• Percival Puggina
  • 26/11/2018
  • Compartilhe:

LIÇÕES DA CHINA À CNBB E AO PT

 

 Desde a fundação do PT, graças aos encantos que as heresias da Teologia da Libertação exercem sobre certo tipo de formação intelectual, “pintou um clima” entre a CNBB e esse partido. Trata-se de algo que só pode ser negado fechando os olhos para não tomar conhecimento. Quem observa a atividade da Conferência, suas Campanhas da Fraternidade e análises de conjuntura sabe disso. Os vínculos partidários de tantos assessores leigos da Conferência e a linguagem de muitas declarações também reforçam essa convicção.

É um nexo intenso, resistente até mesmo ao chumbo grosso que, liderados pelo PT, os partidos de esquerda disparam contra temas importantes à vida cristã e conteúdos permanentes do ensino católico. Entre outros: respeito à vida desde a concepção, matrimônio e família, educação religiosa, proteção da inocência infantil. É inequívoco o empenho dessas legendas em legalizar o aborto, em diluir o sentido de família, em propagar a ideologia de gênero e em incutir às crianças a perturbadora sugestão de uma sexualidade multiforme e auto reverse.

Por outro lado, o Brasil sabe que o PT não poupa seus adversários, nem recua na defesa de suas pautas. No entanto, mesmo divergindo de temas essenciais à Igreja Católica, jamais o PT atacou a CNBB. Jamais! O partido e seus militantes em salas de aula vivem tentando impedir a influência política dos cristãos com o argumento de que o Estado é laico, de que a moral cristã não pode pretender espaço nas normas incidentes sobre a vida social, de que os símbolos religiosos devem ser retirados dos lugares públicos, e de que a Igreja é um dos males da humanidade. Mas contra a CNBB, nem um pio. O nome disso é parceria. É companheirismo. E torna inevitável a constatação: a CNBB vive “numa relação estável” com corrente política avessa à sua missão.

Motivo? A Teologia da Libertação (TL). Ela, a CNBB e o PT se encontram no palanque do discurso fácil e inócuo em favor dos “pobres e oprimidos” contra os “ricos e opressores”, cuja essência é uma condenação à economia de empresa, ao capitalismo, e uma apologia ao socialismo (que nunca é este ou aquele das experiências reais, mas é sempre um outro, sublimado e perfeito).

Ora, se tirar os pobres da miséria for essência da mensagem cristã, se a dignidade material da humanidade for a obra magna da Fé, então nada na história se poderia comparar às conquistas do capitalismo. Afinal, esse sistema, após todo o serviço mostrado em tantos países, esbanja potencialidades no tempo presente. Tira da miséria e põe para sorrir 850 milhões de chineses, passa a fazer o mesmo no  comunista Vietnã e começa a mudar mentalidades até na Coreia do Norte. Nada, porém, é tão amaldiçoado na parceria PT e CNBB quanto o capitalismo. Ambos condenam esse sistema, malgrado seus sucessos. E abençoam o socialismo, apesar de todos os seus fracassos.

É a China, então, um modelo de virtudes cristãs? Claro que não! E não o é porque o cristianismo não realiza sua missão com o progresso material, algo que, em sociedades complexas, pluralistas, exige um sistema econômico que gere riqueza. A essência do cristianismo é nos configurarmos a Cristo hoje, no século XXI, em meio aos compromissos, realidades, tentações e obstáculos do mundo contemporâneo. Disso deveria tratar a CNBB, deixando de firmar parceria com o atraso da boa ciência econômica e com seus adversários em tudo mais, inclusive na verdadeira promoção e proteção da dignidade da pessoa humana.

 

* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

  


Dalton Catunda Rocha. -   26/11/2018 19:04:51

Eu nasci aqui em Fortaleza-Ceará, Brasil, em 1970. Quando criança, eu ainda peguei o Brasil estritamente católico, que estava morrendo, naquele exato momento. Era raro se ver uma igreja pentecostal, nos anos 1970. Hoje em dia, dá dúzias delas numa só avenida aqui de Fortaleza- Ceará. Uma irmã minha virou crente, tendo já trocado várias vezes de seita. Algumas pessoas de minha grande família também foram, para seitas. E sabes por que? Ainda durante o Regime Militar, a Igreja Católica, se fez numa mera filial da CUT. A Igreja Católica trocou Cristo, por Karl Marx. Foi desta Igreja Católica, que surgiram coisas como o PT e o MST. Mais de trinta anos atrás, eu vi inúmeros padrecos petistas, marxistas, etc. que nunca falavam de Deus, de Santa Maria ou dos santos, em missa alguma. Eles só falavam de marxismo e gramscismo, para corromper os fiéis. O resultado? Dezenas de milhões de brasileiros deixaram o catolicismo de vez, graças a estes padres de passeata e estas freiras de minissaia; royalties para Nelson Rodrigues(1912- 1980). Quatro décadas seguidas de crise econômica levam, como todas as crises que a história já mostrou, uma larga percentagem de pessoas a acreditar, em coisas absurdas. Nos últimos 38 anos, subiram tanto a taxa de criminalidade, quanto a percentagem de brasileiros que seguem as seitas. A desesperança no mundo real, manda algumas pessoas a buscarem conforto no absurdo, que é o que as seitas de fato podem oferecer. A CNBB do B destruiu em algumas décadas, aquele Brasil esmagadoramente católicos que os padres haviam edificado, desde o século XVI. Bi$po Macedo e seus imitadores agradecem. Sim, eu nasci em 1970 e neste tempo todo, eu vi cairem de podre, vários regimes ou esquemas de poder. Regime Militar, Sarney, Collor, FHC e PT. Todos caíram, pelos mesmos motivos: 1- Colocaram os juros e o desemprego lá em cima. Ao mesmo tempo, colocaram o crescimento e o desenvolvimento lá embaixo. 2- Colocaram os interesses da especulação e da corrupção, acima dos interesses do povo brasileiro. Tanto faz, a fachada. Tanto faz se sob o general-presidente Figueiredo ou da ex-terrorista marxista Dilma. Estas duas coisas, fazer uma crise econômica e os interesses da especulação e da corrupção, acima de tudo, foram seguidas, com fé fanática, por todos os governos de 1980 até hoje, 2018. Tanto o Regime Militar, como Collor, como o PT, apenas cavaram suas próprias sepulturas políticas, fazendo estas coisas. Dilma, FHCannabis, Figueiredo, etc. tinham fachadas diferentes, mas fizeram a mesma crise econômica, ao povo brasileiro. Quem acabou com Regime Militar foi, o general Figueiredo. E quem tirou o PT do poder foi a Dilma. Vem aí, mais um governante, para o Brasil. O Bolsonaro. Se ele seguir estes dois passos acima, Bolsonaro estará cavando sua própria sepultura política também.