• Percival Puggina
  • 12/05/2022
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Graças às redes e às ruas!

 

Percival Puggina

 

         A pandemia, o “Fique em casa!”, os lockdowns e o terrorismo sanitário-financeiro na comunicação social foram grandes parceiros da supressão de nossas liberdades nos últimos anos. Com os plenários em silêncio, com as pessoas guardando distância e a vida em stand-by, os vivaldinos pretenderam domar a sociedade e cavalgá-la com desenvoltura.

         Só que não. Houve uma parcela que rejeitou a sela! Refiro-me àqueles que têm expressado seu descontentamento nas redes sociais e nas manifestações ocorridas ao longo do período em ruas e praças do país. Convencido de sua absoluta utilidade, estive em todas, testemunhando a indignação comum ante os avanços de uma tirania que desdenha deveres e limites constitucionais.

         É principalmente através das redes sociais que, todo dia, ouço a voz das ruas. Não é raro que ali se expressem opiniões no sentido de ser tudo inútil porque nada muda. São pessoas que colhem dos eventos um sentimento de fracasso. Ele é estimulado pelo comportamento da CUJO (Central Única do Jornalismo Obtuso) que, em seus poderosos veículos, se esmera em desqualificar a representatividade dessas manifestações.

         No entanto, creio poder afirmar no sentido oposto. O fato de essas manifestações públicas haverem resistido ao tempo, ao vento, à chuva e ao vírus é um sinal de contradição que ninguém – em sã ou em nociva consciência – pode deixar de ponderar. Ninguém pode desconhecer a clamorosa derrota, nesses dois territórios de liberdade, daqueles que anseiam pela consolidação da tirania e pelo retorno dos que desejam retornar para concluir sua obra sinistra.

         Não é difícil entender o que estaria acontecendo no país não fosse a resistência das redes e das ruas, não fosse tão nítido o caráter ético, cívico, civilizado, familiar e verdadeiro daquilo que expressam em dimensão nacional. Imagine! Imagine se tudo acontecesse legitimado pelo silêncio nacional. Imagine se estivessem caladas as vozes dos livres, dos que desejam o bem do país e podem, pelo amor que dedicam à Pátria e por seu patrimônio moral e espiritual, fornecer a ela a energia da reconstrução e dizer basta ao arbítrio.

          Serem tão odiadas e tentarem reprimi-las certifica de modo eloquente seu valor. Mostra que se há um muro intransponível, percebido como tal por tiranos e negocistas, ele está nas redes e nas ruas.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 


Menelau Santos -   16/05/2022 16:41:42

A cereja do bolo das frases infelizes é "o choro é livre!".

Adalgisa Cecília Polari -   14/05/2022 17:38:44

Sou uma brasileira orgulhosa de minha pátria e daqueles que, com palavras sábias de verdade e ânimo, nós encorajam, diariamente, a prosseguir lutando e crendo pois estamos no caminho certo e não largamos a nossa ponta da corda. Eu também quero meu país de volta Parabéns!

Jorge Xavier -   14/05/2022 17:00:38

Nossa liberdade nunca esteve por um fio tão tênue...mas temos voz sim, e temos o amor ao Brasil e ao nosso Presidente que luta 24 horas por dia contra todo o tipo de manobra espúria da maldita esquerda mundial. Nesta eleição vamos limpar esta latrina política em que transformaram Brasília, este congresso e senado covarde e com o rabo preso. Ali estão os piores brasileiros da história e seus crimes são conhecidos...vamos eliminá-los com um tiro certeiro da nossa maior arma: nosso Título Eleitoral...

Thereza Valadão -   14/05/2022 09:19:08

Estou nas ruas desde o resultado da vitória da Dilma e vi o Aécio não lutar e aceitar calado. Fui para todas as manifestações à favor da Lava-jato. Acompanhei o impedimento da Dilma e pensei: Poderei voltar para minha rotina, mas ao ouvi o stf restabelecer seus direitos políticos compreendi que o caminho da liberdade é longo e o preço é a eterna vigilância. "Eles" nos observam sim e apostam no cansaço.

Saulo Márcio Azevedo Santos -   14/05/2022 06:16:29

Excepcional! Muita gente precisa ler e entender o sentido desse movimento que visa nós tirar a liberdade! Parabéns!

RUBENS SILVIO DE ALMEIDA -   13/05/2022 10:10:59

Caro Professor, essa resistência é nosso trunfo e nosso caminho para a vitória, sobre um plano e programas espúrios dos sem noção, para manter nossa Pátria mergulhada no atraso!!

Aurea C Câmara -   13/05/2022 01:28:12

Excelente, como sempre!