal, o evento excedia as forças normais da natureza. Milagre!

 Pense comigo. O presidente eleito não dispôs de uma única emissora de TV ou de rádio, de um único jornal de grande influência, de qualquer ambiente acadêmico formal, de mínimos recursos financeiros. Seu partido PSL e sua coligação com o PRTB eram politicamente insignificantes. Ao mesmo tempo, tinha contra si o poderoso PT e seus insondáveis recursos financeiros. Sofreu ataques permanentes, não raro várias vezes a cada turno, dos pesos-pesados da comunicação social - TV Globo, Globo News, jornal O Globo, Folha, ZH, Veja, Época, e verdadeira multidão de artistas, atores e celebridades do mundo cultural. Beneficiando seu adversário, somavam esforços contra ele a CUT, as legiões dos movimentos sociais, e mais a UNE, a CNBB e o gigantesco e endinheirado universo das ONGs.

 Atribuíam a Bolsonaro as piores intenções contra os negros, mas a maioria dos negros votou nele. Diziam-no machista, inimigo das mulheres, mas as mulheres deram mais votos a ele do que a seu adversário almofadinha. Acusavam-no de ser homofóbico, mas uma quarta parte dos homossexuais preferiu votar nele. Por quê? Porque ele, sabidamente, é contra o homossexualismo militante, que quer promover-se inclusive nas salas de aula com instrumentos pedagógicos como os da ideologia de gênero e do kit gay. Quem pode ser favorável a isso, além de seu adversário, para contrapropaganda?

 Na festa de ontem à noite, no Parcão, aqui em Porto Alegre, enquanto comemorava com a multidão, entre abraços, lágrimas e fotos, infinitas fotos, senti que se cumpria uma tarefa que assumi em 1985, quando entrei em contato pessoal com as primeiras expressões políticas do petismo que iniciava suas ações no país.

Percebi que se tratava de uma legenda para a qual, na expressão posterior de José Dirceu, o importante era o partido (ou seja, não a nação, não o Estado, não o Brasil) e que esse partido tinha um braço sobre a mesa do jogo e um braço sob a mesa do jogo. Essa combinação, levada ao poder, teria um efeito desastroso. A realidade me deu razão.

Estas primeiras horas já estão mostrando como será o PT na oposição. Continuarão perseguindo apenas o bem do partido. Não reconheceram a derrota e vem aí o “Fora Bolsonaro!”, expressão do velho golpismo, que o petismo dedica a quem senta na cadeira que ambiciona. Alguns colunistas, hoje, amargando o gosto do insucesso, advertiam que a vitória não era um “cheque em branco” ao vencedor. Suponho que andaram lendo a Constituição e descobriram que o país tem instituições, tem leis e regras. Um dia talvez descubram que Dilma sofreu impeachment, que Lula está preso, e que o país ficou como está justamente por haver dado sucessivas vitórias a quem confundiu cada sucesso eleitoral com um cheque em branco. Foram os valores preenchidos nesse cheque que quebraram o país.

 

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* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

 


Antonio Dantas -   02/11/2018 22:54:09

Parabéns pela lucidez do texto, professor. Doravante teremos que continuar nosso apoio ao novo governo diante da quadrilha deposta do poder!

Saboreio feijo -   31/10/2018 01:38:24

Parabéns professor sabias palavras.vou deixar um comentário interessante sobre a esquerda que só saber chamar de fascista aqueles que discordam deles.( No futuro os fascista chamarão a si próprio de antifascista

Mauricio Moraes de Azevedo -   30/10/2018 20:38:39

Parabéns Percival Puggina, Se houver um lugarsinho, no HD do teu Coração, por favor, coloca ai meu abraço pelo labor em prol da nossa PÁTRIA. Feliz 2019

Odilon Rocha -   30/10/2018 12:41:18

Caro Professor Que alegria! Desnecessário falar do seu excelente artigo. Quem tem a coragem anormal, simplicidade e humildade também, de enfrentar um mecanismo, não pode descurar a atenção. Estejamos atentos, também. São Jorge espetou o Dragão, mas o couro é grosso. Abraço

MarioW -   30/10/2018 09:03:09

Excelente texto, como de costume! Parabéns, prof. Puggina, pela sua luta constante para que chegássemos ao dia de hoje.

Antonio Ferreira Moraes -   30/10/2018 02:09:30

Hoje os principados demoníacos que acompanham o PT sentem um golpe poderoso em suas bases. golpes vindos das orações, da fé, do clamor do povo brasileiro, cansado da vergonha, da humilhação e do descaso para com a sociedade e com a família. Clamor ouvido por Deus, vindo daqueles que acreditam em dias melhores, que pensam na sua geração, que não se deleitam na imoralidade, pois desejam filhos sadios, família sadia, nação sadia e o senso patriótico restaurado. Temos dias de restauração se aproximando, mas não virá sem a perseguição insistente daqueles que odeiam o conservadorismo e a democracia que tanto defendem, mas não conhecem. Há uma paz de espírito em meu coração, pois caminho na certeza que lutei junto com milhares de brasileiros, os quais nas redes sociais foram criticados, humilhados e desacreditados, porém, não derrotados. QUE VENHAM OS DIAS DE GLÓRIA.

Joab -   29/10/2018 22:24:02

Perfeito!!!! O senhor tem sua contribuição nessa vitória. Obrigado por todos esses anos nos informar.

Douglas Antonio -   29/10/2018 21:42:37

Compartilho esta alegria contigo professor Puggina. Vencemos. O povo brasileiro venceu. A verdade libertou a nação. É um momento fantástico.

César Augusto de Deus Matos -   29/10/2018 20:25:36

Senhor Percival sinto-me muito feliz em ter ao meu alcance notória sabedoria e discernimento da realidade. Sempre acompanho seus textos e vídeos. Digo-lhe ainda que a vitória de Jair Messias Bolsonaro, deve-se a pessoas como o senhor. Pessoas que dispuseram seu tempo, sua capacidade de cognição, seu prestígio e moral à serviço, não de um partido ou de um político, mas à nação como um todo. Desejo-lhe paz e saúde, para possas caminhar muitos anos conosco, sendo esta influência para o bem. Fique na paz de Cristo. Fraternalmente, César Augusto de Deus Matos

Paulo Onofre -   29/10/2018 19:49:43

Prezado Professor. Eu também aprendi a não confiar no pt e no petismo, desde seu alvorecer. Hoje, penso que, mais do que um partido político e do que uma quadrilha, é uma seita satânica, tal é a influência e o poder que exerce em seus militantes. E a coisa passa de pai para filho. Vejo diariamente, em colegas e até em parentes, uma exaltação exagerada ao partido e uma adoração cega pelo líder -presidiário. Pior do que a rivalidade GreNal. Fico indignado ao ver gente velha, como eu, afirmando e jurando que o lula foi condenado injustamente, que nunca houve corrupção nem roubalheira nas estatais durante os governos petistas. E me sinto péssimo ao ver adolescentes - que mal sabem comer com garfo e faca - defendendo a organização criminosa, chamando os oponentes de fascistas e nazistas e, pasmem, condenando os militares de hoje e da geração que nos livrou da ditadura comunista, como se tivessem vivido naquela época e tivessem sido torturados e perseguidos. Esse partido-quadrilha ainda vai longe... (Infelizmente)