• Augusto Nunes
  • 26/01/2009
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MST VAI GUERRA PARA VINGAR SOLANO LOPES

19 de Janeiro de 2009 - J?xcitados com a chegada do MST aos 25 anos de vida, os comandantes das tropas dos sem-terra eri?am-se de vez, na virada para 2009, com a coincid?ia tremenda: faz 145 anos que a Guerra do Paraguai come?. Duas efem?des t?admir?is, somadas ?ecente chegada ao poder do companheiro Fernando Lugo, mereciam muito mais que festejos ortodoxos, como a depreda? de fazendas produtivas ou o confisco de pr?os federais. Assim nasceu a id? de retomar o grande conflito encerrado em 1870. S?e agora com o MST a favor da pot?ia vizinha e contra o Brasil. Na primeira semana de janeiro, o marechal Jo?Pedro Stedile comunicou ao presidente Lugo que os soldados entrincheirados nas barracas de lona preta est?prontos para desencadear a revanche do s?lo com a execu? de duas miss? Primeira: invadir e ocupar as instala?s da hidrel?ica de Itaipu, o que obrigaria o Planalto a reformular o tratado em vigor desde 1973. Segunda: expulsar do Paraguai agricultores brasileiros ali infiltrados h??das. A Eletrobr?paga uma bagatela pela energia comprada do pa?vizinho, descobriu Roberto Baggio, da coordena? nacional do MST. Quem sai lucrando, segundo a figura batizada em homenagem ao atacante italiano que ganhou a Copa de 1994 para o Brasil, s?grandes grupos econ?os estrangeiros. Como a Eletrobr? Marco Aur?o Garcia, conselheiro presidencial para complica?s cucarachas, n?v?ada demais na declara? de guerra. Vivemos em um pa?democr?co, ensina o assessor de Lula. Qualquer partido pol?co ou qualquer movimento social pode defender suas posi?s ?ontade. Considero leg?mas todas essas manifesta?s. Embora agentes da Ag?ia Brasileira de Intelig?ia (Abin) andem monitorando os encontros entre autoridades paraguaias e dirigentes do MST, Baggio usa o salvo-conduto concedido pelo companheiro Garcia para provocar o governo de que faz parte o assessor Garcia em entrevistas ou nos textos beligerantes que publica no site do MST. Nada ?ais nacionalista do que defender a soberania de um povo sobre os seus recursos naturais, argumenta o artilheiro sem-terra. Defendemos a soberania de todos os pa?s. Somos contra o imperialismo dos Estados Unidos sobre o Brasil e do Brasil sobre qualquer pa?da Am?ca do Sul. ?isso a?avaliza o comandante Stedile, no momento ocupado com os retoques finais no plano de abrir uma segunda frente na Bol?a, e botar para fora todos os brasileiros propriet?os de terras ou empresas no reino de Evo Morales. No s?lo 19, o ex?ito imperial precisou aliar-se ?rgentina e ao Uruguai, e lutar durante cinco anos, para derrotar um inimigo solit?o. No in?o do terceiro mil?o, o Paraguai tem o apoio de uma quinta coluna com a qual Solano Lopes sequer sonhou. Mas hoje as coisas parecem bem menos complicadas. Sucessor de Duque de Caxias, o general Nelson Jobim s?ecisa convencer o governo Lula a suspender a mesada e o rancho das tropas, al?de enquadrar os recalcitrantes com pedag?as temporadas na cadeia. Tamb?para o rid?lo h?m limite. kicker: Se o MST cumprir a promessa e ocupar a Itaipu, o Planalto ser?brigado a reformular o tratado de 1973 (Gazeta Mercantil/Caderno A - P? 8)(Augusto Nunes - O autor escreve nesta se? ?segundas e quartas-feirasE-mail: augusto@jb.com.br)