• Francisco Razzo
  • 17/02/2009
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ECCE HOMO - E O ELO PERDIDO ENCONTRADO - Enviado pelo autor

Se existe hoje uma tend?ia entre as pessoas ditas esclarecidas, intelectual e moralmente, essa tend?ia ? de meter o bedelho em assuntos em que elas n?possuem a m?ma compet?ia, e a religi?sem d?a ? bola da vez, sobretudo, quando se trata da Igreja Cat?a, ?laro! H?empre um mente aberta distintamente em qualquer conversinha de boteco soltando um ah, mas a Igreja Cat?a…, Ah, A Idade M?a e a Inquisi?…. Entre os mais cultos, aqueles mesmos que acham que livros de auto-ajuda s?pra alienados, mas que se ap? em livros de divulga? cient?ca e j?e acham os g?os indom?is dos mais elevados estudos, a briga definitivamente se tornou entre F? Ci?ia. Outro dia, um professor de hist? ficou horrorizado ao descobrir que eu era cat?o, disse na minha cara, sem pudor: como uma pessoa esclarecida, um professor de filosofia, pode ser cat?o?. Em outras palavras, o que ele estava querendo dizer era: A intelig?ia deve excluir necessariamente a F?ser?ue voc??percebeu ainda, que o mundo agora ?oderno?. Coisas do tipo n?s?raras, chove por a? dia todo na minha orelha! Evidente que as raz?dessas coisas t?ra?s profundas na hist?. E elas se alastram pela falta de boas raz?dos nossos amados intelectuais panflet?os que resolveram salvar a humanidade da sua cegueira. Mas vamos ficar s?m o b?co, por enquanto, nada de fazer arqueologia das id?s: ?ot?l hoje em dia, que toda vez em que se discute teoria da evolu? de Darwin a coisa toma o caminho da intermin?l disputa entre F? Raz? Como se essa fosse a conseq?ia mais ?a! Afinal, como ainda ?oss?l que esses ignorantes acreditem em Ad?e Eva?. A verdade ?ue Darwin ?isto como o patrono de um tipo de postura paradigm?ca para os amantes da ci?ia, enquanto os mais inclinados ?? quero dizer os mais c?cos em rela? ?verdades da ci?ia – s?tachados como meros idiotas que negam a realidade e se trancam no submundo da fantasias e dos del?os est?os. Resumindo: Darwin e sua Teoria da Evolu?, sin?o de Ci?ia. Religi?(sobretudo a crist?e sua concep? de cria? (bom, em sete dias, a?oc??st?uerendo demais, n?) sin?o de burrice, estupidez, fuga do real, terrorismo etc. Primeiramente, devemos concordar que as coisas realmente n?s?bem assim, vamos ser historicamente sinceros: Darwin n?est?om essa bola toda! E depois, que a teologia crist?sobretudo no que diz respeito ?uest?da Cria? e da sua antropologia (i.e. como ela define o Homem), est?onge de ser um amontoado de lorotas tolas ou historinhas da carochinha. Basta ler Santo Agostinho, Santo Anselmo e Tomas de Aquino, se ainda sobrar f?o! Eu duvidei no come? fui at?sses autores, como dizem, quase que furei os z? mas definitivamente mordi a l?ua… Meu problema, revendo meu entusiasmado ate?o, ?ue a coisa toda era uma grave falta de repert? cultural e falta de chinelada. Chegamos a um n?l hoje t?lament?l de cultura e repert? que se voc??tiver uma opini?sobre algum assunto, qualquer que seja, ?apaz de entrar em colapso por ressentimento. Eu confesso, quando eu era jovem e inteligente eu n?podia admitir que algu?acreditasse em Deus e ao mesmo tempo ser meu professor de qu?ca. Agora que estou quase com um p?a meia idade e sou tamb?quase um tapado, eu percebo que os professores de ci?ia que ainda hoje acreditam em Deus s?corrosivamente mais c?cos do que aquelas que acham que Deus ?pio do pov? Isso n??egra, ?ma leviana constata? de um leviano cotidiano escolar. Mas, ?sso, grandes professores hoje se ap? n?mais em ci?ia s?a, mas na maldita m?a pseudocient?ca ou nos militantes panflet?os que insistem na absurda exist?ia da guerra entre ci?ia e f?que sinceramente chega ser escandaloso! Reproduzo aqui, para dar um ?o exemplo, o que diz um desses divulgadores descaradamente mal-informados sobre especialidades que n?lhe dizem respeito: No cap?lo Religi?– O espectro que assombra, de O espectro de Darwin, Michael Rose diz: Todas as civiliza?s pr?odernas tiveram teologias em que seres ou for? de grande poder davam origem a toda a ordem aparente na Terra. Tais for? ou seres costumavam ser racionalmente concebidos, a fim de dar sentido ?esta?s, ?orte na guerra e assim por diante. Antes da ci?ia, o saber era dominado pela religi?e os doutos, quase que invariavelmente, eram sacerdotes. Tal como as ideologias, as religi?s?singularmente imunes ?xperimenta? e a comprova?. Quem insiste em apresentar provas ou argumentos que contradigam um artigo de f? perseguido como herege, em vez de enaltecido por sua descoberta. A religi?interessa-se, em ?ma inst?ia, pela autoridade e pela f?e n?pela d?a e pelo conhecimento. (p. 234). S?essas e outras fantasias ditas cient?cas – uma vez que saiu do teclado de um cientista – que povoam a mente dos que por uma raz?puramente ret?a acreditam que isso seja realmente ci?ia e aquilo religi? O que acontece ?ue esses caras descaradamente n?sabem o que significa religi? desconfio at?e sabem o que realmente significa ci?ia, e menos ainda sabem o que significa uma religi?como o Cristianismo. A verdade ?ue esses caras, com diploma de PhD, n?fazem a m?ma id? do que est?falando, e por uma quest?muito, mas muito delicada, n?estudaram sobre o assunto, s?especialistas, diga se de passagem, do mais alto gabarito em amebas, besouros, mol?las, querendo falar, vejam s?ada mais nada menos, do que… de Deus. Alguma vez na vida ser?ue esses caras abriram uma linha de um S?Jo?da Cruz e notou – com certo constrangimento, se forem sinceros – o alto grau de d?a, e n?autoridade, que movia os seus passos ao Monte Carmelo? Resposta simples, n? Alguma vez esses caras leram excertos de um texto como o de J?notaram que era movido por uma d?a muito mais ardente e corrosiva do que a de qualquer um desses cientistas ditos movidos pelo conhecimento e n?pela autoridade? ?vio, n? Ou leram um o relato sobre Tom?desesperado com o seu ceticismo em ter de enfiar o dedo na ferida do Cristo para ver se aquilo realmente era uma chaga? N? n?leram! N?sabem do que falam, mas querem manter a notoriedade, afinal, s?cientistas em busca do conhecimento e n?da gl?! Se h?ma semelhan?e um elo perdido entre a ameba e o homem, econtramos: ecce homo! *Professor de Filosofia