• Cleber Benvegnú
  • 12/04/2009
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CUIDE DA SUA CRIAN? - Zero Hora

A erotiza? da inf?ia ?m mal de que pouco se fala. Mais comum, quando a quest?da gravidez na adolesc?ia est?m pauta, ?ensurar a Igreja pela condena? ao uso da camisinha. Enquanto isso, praticamente inexiste a cr?ca ao apelo er?o que, n?raras vezes, est?resente em materiais culturais e publicit?os. Falo de m?as, propagandas, novelas, pe? teatrais, dan?, dentre outras manifesta?s que, sem um revestimento sexual expl?to, passam despercebidas pela peneira de pais e educadores. Falo tamb?da internet, onde esses predicados aparecem de forma mais evidente. A revista Isto?da ?ma semana apresenta uma longa reportagem a respeito do assunto. O enfoque parte de um caso ga?, ocorrido em Ibirub?onde meninos de pouco mais de 10 anos filmaram suas pr?as rela?s er?as com garota de mesma idade. O material foi parar na internet e chocou o pa?inteiro. Na verdade, essa foi apenas mais uma dentre tantas evid?ias que t?surgido dando conta da mesma tend?ia: as crian? – n?mais s? adolescentes – est?sendo despertadas muito cedo para a vida sexual. Ora, a Boquinha da Garrafa est??ara provar que esse fen?o n??ovo. Claro que o tema n?deve ser tratado com puritanismo hip?ta, uma vez que o problema est?osto: o convite ao sexo surge bem mais cedo do que outrora e as crian? est?expostas a ele mesmo sob a vigil?ia dos pais. A quest?reside, ent? em como agir diante disso, na medida em que a sociedade e os governos permitiram que as coisas chegassem a esse ponto. Sim, pois n?h?ualquer sinal do surgimento de mecanismos capazes de inibir essa tend?ia da internet e da m?a. E, de resto, ?uito t?e o limite entre impor restri?s e a liberdade de express? Seria arriscado delegar ao governo a tarefa de decidir sobre o que os meios de comunica? podem divulgar ou n? mesmo no ramo publicit?o. O que est?o alcance das fam?as, portanto, ? possibilidade de repensarem seus pr?os m?dos internos de educa?. E isso j? uma arma poderosa! S?e, infelizmente, o di?go e a pr?ca de limites t?deixado de existir no ambiente familiar. O “n?, para as pedagogias modernosas, virou sin?o de castra?. E, enquanto muitos ainda as seguem, cresce o n?o de jovens que desrespeitam e agridem pais, professores, idosos e todos quantos se ponham como obst?lo de qualquer esp?e em seus caminhos. ?preciso recuperar m?dos de educa? que tenham o amor e a hierarquia – sim, a hierarquia! – como pressupostos b?cos de a?. Sem os excessos dos tempos antigos, os pais precisam reencontrar a capacidade de impor limites, educar para os valores e mostrar a diferen?entre o certo e o errado. Afinal, est?as m? das fam?as – principalmente delas – a forma? moral de seus pr?os filhos. Essa ?ma tarefa que n?se delega ao Estado, ?elevis? ?scola ou a quem quer que seja.