• Pe. Raniero Cantalamessa
  • 04/04/2009
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O ESP?ITO SANTO, ALMA DA ESCATOLOGIA CRIST?

1. O Esp?to da promessa Escutemos a passagem de Romanos 8, sobre a qual vamos meditar hoje: «Tamb?n?que temos as prim?as do Esp?to, gememos em n?esmos, aguardando a ado?, a reden? do nosso corpo. Porque pela esperan??ue fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperan?j???speran? porque o que algu?v?como ?ue ainda o espera? N?ue esperamos o que n?vemos, ?m paci?ia que o aguardamos.» (Rom 8, 23-25) A mesma tens?entre promessa e cumprimento que se observa na Escritura a prop?o da pessoa de Cristo, percebe-se tamb?com rela? ?essoa do Esp?to Santo. Como Jesus primeiro foi prometido nas Escrituras, depois se manifestou segundo a carne e por ?mo se espera em seu retorno final, assim o Esp?to, em um tempo «prometido pelo Pai», foi dado em Pente costes e agora de novo o espera e invoca «com gemidos inef?is» o homem e toda a cria?, que tendo aproveitado as prim?as, aguardam a plenitude de seu dom. Neste espa?que se estende de Pentecostes ?arusia, o Esp?to ? for?que nos impulsiona adiante, que nos mant?em caminho, que n?nos permite acomodar-nos e converter-nos em um povo «sedent?o», que nos faz cantar com um sentido novo os «salmos das ascens?: «Que alegria quando me disseram: vamos para a casa do Senhor!». Ele ?uem nos d?mpulso e p?sas em nossa esperan? mais ainda: ? pr?o princ?o e a alma de nossa esperan? Dois autores nos falam do Esp?to como «promessa» no Novo Testamento: Lucas e Paulo, mas, como veremos, com uma importante diferen? No Evangelho de Lucas e nos Atos dos Ap?los ? pr?o Jesus quem fala do Esp?to como «a promessa do Pai». «Eu – diz – enviarei sobre v? promessa de meu Pai»; «Enquanto estava comendo com eles, mandou que n?se ausentassem de Jerusal? mas que aguardassem a promessa do Pai, ‘que ouvistes de mim: que Jo?batizou com ?a, mas v?ereis batizados no Esp?to Santo dentro de poucos dias’» (Atos 1, 4-5). A que se refere Jesus quando chama o Esp?to Santo de promessa do Pai? Onde o Pai fez esta promessa? Pode -se dizer que todo o Antigo Testamento ?ma promessa do Esp?to. A obra do Messias se apresenta constantemente como culminante em uma nova efus?universal do Esp?to de Deus sobre a terra. A compara? com o que Pedro diz no dia de Pentecostes mostra que Lucas pensa, em particular, na profecia de Joel: «Acontecer?os ?mos dias, diz Deus: Derramarei meu Esp?to sobre toda carne» (Ez 36, 27). Quanto ao conte?da promessa, Lucas sublinha, como de costume, o aspecto carism?co do dom do Esp?to, em especial a profecia. A promessa do Pai ?o poder do alto» que tornar?s disc?los capazes de levar a salva? aos confins da terra. Mas n?ignora os aspectos mais profundos, santificadores e salv?cos, da a? do Esp?to, como a remiss?dos pecados, o dom de uma lei nova e de uma nova alian? como se deduz da aproxima? que tra?entre o Sinai e Pentecostes. A frase de Pedro: «a promessa ?ara v?(Atos 2, 39) se refere ?romessa da salva?, n?s? profecia ou de alguns carismas. < b>2.O Esp?to, prim?a e prenda Passando de Lucas a Paulo, entra-se em uma perspectiva nova, teologicamente muito mais profunda. Ele enumera diferentes objetos da promessa: a justifica?, a filia? divina, a heran? mas o que resume tudo, o objeto por excel?ia da promessa, ?recisamente o Esp?to Santo, a quem chama de «promessa do Esp?to» (G?3, 14) e «Esp?to da promessa» (Ef 1, 13) Duas s?as ideias novas que o Ap?lo introduz no conceito de promessa. A prim?a ?ue a promessa de Deus n?depende da observ?ia da lei, mas da f? portanto da gra? Deus n?promete o Esp?to a quem observa a lei, mas a quem cr?m Cristo: «Recebestes o Esp?to pelas obras da lei ou pela f?a prega??», «Se a heran?a dependesse da lei, j??procederia da promessa» (G?3, 2.18) Atrav?do conceito de promessa, a teologia do Esp?to Santo se liga, em Paulo, com o resto de seu pensamento e se converte em sua demonstra? concreta. Os crist? sabem bem que ?epois da prega? do Evangelho que tiveram a experi?ia nova do Esp?to, n?por ter observado a lei com maior fidelidade que de costume. O Ap?lo pode remeter-se a um dado da realidade. A segunda novidade ?m certo sentido desconcertante. ?como se Paulo quisesse cortar pela raiz toda tenta? «entusiasta», dizendo que a promessa n?se cumpriu ainda... ao menos por completo! A respeito disso, s?reveladores dois conceitos aplic?is ao Esp?to Santo: prim?a (aparche) e prenda (arrab? O primeiro presente em nosso texto de Romanos 8; o outro se l?a Sagrada Carta aos Cor?ios: «N?s?a, mas tamb?n?que temos as prim?as do Esp?to, gememos em n?esmos, aguardando a ado?, a reden? do nosso corpo» (Rm 8, 23). «Ora, quem nos confirma a n? a v?m Cristo, e nos consagrou, ?eus. Ele nos marcou com o seu selo e deu aos nossos cora?s o penhor do Esp?to.» (2 Co 1, 21-22). «Aquele que nos formou para este destino ?eus mesmo, que nos deu por penhor o seu Esp?to (2 Cor 5,5).» O que o Ap?lo quer dizer desta forma? Que o cumprimento operado em Cristo n?esgotou a promessa. N? diz com singular contraste – «possu?s... esperando», possu?s e esperamos. Precisamente porque o que possu&iacut e;mos n??inda a plenitude, mas s?a prim?a, uma antecipa?, nasce em n? esperan? ?mais, o desejo, a espera, o anseio se tornam mais intensos ainda que antes, porque agora se sabe o que ? Esp?to. Na chama do desejo humano, a vinda do Esp?to em Pentecostes colocou combust?l, por diz?o de alguma. Acontece exatamente como em Cristo. Sua vinda cumpriu todas as promessas, mas n?p?im ?spera. A espera se relan?sob a forma de espera de seu retorno na gl?. O t?lo «promessa do Pai» situa o Esp?to Santo no pr?o cora? da escatologia crist?Portanto, n?se pode aceitar sem reservas a afirma? de certos estudiosos para quem «na concep? dos judeus crist?, o Esp?to era primariamente a for?do mu ndo futuro; na dos crist? helenos ? for?do mundo superior». Paulo demonstra que as duas concep?s n?se op?necessariamente entre si, mas que podem coexistir: o Esp?to ?ao mesmo tempo, realidade do mundo superior, divino e for?do mundo futuro. No passar das prim?as ?lenitude, as primeiras n?se desfar?para dar lugar ?egunda, mas elas mesmas se transformar?mais em plenitude. Conservaremos o que j?ossu?s e adquiriremos o que ainda n?temos. Ser? pr?o Esp?to que se expandir?m plenitude. O princ?o teol?o «a gra?? in?o da gl?», aplicado ao Esp?to Santo, significa que as prim?as s?in?o do cumprimento, o in?o da gl?, parte dela. Neste cas o, n??reciso traduzir arrab?or «penhor» (pignus), mas s?r prenda (arra). O penhor n?? in?o do pagamento, mas algo que se d?m espera do pagamento. Uma vez que este se efetua, o penhor ?estitu?. N?assim as prendas, que n?se restituem no momento do pagamento, mas que se completam. Fazem parte dos pagamentos. «Se Deus nos deu como penhor o amor atrav?de seu Esp?to, quando nos der toda a realidade, ?ue nos tirar? penhor? Certamente n? mas completar? que j?eu» [1]. O amor de Deus que pr?xperimentamos aqui, gra? ?prendas do Esp?to, ?nt?da mesma qualidade do que experimentaremos na vida eterna, mas n?da mesma intensidade. O mesmo se deve dizer da posse do Esp?to Santo. Como se v?houve uma profunda transforma? no significado da festa de Pentecostes. Em sua origem, Pentecostes era a celebra? das prim?as [2], ou seja, o dia em que se ofereciam a Deus as prim?as da colheita. Continua sendo a festa das prim?as, mas das que Deus oferece ?umanidade, em seu Esp?to. Inverteram-se os pap? do doador e do benefici?o, em perfeita sintonia com o que ocorre, em todos os campos, na passagem da lei ?ra? da salva? como obra do homem ?alva? como dom gratuito de Deus. Isso explica por que a interpreta? de Pentecostes, como festa das prim?as, n?teve, estranhamente, quase nenhuma correspond?ia no ?ito crist? Santo Irineu fez um intento em tal sentido, dizendo que no dia de Pentecostes «o Esp?to oferecia ao Pai as prim?ias de todos os povos» [3], mas praticamente n?teve eco no pensamento crist? 3. O Esp?to Santo, alma da Tradi? A ?ca patr?ica, ao contr?o dos demais aspectos da pneumatologia, n?oferece, a prop?o do Esp?to como promessa, uma contribui? importante, e isso por causa do menor interesse que os Padres t?pela perspectiva hist?a e escatol?a com rela? ?ntol?a. S?Bas?o conta com um belo texto sobre o papel do Esp?to na consuma? final; escreve: «No momento da esperada manifesta? do Senhor dos c?, tampouco estar?usente o Esp?to Santo... Quem pode ignorar at?al ponto os bens que Deus prepara aos que lhe s?dignos como para n?entender que tamb?a coroa dos justos &eac ute; gra?do Esp?to Santo?» [4]. Mas, observando bem, o santo diz s?e o Esp?to Santo ter?ma parte ativa tamb?no ato final da hist? humana, quando se passar?o tempo ?ternidade. Est?usente qualquer reflex?sobre o que o Esp?to Santo faz agora, no tempo, para impulsionar a humanidade para o cumprimento. Falta o sentido do Esp?to Santo como impulso, for?de propuls?do povo de Deus, a caminho rumo ??ia. O Esp?to impulsiona os crentes a permanecerem vigilantes e em espera do retorno de Cristo, ensinando a Igreja a dizer: «Vem, Senhor Jesus» (Ap 22, 20). Quando o Esp?to diz Maranatha com a Igreja, ?omo quando diz Abba no cora? do crente: deve-se entender que Ele faz dizer, que se faz voz da Igreja. Por si mesmo, de fato, o Par?clito n?poderia gritar Abba, porque n?? filho do Pai, nem poderia gritar Marana-tha, «Vem, Senhor», porque n??ervo de Cristo, mas «Senhor» igual a Ele, como professamos no Credo. «Ele vos anunciar? que h?e vir», diz Jesus do Par?ito (Jo 16, 13): isto ?revelar? conhecimento da nova ordem de coisas surgidas da P?oa. O Esp?to Santo ?portanto, a fonte da escatologia crist?que mant?a Igreja em tend?ia para adiante, para o retorno do Senhor. E isso ?recisamente o que tentou evidenciar a reflex?b?ica e teol?a de nossos dias. A nova exist?ia suscitada pelo Esp?to – escreve Moltmann – ??la mesma escatol?a, sem esperar o momento final da Parusia, no sentido de que ? come?de uma vida que se manifestar?lenamente s?ando se tiver estabelecido o modo de exist?ia determinado pelo Esp?to, j??contrariado pela carne. O Esp?to n???omessa em sentido est?co, mas a for?da promessa, que faz sentir a possibilidade da liberta?, que permite que se percebam como mais pesadas e intoler?is ainda as correntes, e por isso impulsiona a romp?as [5]. Esta vis?paulina do Esp?to Santo como promessa e como prim?a nos permite descobrir o verdadeiro sentido da Tradi? da Igreja. A Tradi? n??ntes de tudo um conjunto de coisas «transmitidas», mas ?em primeiro lugar, o princ?o din?co de transmiss? ?mais, ? pr?a vida da Igreja, enquanto que, animada pelo Esp?to sob a guia do magist&eacut e;rio, desenvolve-se na fidelidade a Jesus Cristo. Santo Irineu escreve que a revela? ?como um dep?o precioso contido em um vaso de valor, que gra? ao Esp?to de Deus rejuvenesce sempre e faz que rejuvenes?tamb?o recipiente que o cont? [6]. O valioso vaso que rejuvenesce junto a seu conte??precisamente, a prega? da Igreja e a Tradi?. Por isso, o Esp?to Santo ? alma da Tradi?. Quando se elimina ou se esquece do Esp?to Santo, o que resta dela ??tra morta. Se – como afirma S?Tom?de Aquino – «sem a gra?do Esp?to Santo, at?s preceitos do Evangelho ser?letra que mata», o que dever?os dizer da Tradi?? A Tradi? ?nt? sim, uma for&cce dil;a de perman?ia e de conserva? do passado, mas ?amb?uma for?de inova? e de crescimento; ?em? e antecipa? ao mesmo tempo. ?como a onda da prega? apost?a que avan?e se propaga nos s?los [7]. A onda n?se pode captar mais que em movimento. Congelar a tradi? em um momento determinado da hist? significa fazer dela uma «tradi? morta», j?? como a denomina Santo Irineu, uma «tradi? viva». 4. O Esp?to Santo nos faz abundar na esperan? Com sua enc?ica sobre a esperan? o Santo Padre Bento XVI nos indica a consequ?ia pr?ca que se desprende de nossa medita?: esperar, esperar sempre, e se j?speramos mil vezes em v? volta r a esperar! A enc?ica (cujo t?lo «Spe salvi» – «Na esperan?fomos salvos» – procede precisamente da passagem paulina que comentamos) come?com estas palavras: «Segundo a f?rist?a ‘reden?’, a salva?, n??implesmente um dado de fato. ?nos oferecida a salva? no sentido de que se nos deu a esperan? uma esperan?fi?l, gra? ?ual podemos enfrentar nosso presente: o presente, ainda que seja um presente fatigoso, pode ser vivido e aceito quando se leva para uma meta, se podemos estar seguros desta meta e se esta meta ??grande que justifica o esfor?do caminho.» Estabelece-se uma esp?e de equival?ia e de qualidade de interc?io entre esperar e ser salvos, como tamb?entre esperar e crer. «A f? escreve o Papa – ?speran?, confirmando assim, de um ponto de vista teol?o, a intui? po?ca de Charles P?y, quem inicia seu poema sobre a segunda virtude com as palavras: «A f?ue prefiro – diz Deus – ? esperan?. Da mesma forma que distinguimos dois tipos de f?a f?rida e a f?rente (ou seja, as coisas cridas, e o pr?o ato de crer), assim ocorre com a esperan? Existe uma esperan?objetiva que indica a coisa esperada – a heran?eterna – e existe uma esperan?subjetiva que ? pr?o ato de esperar essa coisa. Esta ?ma ?ma for?de propuls?para diante, um impulso interior, uma extens?da alma, uma dilata? para o futuro. «Uma migra? amorosa do esp?to para o que se espera», dizia um antigo Padre [8]. Paulo nos ajuda a descobrir a rela? vital que existe entre a virtude teologal da esperan?e o Esp?to Santo. Faz que cada uma das tr?virtudes teologais se remontem ?? do Esp?to Santo. Escreve: «Pois n?em virtude do Esp?to, aguardamos pela f? justi?que ?bjeto da esperan? Porque em Cristo Jesus nem a circuncis?nem a incircuncis?t?valor, mas somente a f?ue atua pela caridade» [9]. O Esp?to Santo nos ?presentado assim como a fonte e a for?de nossa vida teologal. ?por m?to seu, em especial, que podemos «abundar na esperan?. «O Deus da esperan?– escreve o Ap?lo um pouco mais adiante, na mesma Carta aos Romanos – vo s cumula de todo gozo e paz em vossa f?at?ransbordar de esperan?pela for?do Esp?to Santo» (Rm 15, 13). «O Deus da esperan?: que ins?a defini? de Deus! 3 vezes se chamou a esperan?de «a parente pobre» das virtudes teologais. Houve, ?erto, um momento de intensa reflex?sobre o tema da esperan? at?ar lugar a uma «teologia da esperan?. Mas faltou uma reflex?sobre a rela? entre esperan?e Esp?to Santo. Contudo, n?se compreende a peculiaridade da esperan?crist? sua alteridade com rela? a qualquer outra ideia de esperan?se n?for contemplada em sua ?ima rela? com o Esp?to Santo. ?Ele quem marca a diferen?entre o «princ?o esperan? e a virtude teologal da esperan? As virtudes teologais s?tais n?s?rque t?Deus como seu fim, mas tamb?porque t?Deus como seu princ?o; Deus n???u objeto, mas tamb?sua causa. S?causadas, infusas, por Deus. Precisamos de esperan?para viver e necessitamos do Esp?to Santo para esperar! Um dos principais perigos no caminho espiritual ? de desalentar-se diante da repeti? dos pr?os pecados e a aparentemente in? sucess?de prop?os e reca?s. A esperan?nos salva. D?os a for?para recome?, para crer cada vez que essa ser? ocasi?boa, a da verdadeira convers? Atuando assim, comove-se o cora? de Deus, que vir?m nossa ajuda com sua gra? «A f& eacute; n?me surpreende, diz Deus. (Continua sendo o poeta da esperan?quem fala; melhor dito, quem faz Deus falar). Resplande?assim em minha cria?. A caridade n?me surpreende, diz Deus. Essas pobres criaturas s?t?infelizes que, a menos que tenham um cora? de pedra, como n?deveriam ter caridade umas pelas outras... Mas a esperan? diz Deus, ? que me surpreende. Que os pobres filhos vejam como v?as coisas e que creiam que melhorar?amanh?Isso ?lucinante. E se precisa que minha gra?seja de verdade de uma for?incr?l.» [10] N?podemos contentar-nos em ter esperan?s?ra n?O Esp?to Santo quer fazer de n?emeadores de esperan? N?h?om mais belo que difundir esperan?em casa, em comunidade, na Igreja local e universal. &Eac ute; como certos produtos modernos que regeneram o ar, perfumando todo o ambiente. Concluo a s?e destas medita?s quaresmais com um texto de Paulo VI que resume muitos dos pontos que toquei nelas: «N?os perguntamos v?as vezes... que necessidade advertimos, primeira e final, para esta Igreja nossa aben?da e amada. Devemos dizer quase com temor e s?ca, porque ?eu mist?o e sua vida, j?abeis: o Esp?to Santo, animador e santificador da Igreja, seu alento divino, o vento de suas velas, seu princ?o unificador, sua fonte interior de luz e de for? seu apoio e seu consolador, sua fonte de carismas e de cantos, sua paz e sua alegria, seu penhor e prel? de vida feliz e eterna. A Igreja precisa de seu perene Pentecostes; precisa de fogo no cora?, de palavra em seus l?os, de profecia no olhar... Precisa, a Igreja, re cuperar o desejo, o gosto e a certeza de sua verdade.» [11] Desejo ao senhor, Santidade, e a v?vener?is padres, irm? e irm? uma feliz e santa P?oa! --------------------------------------- [1] S. Agostino, Discorsi, 23, 9 (CC 41, p. 314). [2] Cf. Num 28,26; Lev 23, 10. [3] S. Ireneo, Contro le eresie, III, 17,2; cf. anche Eusebio di Cesarea, Sulla solennit?asquale,4 (PG 24, 700A). [4] S. Basilio, Sullo Spirito Santo, XVI, 40 (PG 32, 141A). [5] Cf. J. Molmann, Lo Spirito della vita, Brescia 1994, pp. 18. 92 s. 190. [6] S. Ireneo, Adv. Haer. III, 24, 1. [7] H. Holstein, La tradition dans l’Eglise, Grasset, Parigi 1960 (Trad. ital. La tradizione nella Chiesa, Vita e Pensiero, Milano 1968. [8] Diadoco di Fotica, Cento capitoli, preambolo (SCh 5, p.84). [9]Gal 5, 5-6; cf. Rom 5,5. [10] Ch. P?y, Le porche du myst? de la deuxi? vertu, in Œuvres po?ques compl?s,Gallimard, Paris 1975, pp. 531 ss. [11] Discorso all’udienza generale del 29 Novembre 1972 (Insegnamenti di Paolo VI, Tipografia Poliglotta Vaticana, X, pp. 1210s.).