• Percival Puggina
  • 24/12/2015
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FELIZ NATAL!

 

 Não se sabe ao certo o dia, mês e ano em que Jesus nasceu. O Deus absconditus (escondido) não tinha carteira de identidade nem certidão de nascimento. O 25 de dezembro, que era uma festa pagã ligada ao solstício de inverno no Hemisfério Norte, foi definido como a data para celebrar o nascimento de Jesus apenas no ano 354, por ato do papa Libério. E como tal cruzou 16 séculos, enobrecendo o dia 25 com a perene lembrança do fato anunciado pelo anjo aos pastores, na narrativa de São Lucas: "Não tenhais medo. Eu vos anuncio uma grande alegria que será para todo povo. Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador, que é o Cristo Senhor".

Há muito mais a comemorar quando, no 25 de dezembro, as famílias se reúnem, as cidades de enfeitam e trocam-se mensagens de amor e esperança em torno do Menino na manjedoura, do que quando se paganiza o Natal, celebrado em torno de nada, na desvalida substituição da fé por coisa alguma. Não estou dizendo que seja vã a reunião familiar e destituído de sentido o afeto que ali se expresse. Estou afirmando, apenas, que os adereços natalinos não fazem e não são o Natal da longa tradição cristã. Estou dizendo, também, que a descristianização em curso na cultura ocidental, a autofagia da nossa civilização, não poupa qualquer de seus fundamentos e manifestações. Metaboliza e excreta suas fontes. E por aí vai-se o belo, o bem, a verdade. Vai-se a fé e vão-se as virtudes.

Em várias ocasiões, ao longo destes últimos anos, falando a diferentes auditórios, tenho recolhido respostas a esta pergunta: "Quantas vezes, em sala de aula e em qualquer dos níveis de ensino, do fundamental ao superior, ouviram vocês referências ao extraordinário e positivo papel do cristianismo e da Igreja na história e na construção da nossa cultura e da nossa civilização?". Raramente, muito raramente, alguém responde de modo positivo a essa pergunta. E quando inverto a questão, indagando sobre menções pejorativas, as reações são unânimes. Sim, dizem, fala-se muito sobre Cruzadas, Inquisição, Galileu, Giordano Bruno... Isso não é apenas um erro. É escandalosa má fé e gigantesca omissão da verdade! Nas proporções demográficas em que acontece, está paganizando a sociedade, desinteressando os pais sobre o que é ensinado aos filhos e franqueando espaço às desmedidas ambições ditas educacionais do Estado.

Não há maior desperdício do que aquele a que é submetido o Deus que se dá como presente a quem parece preferi-lo ausente. Trocar o Natal cristão por uma festa pagã é tão mau negócio quanto trocar Jesus Cristo pelo Leviatã estatal. É preciso resistir. A todos, um Feliz Natal do Menino Jesus.

Especial para Zero Hora 20 de dezembro de 2015

 


Áureo Ramos de Souza -   27/12/2015 01:20:53

Desde criança eu reparo que o povo se esquece do principal mentor desta festa desnorteada e chamam de Natal se esquecendo de JESUS e DEUS. O que fazem é a GULA e ele ninguém se lembra e lá vem os apertos de mão com desejo que durante todo o ano passou despercebido. FELIZ JESUS PARA PERCIVAL E PARA QUEM O ACOMPANHA. Áureo

Sergio Barreto de Sousa -   25/12/2015 22:24:18

Relembrar a mensagem de Natal, data simbólica do nascimento do grande instrutor da humanidade, é obra daquele que mantém aceso o fogo sagrado. Com os cumprimentos de Sergio Barreto

sanseverina -   25/12/2015 14:11:38

Apesar da grade televisiva geral ser guiada pela doutrinação bolivariana ou outro nome que se dê à ideologia comunista, às vezes a programação escorrega ou se desvia vai se saber como e porquê. O canal Curta! apologista das produções “artísticas” brasileiras mais rasteiras, das expressões “genuínas” dos morros cariocas, da “originalidade” do Carnaval, dos papos furados de celebridades militantes, etc. e etc., em plena véspera do Natal exibiu o documentário ADEUS CAMARADAS, um libelo contra a pesada ditadura da antiga URSS: o culto à personalidade dirigente, o Gulag siberiano, os assassinatos em massa, o compulsório deslocamento geográfico de grupos étnicos, com a destruição de seus símbolos e cultura, o desabastecimento alimentar, o horror enfim, principalmente sob Stalin. Mas também há críticas à Glasnost e ao seu badalado líder Gorbachev, e uma certa reabilitação de Yeltsin, TUDO, aparentemente, sem cortes e sem a intervenção de comentários “esclarecedores”. O vídeo conta TUDO o que se espelha na Venezuela de hoje, na Cuba de sempre e TUDO o que a corja herdeira imagina impor aqui. NÃO PASSARÃO!!! Afinal, acho que foi um presente contrabandeado pelo Papai Noel ou - quem sabe? - até um truque do inconsciente coletivo junguiano, embora a audiência nesse canal seja quase traço. Em tempo: é possível ver este documentário (cap. 1 a 6) no Youtube, com legendas.